quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ângela Merkel quer para os portugueses menos férias e aumento da idade da reforma.

maio2011
Já não bastava Passos Coelho querer fazer uns aditamentos às exigências da Troika, agora é a auto convencida “patroa” da Europa a querer impor medidas que nem a Comissão Europeia nem o FMI requereram no acordo para a “ajuda” externa.

A troika considerou que as reformas feitas na Segurança Social são suficientes para a sua sustentabilidade, foram aliás aplaudidas em toda a Europa. Então, o que faz mexer Ângela Merkel?

As declarações da chanceler foram proferidas num comício de campanha eleitoral da CDU na Renânia do Norte-Vestefália. Em Março deste ano o partido de Ângela Merkel perdeu o Estado de Baden-Wurttemberg para uma coligação do SPD com os “Verdes”, está a fazer pela vida.

A utilização dos países em dificuldades nas campanhas eleitorais dos ricos da Europa tem dado frutos, o maior sucesso foi dos “Verdadeiros Finlandeses” que graças à campanha populista contra a ajuda a Portugal tiveram um resultado histórico para a extrema-direita.

O populismo de Merkel, sendo na Alemanha, reveste-se de outra importância; as atitudes xenófobas que podem aumentar entre os alemães, devido aos alvos de Merkel, não auguram um trajecto histórico responsável, todos sabemos o que deu no passado.

Tem por isso relevo a reacção da oposição alemã. Do presidente do SPD, Sigmar Gabriel que a acusou de “agitar os ânimos” e “populismo”, ou dos Verdes que consideraram as suas criticas “arbitrárias” e que “só prejudicam a Grécia, Portugal ou a Espanha”.

Sigmar Gabriel disse também que “não são os trabalhadores e os pensionistas os responsáveis pela crise financeira, mas sim os especuladores nas bolsas de valores e nos grandes bancos de investimento, só que a esses o governo não toca, e bloqueia a introdução de impostos de transacções financeiras”.

Sem alteração das lideranças europeias as nossas dificuldades serão mais difíceis de ultrapassar. A debilidade das instituições europeias que delegam o poder em Merkel ou Sarkozy ainda reduzem mais a nosso poder de decisão.
Por cá nunca se deu importância à União Europeia, nem aos Tratados de Masstricht ou de Lisboa, nem às eleições para o Parlamento Europeu e à maioria do PPE que ajudámos a fazer. Depois isso até pode ter influência na idade da reforma ou nos dias de férias; quem diria?!

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