terça-feira, 30 de abril de 2013

História do 1º de Maio.

História do 1º de Maio. oclarinet 2013.

As origens do 1º de Maio – Dia do Trabalhador.


(Relembrar a história em breves notas - reedição de oclarinet.blogspot.com) 

 As comemorações do 1º de Maio relembram os episódios violentos de 1886 em Chicago, numa manifestação pela jornada de trabalho de oito horas. O marco histórico que reivindicava 8 horas de trabalho, 8 para dormir e 8 para lazer. O movimento operário organizado surge da revolução industrial, antes os protestos nos campos e nas cidades eram fugazes e desorganizados. 

São as condições criadas pela revolução industrial, a desumanização do trabalho e a chegada das primeiras máquinas que fazem aparecer as organizações operárias. 

No início os trabalhadores das indústrias atacaram as máquinas que culpavam pelo desemprego, num movimento conhecido como ludismo. Nos anos 30 do século XIX já havia no Reino Unido sindicatos (trade unions) e as reivindicações para além da luta operária nas fábricas, chegavam ao Parlamento através de cartas, petições, abaixo assinados, num movimento chamado Cartista. A oposição do Parlamento britânico (composto de aristocratas e burgueses) a tais exigências, deu força às organizações dos trabalhadores.

O movimento mutualista impulsionado pelos socialistas utópicos já falava numa sociedade que exigia a colectivização dos meios de produção. Com o Manifesto Comunista de Marx e Engels publicado em 1848 é reforçado o conteúdo ideológico da luta contra a exploração capitalista.

No entanto o movimento operário dividiu-se entre os que defendiam a luta revolucionária para derrubar o capitalismo, os que proponham uma transição pacífica para a sociedade colectivista e os reformistas que esperavam obter conquistas sociais em colaboração com os poderes instituídos. 

As duas tendências mais importantes representando as teorias de Marx e Bakunine (anarquista), criaram a AIT (Associação Internacional de Trabalho) conhecida por Primeira Internacional, para promover a organização proletária; nela participaram sindicatos na maioria Ingleses e franceses. A AIT depois de criar secções em vários países veio a findar em 1876 por causa da repressão aos seus dirigentes e divergências entre Marx e Bakunine. 

Em 1889 fundou-se a Segunda Internacional e é essa organização que no seu segundo congresso em 1891, em Bruxelas, declara o dia 1º de Maio como o dia dos trabalhadores.

 No entanto o objectivo das 8 horas de trabalho é deliberado pela Primeira Internacional em 1866, em Genebra, e adoptado pela Federação dos Sindicatos Organizados dos Estados Unidos e Canadá, anterior à Federação Americana do Trabalho – AFL, que marcou o dia 1º de Maio de 1886 como data em que as 8 horas se passariam a cumprir pelos trabalhadores. 

Nesse dia e com o objectivo principal da redução do horário de trabalho que chegava a ser de 12 horas e mais, iniciou-se um surto grevista em Chicago e noutras cidades americanas com manifestações de dezenas de milhares de trabalhadores. As greves continuaram e no dia 3, em Chicago, quando uns fura-greves abandonavam uma fábrica junto a um comício sindical, houve confrontos com a intervenção policial a provocar 6 mortos dezenas de feridos e muitos presos.

Na concentração do dia seguinte na Praça Haymarket que decorria sem incidentes, já na desmobilização da manifestação, chegaram 180 polícias e começaram a dispersar os trabalhadores, é nessa altura que rebenta uma bomba entre os polícias matando 7 e ferindo outros. A polícia abriu fogo indiscriminadamente matando segundo alguns relatos cerca de 100 manifestantes e ferindo muitos mais. 

Seguiu-se a perseguição aos sindicatos, aos anarquistas e aos líderes operários. 

Oito activistas foram acusados, três deles nem tinham estado presentes aquando da explosão da bomba; sete foram condenados à morte e um a 15 anos de prisão, 4 foram executados um suicidou-se e os restantes que tiveram as penas comutadas para prisão perpétua vieram a ser libertados em 1893, reconhecida a sua inocência, a manipulação do júri e a falta de provas no julgamento.

