segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A Armada Brancaleone.

Berlusconi diz que Monti lidera a Armada Brancaleone.Dez.2012

A Itália está ao rubro, com eleições em Fevereiro, reposicionam-se as figuras e figurões da política italiana. Berlusconi classificou agora o centro político liderado por Monti como o exército Brancaleone.

L´Incridible Armada Brancaleone - É um filme dos anos sessenta de Mário Molicelli, com Vittório Gassman, Gian Maria Volonté e Catherine Spaak. Um clássico da sátira italiana, paródia a D.Quixote de Cervantes. 

Um cavaleiro maltrapilho lidera um minúsculo exército de esfarrapados na procura de um feudo. Cinema da cavalaria medieval entre a comédia ou o desacerto e a observação da decadência feudal e o poder da Igreja.


Monicelli faria em 1970 a continuação da saga com “Brancaleone e as Cruzadas”. Neste, Brancaleone tem no final um duelo com a morte; é salvo pela amada que se interpõe entre ele e a gadanha mortal, sucumbindo. A amada chama-se Felicidade e transforma-se numa pêga acompanhando Brancaleone.

Para 2013 o ClariNet deseja felicidades. Felicidades verdadeiras… não pêgas.

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domingo, 30 de dezembro de 2012

Evo Morales nacionaliza empresas de electricidade.

Espanhola Iberdola expropriada na Bolivia. Dez.2012

O presidente da Bolívia, Evo Morales, aprovou ontem o decreto que nacionaliza as quatro filiais de empresas de electricidade que a espanhola Iberdrola detinha no país. A partir de agora, o sector eléctrico boliviano, produção distribuição e serviços, está nacionalizado. Morales defendeu que “os serviços eléctricos são parte dos direitos fundamentais estabelecidos na Constituição”.

As nacionalizadas são; as distribuidoras Electropaz, de La Paz, a Elfeo de Oruro, a administrativa de investimentos CADEB e a empresa de serviços Edeser, todas da Iberbolivia de Investimentos S.A./Grupo Iberdrola.

Segundo o presidente, durante quatro meses negociaram com a Iberbolivia para que baixasse as tarifas de energia e as tornassem equitativas entre as zonas urbanas e as rurais; sem resultados.

No acto da nacionalização, o presidente da Bolívia afirmou: “fomos obrigados a tomar esta medida para que as tarifas do serviço eléctrico sejam equitativas entre os departamentos de La Paz e Oruro, e a qualidade do serviço seja uniforme na área rural e na área urbana”.

Declarações do ministro da Energia, Juan José Sosa, e da responsável pelo sector eléctrico, Hortênsia Jiménez, apontam para uma redução das tarifas nas zonas rurais na ordem dos 50%, aproveitando os dividendos da agora nacionalizada Electropaz, que chegam a 11 milhões de dólares.

O governo boliviano compromete-se, num prazo de 180 dias, a pagar a totalidade das acções da Iberdrola, após avaliação independente.

Nos últimos seis anos, tem-se verificado na Bolívia, nacionalizações e renegociações dos contratos de exploração por empresas estrangeiras; em empresas mineiras, de telecomunicações, do petróleo, da geração de energia ou da rede elétrica.

Vão no sentido de repor o domínio boliviano sobre os seus recursos naturais, de fazer pagar o que é justo pela exploração desses bens, e do controlo do Estado sobre tudo aquilo que é estratégico para o país.

Nós, por cá, vamos precisamente em sentido contrário…

Pensem nisto para o ano - boas entradas em 2013!

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sábado, 29 de dezembro de 2012

Paulo Rocha morre aos 77 anos.


Mudar de vida – Paulo Rocha - 1966

 
Paulo Soares Rocha – 22 Dezembro de 1935 – 29 de Dezembro 2012

Ver Público.

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Aumentos de preços acima da inflação. E agora?

Vamos levar com mais despesas familiares.Dez.2012

A subida dos preços para 2013 vai ultrapassar os valores estimados de inflação nas portagens das ex-scut, energia, telecomunicações, tabaco e álcool.

O aumento das facturas da electricidade e do gás terá efeito directo nos consumidores domésticos, a somar ao indirecto através do aumento dos custos de produção de bens, particularmente os alimentares, que não deixarão de se refletir nos preços ao consumidor.

Sectores de serviços, como as telecomunicações, não têm qualquer razão para manterem as margens comerciais, quando os sectores de bens transacionáveis têm vindo a absorver parte dos aumentos dos seus custos para não perder clientes. A protecção destes grupos de serviços pelo poder político, é mais inexplicável quando quase toda a população portuguesa passa o pior momento económico de sempre.

Reduzir o consumo ao essencial, é a única forma de tornear os aumentos destes preços. No que se refere às portagens, tabaco ou álcool, existem alternativas para não sentir os aumentos, ou mesmo reduzir substancialmente a despesa.

Entre a abstinência completa, estradas nacionais e cortar o consumo, ou pagar os aumentos, há alternativas. Na maioria das ex-scuts há troços que podem deixar de se fazer sem prejudicar as médias de consumo e tempo. Nas bebidas passa por mudar de marca e hábito, assim como no tabaco.

Sobre o tabaco, encontrei uma solução que uso há dois meses (fumando), que reduz a minha contribuição para os impostos arrecadados com o tabaco, em várias centenas de euros anuais. Em Janeiro farei um post sobre a matéria, para quem não consegue ou não quer deixar de fumar - deixar é remédio santo.