Da luta e dos acontecimentos trágicos de Chicago resultou a conquista da jornada de oito horas, desde logo para algumas dezenas de milhares de trabalhadores e no decurso de outras lutas que seguiram o seu exemplo para a maior parte dos trabalhadores de todo o mundo.

Em Portugal, só em 1919, e apenas para os trabalhadores do comércio e da indústria, as 8 horas de trabalho diário e o descanso ao domingo foram convertidas em lei. 

Foi essa conquista que o governo de Vítor Gaspar, Passos Coelho e Paulo Portas quiseram alterar o ano passado, acrescentando meia hora à jornada diária; sem sucesso!

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domingo, 28 de abril de 2013

Itália. Atentados. Matrimónio à italiana.

Atentado - durante o juramento do governo italiano - à porta do palácio Chigi.Abr.2013

Enquanto decorria o juramento dos membros do novo governo italiano, dois carabineiros eram atingidos num tiroteio à porta do palácio Chigi. A primeira informação é de que o atentado foi executado por um “desequilibrado”.

Dentro do palácio do Quirinale nascia um governo de equilíbrios duvidosos. Da Liga Norte ao SEL, do mais à direita ao mais à esquerda, a quase totalidade das forças políticas de Itália queriam um governo político, contrário ao “governo técnico” (“governo dos bancos”, como lá se diz). Não é isso que representa a actual composição governamental.

Os “gaspares” e os conluios com a Finança estão no governo italiano, assim como a oposição à política de austeridade europeia. Apesar de ser multicolor, o governo italiano é um atentado ao resultado eleitoral, regressa em força a democracia cristã (presente em várias formações) e são afastados os históricos de esquerda.

Ontem dizia no post (AQUI), sobre a carta aberta de militantes socialistas ao congresso do PS, que “os socialistas italianos tiveram bons resultados com as directas abertas”. Sendo verdade, o caso italiano veio demonstrar que a democracia mais alargada também pode ser subvertida, e de forma absoluta.

Matteo Renzi perdeu nas directas do Partido Democrático (PD), (maioritário nas eleições) para Luigi Bersani, mas o poder de Renzi no aparelho do PD arruinou as tentativas de Bersani contar com o seu próprio partido para formar governo. Isso, e o Grillismo, concebido a pescar votos nas redes sociais e a manipulá-los em proveito próprio. 

Dois meses de crise pós eleições gerais, deram na reeleição do presidente e num governo técnico/político contraditório.

Um "matrimónio à italiana", com muitos filhos e pais desconhecidos.

(corrigido: Palácio Chigi que fica na praça Colonna - obrigado pelo reparo do leitor).

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sábado, 27 de abril de 2013

Congresso do PS. A carta que passa–primárias abertas.

João Tiago Silveira Congresso PS. Abr.2013

Duas cartas andam pelo Congresso Socialista deste fim-de-semana, uma de um ministro-adjunto do governo, outra de um movimento interno de destacados militantes. A primeira terá uma resposta de alguém do Largo do Rato “equiparado ao remetente” (o porteiro?), a segunda passa mas não passa pelo Congresso.

O principal ponto (dos seis), da carta dos militantes socialistas é de que a escolha do secretário-geral do PS seja feita através de eleições primárias, abertas a simpatizantes do partido. Para ser útil no imediato, a carta vem atrasada.

Os subscritores iniciais (45) do documento “Mais participação melhor PS”, lançaram ideias, mas sabem que a ocasião interna do PS não é propícia para alterações de fundo nos estatutos. A hora é de unidade em torno do líder; sem um terramoto político, António José Seguro está livre da prova eleitoral alargada para ser candidato a primeiro-ministro.

No entanto, o “acentuar do divórcio entre os partidos, os políticos, a sociedade e os cidadãos”, o limite da participação cidadã na política e o facto dos candidatos a primeiros-ministros serem escolhidos pela vitória de uma fracção partidária e depois apresentados aos eleitores do país, vai manter o assunto em aberto.

A experiência dos socialistas franceses e italianos são exemplos com bons resultados. Em Espanha, o PSOE acaba de propor não só as primárias, (abertas para designar o candidato a governar o país), mas uma reforma da lei dos partidos que obrigue todos a fazê-las. Para o partido de Alfredo Pérez Rubalcaba, será o maior “abanão na política espanhola”.

Por cá, a actual direcção do Partido Socialista não teve a coragem de ir pelo caminho das primárias abertas e percebe-se, mas é o que vai vingar no futuro se quiserem recuperar alguma confiança nos partidos.

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Adiado documento de estratégia orçamental. Nolente DEO.

Os velhos cortes do governo. Abr.2013

Os anúncios do governo nunca condizem com a data do lançamento dos produtos. Reuniões extraordinárias são já ordinárias, pelo que não surpreende que o governo tenha hoje anunciado novo conselho de ministros para a próxima terça-feira, a fim de discutir e aprovar o Documento de Estratégia Orçamental (DEO).

O “DEO” (valha-nos Deus) incorpora as medidas que vão substituir os milhões de euros que não passaram no Tribunal Constitucional - por serem normas fora-da-lei.

Obviamente que o Congresso do Partido Socialista deste fim-de-semana obriga o governo a estar pianinho; para saco de pancada ofereceu-se Cavaco Silva.

O porta-voz Marques Guedes adiantou que o “DEO” atende “ao compromisso de cumprimento do défice” mas “não se trata de novos cortes”.

É isso que preocupa, não são novos cortes, são os já conhecidos velhos cortes.

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Discurso do 25 de Abril. Obrigado Cavaco Silva.

oclarinet. Encanando a pata ao boi sempre se come o Ossobuco.Abr.2013

Cavaco diz que se houver crispação “de nada valerá ganhar ou perder eleições”. Tomou posição pelo seu governo, é normal. Normal e pouco inteligente, o que é natural em Cavaco.

A única razão para demonstrar contrariedade com o discurso de Cavaco Silva, nas comemorações do 25 de Abril, só pode ser para dar enfase ao facto de ser um discurso de facção. 

Cavaco divide, sempre dividiu. Pedir, como também a Comissão Europeia pediu, um forte consenso político” nacional; é impossível com Cavaco Silva assumindo o apoio total ao governo. Um presidente da República equilibrado, capaz de influenciar o leque partidário e arbitrar os normais conflitos políticos, não existe em Portugal. 

Cavaco só descobriu um motivo de crítica ao governo, falhar nas previsões, coisa em que é especialista; dizia Cavaco há um ano (Maio) que a economia começava a crescer no segundo semestre de 2012.

O que muitos dizem há muito, ser o pensamento do presidente da República (até tenho na lateral do blogue uma imagem do Laranjal – governo de iniciativa presidencial) veio agora Cavaco Silva confirmar pela própria voz. 

Ficamos agradecidos pelo esclarecimento, todos sabem agora que instrumentos da democracia básica, como o uso da ferramenta eleitoral, não moram na presidência da República, enquanto o ocupante for Cavaco Silva.

Hoje relembrámos os desígnios da Revolução de Abril, são contraditórios com os insultos de Cavaco Silva. Elegeram-no…!

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quarta-feira, 24 de abril de 2013

terça-feira, 23 de abril de 2013

A promessa. Outra UGT com o novo líder Carlos Silva.

Uma nova UGT. Abr.2013
O post (aqui) de há precisamente um ano.

Prometia muito e afinal…! Pode vir a ser o epílogo da história da mudança de secretário-geral da UGT. Quero crer que com Carlos Silva, a submissão da UGT às conveniências da troika contra os interesses de quem trabalha, não continue.

Carlos Silva já assumiu querer outra atitude; perante os “acordos na concertação”, o governo e os credores. Também indiciou maior abertura à colaboração com outros sindicatos e a CGTP. 

No entanto, o que revelará uma viragem fundamental, será não permitir o uso da sua assinatura para dar no exterior a ideia de haver acordo social em Portugal, quando é generalizada a oposição à política do governo e da troika.

João Proença fica historicamente ligado ao pior período da UGT, de colaboracionismo com interesses anti-patrióticos, mais graves que a infidelidade aos anseios dos trabalhadores que representa. 