Temos de nos esforçar em baixar o consumo e as contribuições cada vez que fazem aumentos de preços ou de impostos. Ir ao bolso sempre dos mesmos não é forma de garantirem receitas – temos de lhes provar isso! 

Aceitam-se sugestões…

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Padre italiano culpa as mulheres da violência sexual.

Padre Piero Corsi acusa mulheres por violncia sexual.Dez 2012

O pároco de Lerice, cidade do noroeste de Itália, lançou uma polémica ao fixar na porta da sua igreja, pelo Natal, um manifesto em que pedia às mulheres para refletirem sobre a forma como se vestem.

A nota “Mulheres e Violência de Género” dizia sobre a violência sexual que “uma imprensa fanática e desviante deita todas as culpas ao homem”. Pedia uma “saudável autocritica às mulheres” que “com a sua roupa reduzida e que se afastam da vida virtuosa e da família, provocam os piores instintos.”

A tese do pároco é velha, só anoto o tema porque no Público online, os primeiros comentários foram uns lamentáveis apoios ao padre. 

Também por cá se ouve que o problema da violência sexual é as mulheres provocarem os homens. As mulheres que “se acham auto-suficientes” como diz o padre Piero, que “tantas vezes vemos - jovens e mulheres maduras andarem pelas ruas, trajando vestidos provocantes e justos”. 

Não é só de padres esta ideia idiota de que a violação é uma tentação, seja das mulheres, seja na pedofilia; a inversão da culpa absorve o pecado e desculpa o crime. Chega até, e é isso que se pretende, a que mulheres violadas sintam culpa pelo acto de que foram vítimas.

 Notas: -Em Itália, segundo a imprensa italiana, foram assassinadas 118 mulheres este ano, vítimas de violência de género. 
 -Don Piero Corsi já era notável pelos manifestos que habitualmente afixa na sua igreja, contra o islão e contra os emigrantes.
 -Apesar da maioria da imprensa dizer que o pároco abandonou o sacerdócio devido a este escândalo, não mostrou remorsos em entrevista à rádio. O jornal La Reppublica diz que Don Piero negou ter pedido a demissão e que a carta de renúncia não é dele.

O que é perverso nesta história tem confirmação, os violadores e criminosos de género têm apoio onde se esperaria que a moral apregoada os condenasse.

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Mensagem do Pedro no facebook. É para mim?

Passos Coelho Facebook.Dez2012

O Pedro (Passos Coelho) não tem emenda, não sabe estar (pelo menos) calado.

A sua mensagem de Natal no Facebook é comigo. Não é só comigo mas também é. Não juntámos a família na Consoada; filho e nora trabalharam no Natal, longe. A filha andou vários dias a sair perto da meia-noite para ter umas férias com a avó tios e primos na Beira; troca horas extra por tempo, pois o dinheiro está caro para os negreiros que a empregam.

Só dois, uma Consoada mínima de bacalhau com pencas. Não sei se foi “o Natal que merecíamos “ou se precisávamos da troca de presentes que não houve. 

O que não precisávamos era de um primeiro-ministro, paisanado de Pedro, a lembrar no facebook as dificuldades que muitos passam. Para mais classificando o aperto económico e o trabalho sem direitos, que a sua política impõe a vastas camadas da população, de sacrifícios.

O paleio do sacrifício redentor (como uma penitência) ou do sofrimento para que os “nossos filhos tenham um futuro melhor” não “cola com a realidade”. O futuro dos meus filhos é hoje que estão nas casas dos 20 e 30 anos. Que futuro vêm? Que esperança a curto ou médio prazo? 

Porque não te calas, Pedro?

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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Um bom discurso de Passos Coelho – e da oposição.

oclarinet.blogspot.com Dez.2012

Estive fora uma semana, constato que o momento político continua invariável. A agência de comunicação do governo ditou dois discursos a Passos Coelho, o “estamos safos” e o “estamos lixados”; o interruptor é acionado para cima ou para baixo, ligando um ou outro, consoante a percepção das inteligências do marketing político. Imaginam eles que desta forma alteram a noção da realidade que cada português tem.

A comunicação de Natal do primeiro-ministro, será um Pontal adaptado de optimismo, ficcionado para levantar a moral dos descrentes. 

Não cola com a realidade”, diz o PS, que acha que não vamos no “bom caminho”. Uma crítica muito repetida de António José Seguro que também “não cola com a realidade”. Até que parte do mau caminho continuará o PS? O papel do maior partido da oposição é trilhar o carreiro do desastre, avisando da fatalidade, ou fazer por impedir a desgraça?

Os discursos são todos bons, os optimistas convocam críticas pessimistas e vice-versa; governo e oposição têm trabalho bem remunerado por muito e bom tempo, enquanto em outros sectores falta o que fazer. Saberá toda esta gente o que é a realidade nas empresas e logo no emprego?

A minha época natalícia ficou marcada por um telefonema (nem estava no país), para me avisarem de um cliente (grande empresa a quem o Estado deve milhões), que “o Director Financeiro mandou dizer que não há pagamentos este ano”. Está lá muito dinheiro, tramaram-me.

Um trabalho tem mais de nove meses e outro produzi-o na condição de mo pagarem antes do próximo dia 28. Estava combinado, eles falham e o Fisco não vai receber um euro do que lhes devo por causa destes atrasos, (receberam o IVA destas facturas que já paguei há meses). Em Janeiro vou fazer contas para ver se encerro a actividade ou não. Receitas para 2013 vão ver…

Curiosamente, os trabalhos que me devem há muitos meses, foram para a promoção das exportações e investimento em Angola, um deles levei-o num domingo ao Porto para ir por barco no dia seguinte, a expensas minhas. 

No fundo, financiei material promocional deste país, dei crédito que não queria nem podia dar, e ainda vou pagar juros de mora e coimas quando pagar as dívidas ao fisco que tudo isto provocou.

Estamos no mau caminho! Não vou apenas criticar como faz a cobardia do PS – não comem mais ovos que eu ponha! É a minha certeza para 2013.

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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

De que se ri o ministro do impossível.

De que se ri ministro do impossivel.Dez.2012

Letra. Mário Benedetti - música Alberto Favero – Nacha Guevara.


En una exacta foto del diario,
señor ministro del imposible,
Vi en plena risa y en plena euforia
y en pleno gozo su rostro simple.
Seré curiosa, señor ministro,
¿De qué se ríe?
¿De qué se ríe?


De su ventana se ve la plaza
Villamiseria no está visible.
Tienen sus hijos ojos de mando
pero otros tienen mirada triste.
Aquí en la calle suceden cosas
que ni siquiera pueden decirse
Los olvidados y los obreros
ponen los puntos sobre las íes
Por eso digo, señor ministro,
¿De qué se ríe?
¿De qué se ríe?


Usted conoce mejor que nadie
la ley amarga de estos países.
Ustedes, duros con nuestra gente,
por qué con otros son tan serviles.
Cómo traicionan el patrimonio
mientras el gringo nos cobra el triple.
Cómo traicionan, usted y los otros,
los adulones y los serviles.
Por eso digo, señor ministro,
¿De qué se ríe?
¿De qué se ríe?


Aquí en la calle la gente muere
y los que mueren son gente humilde.
Y los que mueren son gente humilde
y los que quedan, llorando rabia,
seguro piensan en el desquite.
Allá en la selva sus hombres hacen
sufrir al hombre y eso no sirve.
Después de todo usted es el palo mayor
de un barco que se va a pique.
Por eso digo, señor ministo,
¿De qué se ríe?
¿De qué se ríe?


Seré curiosa, señor ministro,
¿De qué se ríe?


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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Portugal igual à Grécia. Pode acontecer, diz Passos.

Passos Coelho ao Porto Canal.Dez.2012

Passos Coelho disse em entrevista ao Porto Canal que “a ideia de que estamos num círculo vicioso que só produzirá maus resultados como na Grécia, não está a verificar-se”; mas adiantou, “não estou com isso a dizer que não possa um dia acontecer”.

Afirmar uma coisa e o seu contrário é habitual nos porta-vozes deste governo, sempre poderão dizer mais tarde, perante os desastres, que já os haviam referido no passado. Neste caso é avisado, pois são muitas as vozes de que seguimos a Grécia, tintim por tintim.

Nem ganha juizo.Dez.2012

A forma contraditória de como Passos Coelho pinta a situação do país, ora com tons brilhantes de sucesso ora com o breu da tragédia, esborrata-lhe o discurso e confunde o auditório.

Assim, no mesmo dia em que Passos Coelho dizia no Porto que estava a conduzir bem mas não sabia se a viatura tinha travões, foi a Fátima fazer o milagre de pôr a juventude social-democrata a cantar vitória por não ter futuro.

É óbvia a intenção de Passos Coelho - através do medo paralisar a contestação. A ausência do discurso de esperança não é defeito, é estratégico na comunicação do governo. Por vezes exagera.

Diz que faltam 20 a 30 anos para pagar a dívida, que aumenta apesar de os portugueses terem visto cortes de 13 mil milhões de euros e dizerem-lhes que ainda falta cortar mais 4 mil milhões.

Com esses anos ficou a Argentina depois de recusar pagar, correr com o FMI e renegociar com os credores. Não precisa de perguntar a nenhuma troika se pode aumentar o salário mínimo ou de vender as joias do Estado em saldo, e a sua economia cresce acima das economias regionais. E a Grécia vê perdoar 50% da sua dívida.

Passos Coelho promete o pior de dois mundos porque precisa da crise para as negociatas das privatizações e das mudanças ideológicas na sociedade portuguesa. A possível bancarrota de 2013 vai obrigar a uma negociação em piores condições que teve a Argentina. É a Grécia, que num dia de 2013 nos pode “acontecer”.

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domingo, 16 de dezembro de 2012

Passos: Tirar dinheiro das pensões é constitucional.

Reformados tramados. Dez 2012
 
Passos Coelho defendeu hoje que pensionistas não descontaram para terem pensões tão elevadas. “Descontaram para ter reformas, mas não para terem aquelas reformas”, disse.

“Por isso lhes estamos a pedir um contributo especial, não é para ofender a constituição”.

Pedir um contributo será o mesmo que ir tirá-lo sem consentimento e ofender decerto não ofende, pois Miguel Relvas já disse que nada no Orçamento de Estado para 2013 é contra a Constituição. 

Mandaram o Relvas estudar e deu isto; foi estudar a Constituição. Uma das equivalências da sua lista dará para constitucionalista. Adiante.