Proença ameaçava muito, mas demonstrou ser um “encolhido”; Carlos Silva promete, espera-se que não seja uma decepção. Os mais sectários, dentro e fora do movimento sindical, nada esperam da UGT, eu confio na neutralização do papel negativo que a central sindical tem tido. 

A UGT, se não for a bandeira virtual (mas usada), da chamada paz social, já é um pau. Um pau a bater para o lado certo.

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domingo, 21 de abril de 2013

Alemanha apoia confisco de depósitos bancários.

oclarinet. Wolfgang Schauble. Abr.2013

(Excesso de liquidez na Zona Euro. Em que zona da Zona Euro?)

Resgate ao Chipre deve ser modelo para o futuro. Para Schauble, ministro das Finanças da Alemanha, a solução encontrada para o Chipre deve ser norma no resgate dos bancos.

Wolfgang Schauble, em entrevista ao semanário económico Wirtschaftswoche, defende o mesmo modelo que o Eurogrupo preconizou para resgatar o Chipre; a contribuição dos depositantes dos bancos (de depósitos não garantidos) para financiar o resgate de bancos em situação difícil.

Recorde-se que o ministro holandês Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, fez declarações semelhantes e todo o mundo lhe caiu em cima, classificando a simples abordagem da ideia, como a coisa mais estúpida decidida pelo conjunto dos ministros das Finanças da União Europeia.

Na altura, (há um mês) Schauble distanciou-se da polémica, afirmando que a decisão de confiscar poupanças dos cipriotas era da responsabilidade do governo de Chipre.

A nuance dos pequenos depositantes e das contas protegidas pelo seguro de depósitos (até 100.000 €) de nada serviu. Schauble exigia no Eurogrupo uma taxa de 40% sobre os depósitos maiores e a desconfiança sobre a segurança dos depósitos bancários ficou adquirida. 

Escrevi aqui em Março, na capitulação de Chipre e antes da abertura dos seus bancos: “A quebra na confiança bancária é irreversível, não provoca para já uma corrida aos bancos, mas implica a fuga massiva de capitais numa altura em que era mais necessário atrair investimento estrangeiro”.

O destino dos capitais em fuga dos países do “sul” da Europa é em grande parte para a Alemanha, onde (por agora) estão seguros. 

A Alemanha perdeu a vergonha, Schauble conhece as implicações das suas afirmações públicas, sabe que está a desnatar países em dificuldades de meios financeiros, só pensa nos germânicos.

  PS. No mesmo semanário, Schauble pediu para o BCE reduzir o excesso de liquidez na Zona Euro. Na Zona Euro? Em que zona da Zona Euro? …Pois!

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sábado, 20 de abril de 2013

Itália. Giorgio Napolitano reeleito na 6ª votação.

Giorgio Napolitano reeleito presidente de Itália.Abr.2013

O Presidente da Itália, Giorgio Napolitano, acaba de ser reeleito pelo parlamento para um segundo mandato.

Impasse italiano resolvido em parte, após cenas rocambolescas que puseram a nu a crise política em que a Itália caiu, com os resultados das eleições para o Senado e para o Parlamento.

Só na sexta votação e com uma solução de recurso, a Itália conseguiu eleger um presidente da República. 

Eleito pelos senadores, deputados e delegados das regiões, num total de 1007 votantes, precisava nas três primeiras votações de atingir uma maioria de dois terços (672 votos) nas seguintes maioria simples (504 votos).

Franco Marini, 80 anos, proposto pelo seu Partido Democrático (PD) maioritário, teve na primeira votação 521 votos. A candidatura resultava do acordo entre o PD, de Luigi Bersani e o Partido da Liberdade (PDL) de Berlusconi. 

Eleitores da coligação de esquerda votaram contra Marini, não foi eleito. O impasse manteve-se com abstenções na 2ª e 3ª votação – nesta, Stefano Rodotà, apoiado por Beppe Grillo obteve 250 votos, longe dos 672 necessários.

Para a 4ª ronda, Bersani apresentou Romano Prodi, ex-primeiro-ministro e antigo presidente da União Europeia; teve 395 votos dos 504 necessários e Stefano Rodotà 213. Nesta ronda só votaram 732 dos 1.007 eleitores.