Passos Coelho descobriu agora que “há pessoas que estão reformadas e que têm reformas que são pagas por aqueles que estão hoje a trabalhar”. Depois fez-se adivinho para afirmar que os trabalhadores de agora “nunca terão reformas desse nível”. 

Uma geração de desempregados e trabalhadores precários não tem ordenados capazes; teriam sempre reformas de miséria. Nem pagam para a geração anterior nem geram uma carreira contributiva que os sustente mais tarde. Passos descobriu a pólvora.

Mas o futuro não lhe pertence. Hoje, o governo alemão, segundo o Der Spiegel, revela descontentamento da Alemanha face à evolução registada em Portugal. Refere nomeadamente que os custos salariais só estão a baixar à custa do desemprego. Mais uns, surpreendidos com os efeitos das políticas laborais que estão a impor, juntamente com a austeridade recessiva. Será que ninguém prevê as consequências das políticas?

Não é segredo (os nórdicos praticam) que só perto do pleno emprego e com políticas de crescimento se podem pagar as reformas actuais e vindouras. 

Como antes das eleições na Alemanha não há mudança de políticas, nem com estes governantes em Portugal, vão voar boa parte das pensões - se os portugueses e a Constituição não se opuserem.

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sábado, 15 de dezembro de 2012

Manif.15 Dez. Milhares pedem veto do Orçamento 2013.

foto manif.15 Dez.Milhares pedem que presidente cumpra a Constituio.Dez 2012

Perante dezenas de milhar de manifestantes concentrados frente ao Palácio de Belém, Arménio Carlos, da CGTP, pediu ao presidente da República para ouvir o povo.

“Ouça o povo e exerça os poderes que a Constituição da República Portuguesa lhe concede.

Ouça o povo e não cometa o erro de promulgar o Orçamento de Estado para depois solicitar a fiscalização sucessiva.

Ouça o povo e envie de imediato o Orçamento de Estado para o Tribunal Constitucional, para que este faça a respectiva fiscalização preventiva.

Ouça o povo, mas ouça bem - e não promulgue este Orçamento de Estado”.

Foi isso que dezenas de milhar de manifestantes exigiram hoje a Cavaco Silva.

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A Belém - 15 de Dezembro - 15 horas.

MSE - CARTAZ - 15DEZ.Dez.2012

                                                    (Foto da manif. AQUI)

O MSE apela à participação de todos os trabalhadores, precários, subempregados e desempregados, na manifestação organizada pela CGTP-IN para este sábado, dia 15 de dezembro.

A concentração está marcada para as 15 horas, no Largo de Alcântara, e seguirá em desfile até Belém. As palavras de ordem são “Não ao OE 2013” e “Não à exploração”.

O MSE, como movimento de trabalhadores, não podia deixar de apoiar as lutas dos trabalhadores da CGTP-IN contra as políticas deste governo do desemprego e vai estar presente na manifestação.



 Sobre as Empresas de Trabalho Temporário

Comunicado do Movimento Sem Emprego 

O recrutamento de trabalhadores com recurso a agências de trabalho temporário tem vindo a subir nos últimos anos de tal forma que a facturação anual destas agências chega já aos 600 milhões de euros. 

O MSE denúncia estas empresas que não são mais do que instrumentos de promoção e perpetuação do trabalho precário, sem direitos, mal pago. São intermediárias entre o trabalhador e o patrão que vivem de lucros conseguidos através da usurpação de parte do salário dos trabalhadores e que legitimam a desresponsabilização das empresas perante estes. 

Assim, o MSE questiona: afinal qual o papel do Centro de Emprego? Gerir subsídios de desemprego? Controlar os trabalhadores desempregados para, à primeira oportunidade, lhes retirar o subsídio? Manipular os números de desemprego? Porque não é o estado, através do Centro de Emprego, a cumprir esta tarefa? Porque é que estas empresas têm uma facturação de milhões de Euros e os Centros de Emprego não cumprem o seu papel?

Exigimos o fim das empresas de trabalho temporário e que o Centro de Emprego assuma a função para o qual foi criado: promover o emprego com direitos.

MSE 11/12/12

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

CDS sem voz no governo, diz Portas –malandrice (!).

mais um perdoai-me de Portas.Dez.2012

Portas diz que voz do CDS “não foi ouvida” no OE, o Raul Solnado diria – malandrice.

Que um governante faça o contrário do que prometeu antes de eleito é uma patifaria. Que um partido que governa em coligação aprove medidas com as quais não concorda em pleno, num processo de negociação e contrapartidas, é a vida. 

Mas um partido, como o CDS/PP de Portas, que viabiliza tudo aquilo que diz discordar e depois vem publicamente queixar-se, é da mais profunda miséria política. Cínico e sem vergonha.

Não há “pé dentro e pé fora” do governo, isso é engenho fantasista do marketing político. O governo Vítor Gaspar/Passos/Portas é coeso até prova em contrário. 

A prova em contrário seria o fim do compromisso que originou a coligação, esse compromisso, como se percebe, é o apoio parlamentar do CDS, em troca de lugares no aparelho do Estado e tachos circunvizinhos bem remunerados.

Portas olha para o seu futuro, uma provável carreira “lá fora”. Não se importa, como Passos Coelho, de prejudicar os seus autarcas de imediato e o destino do partido.

Vamos assistir a mais deste fingimento, da direcção do CDS e do seu grupo parlamentar, até porque o CDS não tem massa crítica interna que o impeça voltar a ser um “partido do táxi”, ou da lambreta.

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Alcântara–Belém. Sábado dia 15 de Dezembro.


A Belem - sabado 15 de dezembro.Dez.2012


                                                                     ( Foto da manif. AQUI)

clicar CGTP
Convocatoria CGTP.Dez.2012
 Vamos lá!

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Álvaro o mentor? A reindustrialização da Europa.

Antonio Tajani - Comissario Industria. Dez 2012

Em nenhum país europeu ligaram patavina à carta de cinco ministros da economia (incluindo o nosso) sobre a agenda para o crescimento baseada na reindustrialização da Europa. Ninguém teve a lata de dizer que havia um mentor de tal coisa (excepto aqui); e logo o ministro Álvaro.

O protagonismo dado ao ministro Álvaro justifica-se (!?) pelo provincianismo publicado e a manifesta preguiça jornalística.

Com base nas conclusões do Conselho Europeu de Junho e a política industrial adoptada pela Comissão Europeia em 10 de Outubro, realizou-se - em Lisboa (!) – a 26/10, a Conferência “Reindustrialização para o Crescimento e a Competitividade na Europa”. António Tajani, comissário responsável pela Indústria e o Empreendedorismo e vice-presidente da Comissão Europeia defendeu a reindustrialização como a 3ª Revolução Industrial.

A carta dos cinco ministros da economia (incluindo o nosso) não passa de generalidades sobre as prioridades definidas por Tajani.

O que o ministro Álvaro acrescentou à carta, e a Tajani, em declarações de pôr os olhos em bico à Europa do desenvolvimento social, foi a resposta obscena ao dumping ambiental dos países em desenvolvimento.

O que falta à indústria europeia para melhor competir não é poluir como outros fazem. A própria indústria dá as soluções. A indústria europeia das tecnologias ambientais e de gestão de recursos é líder mundial. A indústria europeia tem de continuar a modernizar-se com ecologia e investigação e não reduzindo o seu potencial de inovação. Desaparece se quiser copiar os padrões chineses.

O actual governo português vai no pior sentido, abandona o cluster industrial das renováveis, nada promove além da emigração de quadros e “cérebros”, desinveste na educação e na investigação científica, torna impossível o financiamento das empresas para além de as descapitalizar. 

No meio disto o ministro Álvaro quer dar sinais de vida mas não aparenta saber o mínimo sobre empresas ou indústria.

Por cá é pretensioso falar em reindustrialização; a política do governo actual leva a que quase todos os dias fechem fábricas. Conseguir suster a sangria industrial que se iniciou com Cavaco Silva já era um objectivo razoável.

Cartas, manifestos, convenções…são paleio - fúteis promoções.

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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Mais cortes em 2013. É certa a derrapagem orçamental.

Governo acredita na derrapagem oramental.Dez.2012

Baixar o défice pelo lado da receita pode colocar em causa as próprias metas orçamentais, avisa a Comissão Europeia, que defende as “medidas de contingência” prometidas pelo governo para cortar na despesa pública.

Ninguém acreditava nas previsões do governo, agora parece que o próprio governo também não acredita. Não são medidas de contingência, são medidas costumeiras perante as derrapagens orçamentais.

A receita vai necessariamente baixar mais que o previsto, com mais recessão. O que precisamos saber é o âmbito das medidas de contingência. Só pode ser mais do mesmo – cortes. Tirar mais dinheiro das famílias e da economia, escavar na espiral recessiva.

Até quando?

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Coligação vai treinar rebeldes sírios.

Siria atacada. Dez.2012

No dia seguinte à “Europa” ter recebido o prémio Nobel da paz, entrega onde pontificou o “pacifista das Lajes” Durão Barroso, sabe-se que países europeus planeiam envolver-se directamente na Guerra Síria.

Segundo o site do jornal britânico The Independent, uma “coligação internacional planeia dar apoio aéreo e marítimo, assim como treino militar aos rebeldes sírios que lutam contra o regime de Assad”. 

Diz o The Independent; “o comandante das forças armadas britânicas, general David Richards, organizou um encontro confidencial em Londres, há algumas semanas, onde estiveram presentes chefes militares da França, Turquia, Jordânia, Qatar, e Emiratos Árabes Unidos, mais um general de três estrelas americano”. Diz ainda, que “outros departamentos governamentais do Reino Unido e os seus homólogos dos Estados aliados têm feito reuniões acerca da missão”.

Os chamados “aliados ocidentais” afirmam-se preocupados com “os grupos jihadistas rebeldes, alguns ligados à Al-Qaeda, que têm conquistado poder e influência por causa do seu acesso a armas e dinheiro proveniente dos países do Golfo”. 

Como em todos os lugares da região onde os “aliados ocidentais” mudaram os regimes pela força, quem combate quer ficar com boa parte. Reconhecer politicamente uma oposição moderada não garante um poder democrático após a queda dos regimes. Médio Oriente e Norte de África são disso prova recente.

A aventura dos “aliados ocidentais” na Síria segue um plano com semelhanças aos anteriores e alguns acrescentos. Dele fazem parte os mísseis Patriot na Turquia, junto à fronteira com a Síria, e que, como se vê, não são uma medida defensiva para o Estado turco, mas para proteger os campos de treino dos rebeldes, que seriam nesse território.