Hoje, na votação da manhã (a 5ª) Rodotà conseguiu 210 votos. A maioria optou pelo voto em branco (445) enquanto se aguardava por uma saída para a crise; concretizada na confirmação pelo PD de que tinha sido feito um pedido a Giorgio Napolitano para se recandidatar.

Giorgio Napolitano eleito presidente de Itália. Abr. 2013 

A resposta positiva de Napolitano chegou cerca das 14.30 h locais. Estava eleito às 18.15 horas, vindo a obter 738 votos, contra 217 de Stefano Rodotà.

Com o presidente eleito, sobra uma crise nos partidos, particularmente no PD, com Luigi Bersani demissionário e a minoria interna a afirmar-se possivelmente como a nova classe dirigente, mas, de certeza, sem o PD para dirigir. Mas sobre isso e o embaraço governamental que não está resolvido em Itália se falará quando a poeira de hoje assentar um pouco. 

Para já, vencedor de todas as tácticas imaturas e suicidárias da esquerda, é Berlusconi.

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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Inactivos. Portugal tem o maior aumento da Europa.

oclarinet.blogspot.com - Desemprego record em Portugal.Abr.2013

Ouvi a notícia no rádio do carro (enquanto procurava trabalho). São 261.000, os portugueses que não trabalham nem estão inscritos no desemprego, segundo o Eurostat - gabinete oficial de estatística da União Europeia.

“Destes, quase todos, 231 mil, estão disponíveis para o mercado, mas pura e simplesmente já não fazem nada há semanas para procurar emprego. Mais 35 por cento em apenas um ano”. Informa a rádio TSF, salientando ainda o subemprego em “part-time” - “que cresceu 16 por cento em Portugal no último ano”.

São números a somar aos 17,6% de desemprego (Eurostat) que representa um crescimento superior à média da EU; sendo que, do desemprego total, a taxa de jovens com menos de 25 anos é já de 38,6%. 

Se contarmos com a emigração e as consequências das novas medidas recessivas que estão na forja, estaremos a viver tempos de destruição de emprego em Portugal como não há memória.

O governo do PSD e do CDS diz que o “Emprego” é a sua prioridade.

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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Alemanha. Schauble e as insolvências na Zona Euro.

Segundo Wolfgang Schauble - Alemanha é quem mais aproveitou o Euro. Abr. 2013

Deputados alemães aprovam resgate financeiro a Chipre. Schauble ameaça com contágio da insolvência de Chipre a outros países e crise no euro.

Hoje, enquanto almoçava e assistia à votação para eleger o presidente italiano, (uma vez que cá pouco se passou, excepto uma conferência bizantina do governo a convidar a oposição a suicidar-se) li em rodapé na Rai News, uma citação de hoje, de Schauble: - “uma insolvência de Chipre poria em risco Espanha e Itália”. 

O jornal alemão Die Welt refere o mesmo discurso de Schauble, como ele tendo ameaçado; “se não se ajudar Chipre é inevitável a sua falência”, acrescentando que os países mais vulneráveis, Grécia, Irlanda e Portugal, seriam contaminados.

Independentemente da precisão das citações sobre os países (ANSA/DW/LUSA) há uma alteração do discurso alemão em relação a Chipre, e em comparação com o verificado na crise grega. Já não se ameaça os países em dificuldades, de expulsão, ameaça-se os deputados alemães de criarem uma crise no euro, nefasta também para a Alemanha.

O Die Welt traz hoje para título - precisamente - “Para Schauble a Alemanha é quem mais tem aproveitado o euro”. É o que por cá se diz há muito tempo e por todo o lado, excepto nos meios afectos à subserviência do nosso país e da União Europeia ao domínio germânico. 

E agora? Depois do discurso do dono da política germânica, dona da política do Conselho Europeu, do Eurogrupo e em grande parte do BCE, ainda há medo em negociar com a troika? Os portugueses, se baterem o pé, perdem mais que os alemães, ou têm sequer muito para perder? Há a certeza de estamos em má situação negocial depois dos receios confessados pela Alemanha?