As armas químicas que há na Síria têm um papel semelhante das “armas de destruição maciça” que não havia no Iraque; podem “justificar” uma intervenção militar externa, sejam usadas pelo governo, sejam usadas pelos rebeldes. É um “incêndio do Reichstag” de que muitos estão à espera.

E a Europa nisto!...Já houve outros prémios “Nobel da Paz” que se vieram a verificar terem sido muito mal entregues - logo no dia seguinte, julgo ser o primeiro.

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Alemanha. Peer Steinbruck quer governar com Os Verdes.

O rival de Merkel. Dez.2012

Há menos de uma semana, quando o congresso da CDU alemã reelegeu Ângela Merkel por mais de 90% de votos, foi notícia de abertura em todos os órgãos de comunicação portugueses. “Rainha e senhora da Alemanha” chamaram-lhe.

Ontem, Peer Steinbruck foi confirmado (com mais de 90% de votos) pelo Partido Social Democrata (SPD), candidato contra a reeleição de Merkel nas eleições de 2013, nem primeiras páginas nem relevo algum. Não pode ser obra de Miguel Relvas, há um leque referencial de merkelianos que domina os media portugueses. Adiante.

Steinbruck, não sendo do sector mais à esquerda do SPD, fez um discurso contra os excessos do sector financeiro, o isolamento a que Merkel leva a Alemanha com a análise e terapêutica unilateral da crise, a desvalorização do trabalho e o aumento das desigualdades entre ricos e pobres, provocado pelos salários baixos. Teve o apoio dos ex-chanceleres Schroeder e Helmut Schmidt.

É muito pouco provável, segundo as sondagens, a continuação da actual coligação de governo na Alemanha. A alternativa adiantada pela maioria dos analistas alemães, é de uma coligação de democratas-cristãos (CDU) e sociais-democratas (SPD) a grande coligação (o nosso bloco central). 

Steinbruck que foi ministro das Finanças num governo desse tipo, diz não querer repetir a experiencia. Tem defendido para mudar de política, uma coligação do SPD e dos Verdes.

As sondagens do duelo Merkel/Steinbruck têm grandes variações, quatro meses de 2011 (ainda hipotéticos candidatos) tiveram Steinbruck na frente, este mês têm uma diferença de dez pontos a favor de Merkel (reduzindo-se a diferença de Novembro) tendo ela descido 4% e ele subido 3%. 

Ângela Merkel pode encetar medidas populares, mas tem também problemas na economia alemã, de que é sinal o anúncio agora, do encerramento da Opel em Bochum, o que representa 3.100 postos de trabalho.

Trabalhadores da Opel em luta pelos postos de trabalho.Dez 2012

As mudanças no poder político na Alemanha têm reflexos decisivos na política europeia, no nível de submissão da europa ao poder financeiro, no projecto europeu e no futuro dos países intervencionados. 

CDU e SPD não são a mesma coisa, o fim do domínio da CDU na política alemã transforma tudo. 

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domingo, 9 de dezembro de 2012

Itália. Mário Monti demite-se, finalmente.

Mario Monti demite-se.Dez.2012

O primeiro-ministro italiano Mário Monti afirmou que se o orçamento puder ser passado rapidamente vai confirmar de imediato a demissão.

Em causa o apoio parlamentar do partido de Berlusconi, “Povo da Liberdade”, que lhe falhou em duas votações parlamentares. O centro esquerda italiano sobe nas intenções de voto enquanto a direita perde terreno devido ao apoio dado a Monti. Algo que não será apenas italiano.

Monti deixa a direita com problemas acrescidos devido a eleições antecipadas. Nem a entrada em cena de Berlusconi parece ser capaz de impedir que o centro esquerda saia vencedor. 

A consulta ao povo italiano responderá. O “demite-te” pedido nas ruas teve efeito na maioria parlamentar, que deixou de ser incondicional suporte de Mário Monti. Ele, obviamente, demite-se.

Pedir ou afirmar...Demite-te.Dez2012

O “demite-te” que os estudantes da Universidade Nova expuseram a Passos Coelho, ou o pedido de veto a Cavaco Silva ao Orçamento, (que deu aso a Marcelo Rebelo de Sousa para uma divagação herbívora sobre carnívoros ou vice versa) não são pedidos, solicitações ou súplicas aos próprios. Aponta um propósito, marca uma exigência. 

“Demite-te” levou o eco a Mário Monti, todos os “demite-te” fazem eco.

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sábado, 8 de dezembro de 2012

Medina Carreira ou o branqueamento do Monte Branco.

Monte Branco a ponta do iceberg.Dez.2012


É sabido que Medina Carreira tem um clube de fãs que vai desde gente muito à esquerda a gente muito à direita, consoante o assunto da sua truculência telegénica dê jeito a uns ou a outros. 

Nunca acusou ninguém nominalmente apesar de passar por denunciante de várias áreas de criminosos. No fundo não tem inimigos, ao contrário da tese de perseguição política agora inventada.

Ser suspeito de envolvimento no caso Monte Branco trama-lhe o ofício e desvaloriza um activo da TVI; percebe-se que abram os noticiários desse canal e lhe façam especiais para ele se dizer inocente. Seria uma solução para os avultados custos da investigação e da Justiça, substituir o tempo morto das televendas noturnas, pela audiência de suspeitos nas televisões, o povão apreciava, tele-votava, e os processos seguiam ou eram arquivados.