A certeza que há, é de que as cedências aos desejos integrais da troika são apenas fruto de esses desejos serem coincidentes com o programa político do governo, e só do governo. (Sobre isso há consenso nacional – é, aliás, o único consenso visível e previsível neste país). 

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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Guardar o dinheiro no carro em vez de no colchão.

oclarinet.blogspot.com Abr.2013

Seguro vai escrever a Portas? Louçã vai escrever a Seguro?

Portugal entre os únicos quatro países da EU onde a venda de carros aumentou.

Embora pareça um contra-senso num país a viver em austeridade rigorosa, o investimento em carro novo compreende-se; por duas razões.

Primeiro, os bancos deixaram de ser seguros após a inteligência do Eurogrupo ter ido aos depósitos dos cipriotas; podem afirmar mil vezes que não é para replicar noutros Estados, que a desconfiança de quem tem dinheiro está instalada. 

Segundo, já haverá quem tenha assumido que Portugal deixará a Zona Euro, brevemente, em princípio empurrado pelas circunstâncias. Nessa situação os bens importados sofrerão um aumento imediato de preço. A maioria dos portugueses não tem agora euros para mudar de carro usado para outro carro usado, mas muitos há que podem comprar carro novo para usar por muito tempo.

O endividamento do país vai continuar a aumentar, como o falhanço troiko do controle do défice; o Estado vai ter receitas inferiores as despesas e a agravar-se, com a destruição da economia e respectivo aumento do desemprego; com os juros a pesar sobremaneira no aumento da dívida e sem perspectiva de crescimento estamos sem saída. Sem saída que não seja sair do euro.

Há no entanto quem acredite, de Francisco Louçã a João Salgueiro, na capacidade dos países do sul da Europa, em inverterem a política da União Europeia. Acreditam que vai ser possível rasgar o Tratado de Lisboa, que o Conselho Europeu não seja só a Alemanha e que voltará um dia a Coesão Económica e Social. Quem acredite nisso, faz asneira em investir em bens duradouros o dinheiro que precisa para outras coisas, incluindo para aforrar. 

As encenações não alteram a realidade, nem o governo nem o PSD têm solução para Portugal ou que influencie positivamente a Europa, Seguro devia reunir com Portas para fazer algo útil de imediato, Louçã devia escrever a Seguro pela mesma razão. 

Querem continuar no Euro mas não estão a fazer por isso, falta encenação. 

Pois - nós sabemos - a encenação não altera a realidade.

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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Vítor Gaspar ministro das Finanças da Troika.

Gaspar ministro da troika

Há quem diga que a imagem de Vítor Gaspar é muito importante no estrangeiro.

Apenas envergonha Portugal e os portugueses:
-  O Vídeo (a iniciativa de Sócrates).



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sábado, 13 de abril de 2013

A Europa impede o sucesso de Portugal.

A Zona Euro que vá à fava. Abr.2013

“Não podemos ter sucesso sem uma mudança do enquadramento europeu”, disse Maria João Rodrigues, acrescentando que a crise está actualmente a gerar níveis de divergência inaceitáveis entre os países da zona euro.

Para a conselheira do presidente da Comissão Europeia, Maria João Rodrigues; “Já não é um problema de crise financeira é um problema de crise de integração europeia”, disse na conferência “Portugal na Balança da Europa e do Mundo”.

Maria João Rodrigues (MJR) faz parte daqueles economistas que ainda se podem ouvir, mas quando afirma que “há ajustamentos a fazer mas não podemos pôr em causa funções sociais do Estado”; conhecendo as exigências da Comissão Europeia (de que faz parte) está a dizer o quê?

Não são as imposições da troika que impedem uma política inversa à praticada pelo governo português?

Todos sabemos que mesmo sem troika, a política do governo de Passos Coelho seria esta; mas é a troika, e particularmente na troika a Comissão Europeia, quem incentiva e dá cobertura, à política de violenta austeridade que “põe em causa as funções sociais do Estado” e destrói a economia portuguesa.

“Portugal não pode ter êxito sem mudança no enquadramento europeu” como disse MJR. Ora essa mudança não se vai fazer - numa Zona Euro que já não existe como tal. 

A Zona Euro serve para submeter os países de economias débeis aos países adaptados ao Euro, é esse o “enquadramento europeu” que não vai mudar.

É a Europa e a moeda única europeia que impede o sucesso de Portugal - já esteve mais arredada da opinião pública essa compreensão.

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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ir aos mercados? Portugal desenganado pela troika.

oclarinet.blogspot.com Sair do Euro.Abr 2013

O acesso de Portugal aos mercados tem uma avaliação pessimista da troika.

O jornal Público cita um relatório obtido pelo Financial Times, onde a troika e o FEEF dizem, “nesta fase, o acesso de Portugal aos mercados apenas pode ser considerado como limitado e oportunístico”. Portugal só tem atraído investidores especulativos.

Continuo a citar: “Esta avaliação pessimista deve-se essencialmente a três fragilidades nacionais: os elevados montantes de divida que Portugal terá de emitir nos próximos anos, o rating (a classificação do risco da divida pública) abaixo do nível de investimento e as características dos investidores que estão neste momento a mostrar interesse em Portugal”. 

Uma vez que a troika afirma que fazer as emissões de divida, “pode ser demasiado exigente sem uma melhoria dos ratings de Portugal e a criação de uma base estável de investidores”, sabemos de antemão que qualquer decisão do Eurogrupo sobre Portugal é para consumo interno e guia de risco dos especuladores. Mentiram-nos acerca dos mercados.

Investidores sérios não metem dinheiro em países cuja economia está a ser destruída e o reembolso poderá ser de alto risco. Quem não cria riqueza dificilmente paga dividas.

Os esforços feitos até aqui, pelos portugueses, serviram apenas para resolver os problemas da banca nacional, mais a europeia, detentoras de divida portuguesa, e, encher os bolsos dos especuladores internacionais. 

A divida aumenta e “prospera” a destruição da nossa economia, tornando a divida impagável. O processo de pedir para pagar empréstimos enquanto a divida aumenta é suicidário e não terá fim aceitável para Portugal.

Quando se der atenção às vozes alternativas, será tarde. A sociedade portuguesa (e não só os políticos) espera milagres insistindo no trilho do desastre. 

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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Idade de reforma aos 67 anos. Toma!

Mais uma ideia para mais desemprego jovem. Abr.2013

A confirmar-se o que uma “fonte do governo” deu para a rádio TSF espalhar; o aumento da idade de reforma para os 67 anos, estaremos perante uma medida que aumentará o desemprego jovem. 

Pela enésima vez, o líder da UGT, João Proença, (não era este mês que mudavam de secretário-geral?) ameaça o governo de romper o diálogo social; “Se mexerem no regime contributivo sem consultar os parceiros sociais, para a UGT há quebra total de diálogo social”, disse o dirigente da central à saída da audiência com Cavaco Silva. Conversa.

Para mim, consultem ou não os parceiros sociais, o aumento da idade da reforma terá consequências - e merecerá uma mudança de atitude pessoal.

Tal medida, para além de forçar os mais jovens a esperarem mais tempo pelos postos de trabalho dos que se reformam, implica por outro lado, (mais uma vez) alterar a perspectiva dos trabalhadores mais velhos, cujo horizonte de atingir a idade da reforma avança mais que os seus aniversários. 

Cada ano mais velhos e cada ano mais longe da reforma; como Tântalo, quando se aproximam de “ir a banhos” - a água desaparece.

Eu trabalho desde os 17 anos, não me posso reformar, nem ir para o desemprego, nem receber qualquer subsídio, nem, nem, nem!

A minha mudança de atitude perante este país, de governos não confiáveis, é simples:

 - Aumentam-me a idade para me reformar e eu, como tenho essa prerrogativa, deixo imediatamente de fazer descontos!

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quarta-feira, 10 de abril de 2013

João Ferreira do Amaral, sair do euro, a entrevista.

SAIR DO EURO. Livro de João Ferreira do Amaral. Abr.2013

O divórcio necessário para tirar Portugal da crise

Programa Política Mesmo TVI 24 – jornalista Paulo Magalhães 09-04-2013

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terça-feira, 9 de abril de 2013

Gaspar manda Estado gastar mais.