As coisas não são assim, mesmo quando o Ministério Público veio dizer que nada havia contra figuras públicas suspeitas, as suspeições continuaram, é o sistema. Começou com a investigação a castigar dessa forma delinquentes contra quem não conseguia juntar provas de acusação, continuou para aniquilar adversários políticos e ganhar eleições, não vai parar. 

O desenvolvimento deste caso leva a outras suspeitas. O Expresso diz hoje que uma fonte do processo refere que o nome do fiscalista poderá ter sido “usado como código” por Canas, e na realidade “pertencer a outra pessoa, considerada próxima de Medina Carreira”. Próxima é o quê? Um cliente? O DN não refere a proximidade, só o código.

Estaremos perante o branqueamento do Monte Branco? Desde que se sabe que os escritórios de advogados são alvo fáceis de buscas, (apesar dos protestos da Ordem) é óbvio que os possíveis documentos comprometedores estarão a recato, fora de casa ou dos escritórios. 

Qual a intenção da fuga para o semanário Sol de uma busca a uma figura mediática. Dizer à opinião pública que a investigação deste caso é feita com “tiros no escuro”, comprometendo com os métodos os resultados.

Há uma ligação estreita entre as fraudes e branqueamento de capitais do Monte Branco e o BPN, são investigados muitos empresários, banqueiros e homens da política. Até Passos Coelho acabou por ver uma escuta validada neste processo, pelo presidente do Supremo, de uma conversa com um banqueiro sobre privatizações.

Será mais um caso da Justiça que vai dar em nada? Há crimes, suspeitos e arguidos, haverá condenações?

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Medina Carreira alvo de investigação policial.

Medina Carreira apanhado na rede.Dez.2012

A carreira de Medina Carreira como crítico das trafulhices nacionais acabou. 

Segundo o semanário Sol, “Medina Carreira consta da lista de clientes, com três offshores”,da rede suíça de fraude e branqueamento de capitais conhecida por Monte Branco. “A maior rede de sempre de branqueamento de capitais e fuga ao Fisco detectada em Portugal”. 

O DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal) a mandado do juiz Carlos Alexandre fez buscas na sua casa e escritório. O ex-governante e comentador televisivo é suspeito de fraude fiscal e branqueamento de capitais. O motivo serão “transferências do banco UBS, na Suíça, para Portugal, efectuadas desde 2006 e no valor global de mais de meio milhão de euros”.

O fiscalista disse ao jornal: “não fui constituído arguido nem serei. Não conheço Michel Canals, nem Francisco Canas”. Canals é o arguido suíço líder da rede, que está em liberdade provisória e Canas o intermediário português, conhecido por “Zé das Medalhas”, que está preventivamente - “de cana”.

Medina Carreira deve saber que não é necessário ser constituído arguido, ou sequer testemunha, num caso de corrupção ou branqueamento de dinheiro, para ver o ofício arruinado. Ele próprio usou e abusou de epítetos arrasadores sobre a classe política e não só, classificando tudo à volta de intrujas para baixo.

 A desgraça bateu á porta do profeta da desgraça. A imagem de moralista, do impoluto possuído de todas as virtudes está corrompida.

Não vai ser fácil para ele tirar esta bota dos seus pés de barro.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Ângela Merkel e Netanyahu concordaram em discordar.

Netanyahu na Alemanha.Dez.2012


Fiasco de Netanyahu na Alemanha. Ângela Merkel disse à saída do encontro entre ambos, que os dois “concordaram em discordar” sobre novas construções em território palestiniano.

Entretanto ocorreu hoje a primeira iniciativa da delegação palestina na ONU. Foi apresentado um pedido, na sede em Nova Iorque, através de cartas dirigidas ao secretário-geral Ban Ki-moon e ao Conselho de Segurança, para que a ONU proceda de forma a impedir o aumento dos colonatos israelitas nos territórios ocupados da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental.

O primeiro – ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, iniciou ontem uma visita à Europa. De manhã foi a Praga agradecer aos actuais dirigentes da República Checa; o único país europeu a votar contra o estatuto de observador da Palestina. (ver AQUI como votou a Europa). Depois partiu para a Alemanha, habitual aliado de Israel, para tentar obter o apoio que Merkel não deu na ONU.

Netanyahu, desiludido com o revés da abstenção alemã e perante as poucas semanas que faltam para as eleições legislativas em Israel, queria alguma vitória no campo diplomático, não conseguiu.

A reacção de Israel, ao reconhecimento da Palestina como observador na ONU, foi anunciar a construção de 3.000 novas habitações para colonos israelitas em territórios ocupados; o desenvolvimento do “Bloco E1” (um projecto que corta Jerusalém Oriental da Cisjordânia) impedindo a continuidade territorial e pondo em causa o Estado Palestino; e ficar com cerca de 100 milhões de dólares dos impostos cobrados em nome da Autoridade Palestiniana.

Sucederam-se as críticas internacionais, com a convocação dos seus embaixadores por vários países e a reprovação dos Estados Unidos e da Alemanha, os mais próximos e tradicionais aliados.

As tensões diplomáticas existentes com Israel ligam-se com a política interna. Com eleições a 22 de Janeiro, o isolamento do estado judaico no mundo, por um lado, e as posições favoráveis à colonização acelerada dos territórios ocupados,por outro, são equações da campanha eleitoral. Sondagens em Israel dão vitória à direita em conjunto com as forças ultranacionalistas.

Parece longe o caminho da paz, razão para não esmorecer a pressão internacional.

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Estudantes da Nova pedem demissão de Passos Coelho.

Antonio Borges desequilibrado.Dez.2012

Vem uma pessoa de trabalhar - almoçar fora de horas - liga a televisão para saber de notícias e pimba. António Borges. (sem comentários, a legenda da TV diz tudo).

Felizmente; para facilitar a digestão, uma notícia equilibrada. Estudantes da Universidade Nova desfraldaram uma faixa no auditório da reitoria, onde discursava Passos Coelho. “Demite-te”.
 Passos Coelho recebido na Universidade Nova.Dez.2012

Mais palavras para quê!?

Passos Coelho foi apupado à entrada e à saída das instalações, por estudantes que contestam os cortes na Educação. Ouviu-se em uníssono “Gatuno”, outra palavra simples.

Há uns dias relatei aqui manifestações em Itália, país onde os estudantes lideram as grandes manifestações com a combatividade e a criatividade da “malta jovem”. Em Portugal, houve tempos de grande desconforto nacional, em que os estudantes estiveram na primeira linha da denúncia e da luta contra as injustiças do poder.

“Demite-te” e “Gatuno” são palavras de ordem lúcidas e bastantes. Mas só serão suficientes com coeficientes e expoentes. Multipliquem, multipliquem.

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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Alterar Lei da Greve. Direito Constitucional em perigo?

Greve direito dos trabalhadores. Dez.2012


A justificação próxima é o prolongamento da greve dos estivadores até vésperas do Natal, a verdadeira razão é limitar o direito à greve conquistado pela democracia, com a Revolução de Abril.

A TSF ouviu hoje João Carvalho, presidente do Instituto Portuário, que deixou o aviso ameaçador de que poderá haver “mudança de atitude” e “medidas mais drásticas” por parte das administrações dos portos, como o despedimento de trabalhadores.

Despedimento por fazerem greve, a lei em vigor não permite.

No mesmo noticiário da TSF, Ferraz da Costa, ex-presidente da CIP e actual do Fórum para a Competitividade, disse a propósito; “a única solução é regulamentar a lei da greve” coisa “que tem de ser feita em acordo com o Partido Socialista” sem o qual “nada se pode alterar em Portugal”.

Ferraz da Costa disse agora que a “regulamentação” seria para que “não houvesse tantos excessos”; considerava em Outubro que a lei da greve devia ser regulamentada para evitar paralisações convocadas sem terem existido negociações prévias.

Ora, a greve dos estivadores tem sido contra a imposição da lei portuária e pela negociação do governo com os sindicatos. Com a “regulamentação à Ferraz da Costa” bastaria aos patrões não abrir negociações para que as greves fossem ilegais. 

A lei portuguesa considera a greve; “um direito dos trabalhadores”, que compete a eles “definir o âmbito de interesses a defender através da greve” e que é um direito “irrenunciável”.

Não vai ser fácil ao governo e aos patrões alterar a lei da greve, como agora se propõe, mas é urgente uma reacção do Partido Socialista, (de António José Seguro), às actuais pressões. 

Há matérias, como os Direitos e Liberdades Fundamentais consignadas na Constituição, que não podem suscitar dúvidas.

Deter a revolução anti-democrática em curso compete a todos, é uma tarefa anti-fascista.

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A ONG de Passos Coelho e os passos de outras ONGs.

Passos Coelho fundou uma ONG.Dez2012


O Público noticia que o actual primeiro-ministro criou uma ONG (organização não governamental) nos idos de 1996. Era deputado, mas “não consta do seu registo de interesses na Assembleia da República”, refere o jornal. A ONG era financiada pela Tecnoforma, empresa (hoje falida) que dava formação profissional a autarcas e técnicos de aeródromos (!). 

A Tecnoforma era de destacados dirigentes da JSD, Passos Coelho foi seu consultor, gestor e administrador, como se sabe. Também se sabe que Passos omitiu isso no seu currículo. A ONG, de seu nome, Centro Português para a Cooperação, com sede num escritório da Tecnoforma, teve como presidente do conselho de fundadores, desde o início, Passos Coelho, mais tarde administrador.

Diz-se por aí que Passos Coelho não tem experiência profissional, mas vão surgindo responsabilidades de direcção em empresas. Situações que não divulgou, nem quando era obrigado pelo estatuto de deputado, nem depois. Terá as suas razões.

O Público diz que “os três únicos projectos (da ONG) que conseguiu identificar” foram “financiados em cerca de 137 mil euros pelo Fundo Social Europeu e pela Segurança Social portuguesa”. Isto da Segurança Social preocupa-me, não deve ser nada ilegal, por isso, preocupa-me ainda mais.

Fico de pé-atrás quando me falam em ONGs, uma coisa é o que o nome indica e os objectivos, outra bem diferente é a sua prática e dependência de governos; entre outros interesses, que vão dos geoestratégicos aos económicos e ideológicos. Multiplicaram-se em sessenta anos de poucas dezenas a alguns milhares, atraíram decerto todo o tipo de oportunistas.

São dúvidas minhas, talvez má vontade; mas ONGs e IPSSs deviam ser passadas a pente fino. Há quem viva muito bem nestas organizações, passando melhores dias quando a desgraça aumenta; e destrinçar o trigo do joio é difícil.


Passos Coelho esqueceu-se de mais uma empresa em que foi administrador, é normal, já não se lembra do que disse a semana passada sobre o ensino secundário. 


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