Paul Krugman Abr.2013

Despacho do ministro das Finanças congela todas as despesas dos ministérios, com algumas excepções de despesas básicas. A medida parece de poupança mas não é, parece de rigor mas não é; serve para paralizar serviços e criar dificuldades aos fornecedores privados.

Os “serviços ficam impedidos de assumir novos compromissos sem autorização prévia do Ministério das Finanças”, significa que há fornecedores do Estado que não vão receber como previam (média de 6 meses ou a 1 ano). 

Vão ficar a arder, pois os serviços do Estado não fazem encomendas depois de ter verbas, mas a contar com entrada de dinheiro que agora não virá. Mais uns calotes que decerto contribuirão para descapitalizar e encerrar empresas.

Depois, o Estado não poupa nada sendo mau pagador, ou, como agora, destruindo a confiança contratual. Todos nós, na economia real (economia real é algo capaz de atropelar qualquer economista sem ele dar conta) que fazemos orçamentos, vamos a concursos, metemos no preço dos serviços as alcavalas para maus pagadores, fazemos aquilo que se chama “Orçamentos Com Lápis Grosso”. O Estado é um bom cliente para determinados fornecedores, pagam mal mas pagam muito mais.

Os contribuintes devem saber, pois são eles que pagam, que o Estado é um grande gastador por não pagar atempadamente.

A outra vertente desgraçada da medida salazarenta de Vítor Gaspar é retirar dinheiro da economia. 

Há três dias era notícia: "O Estado italiano vai pagar 40 mil milhões de euros aos seus fornecedores privados ao longo dos próximos 12 meses para estimular o crescimento económico”. Anúncio de Mário Monti após a reunião do Conselho de Ministros italiano.

Mário Monti é neo-liberal Gaspar é neo-liberal; há aqui algo muito anormal.

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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Forte consenso com governo de iniciativa presidencial?

oclarinet.blogspot.com - Cavaco - o - desastre - Abr.2013

A Europa dos “Comissários de Merkel” devia ter pedido a Cavaco Silva para não se isolar no apoio ao governo. Vir agora a Comissão Europeia pedir “forte consenso político”, quando o presidente da República perdeu a posição arbitral e promotora de acordos entre os partidos, (ou do governo com os parceiros sociais) não faz sentido. 

Já era impraticável conciliar o governo falhado e incompetente com a sociedade portuguesa, isso vai acentuar-se. Foram pedidos enormes sacrifícios aos portugueses, sem outro resultado que o aumento da crise social, mais divida e mais incapacidade de a pagar.

 Perante o chumbo do Orçamento fora – da – lei do governo PSD/CDS e os pedidos de demissão (não desmentidos) de ministros, Cavaco viabilizou o seu próprio governo (como bem “viu” Sócrates). 

Do governo de “iniciativa presidencial” sabe-se o nome do primeiro-ministro e do ministro das Finanças, (os mesmos do governo anterior para a mesma política), e conhece-se o fio do programa de governo; Desinvestimento do Estado e Cortes nas Áreas sociais.

Não há consenso possível. Vai haver resistência a mais austeridade e pobreza, por parte da grande maioria dos portugueses e dos partidos da oposição.

O PSD está unido, de Durão Barroso a Cavaco Silva, de Passos Coelho às marionetas laranja na comunicação social.

A campanha começa contra o maior partido de oposição; o argumentário é António José Seguro não ser alternativa, a finalidade é manter uma “dúvida razoável” que deixe o governo Cavaco/Passos cumprir a legislatura. Como habitual, veremos muita gente de esquerda, incapaz de compreender a tática política, a fazer jeitos estúpidos à direita.

Não há governos iguais e pior que o que temos é impossível. De qualquer forma estou convencido que saímos do euro; como saímos (forçados ou preparados) é o mais importante. 

Fazer frente ao governo de Cavaco e Passos, é não deixar que destruam mais o país e o tornem ainda mais difícil de recuperar. Portugal não acaba mas é preciso perservar gerações de portugueses.

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domingo, 7 de abril de 2013

Passos desculpa-se com acórdão para fazer mais cortes.

A culpa de Cavaco. Abr.2013

A vingança de Passos Coelho será sobre o Estado Social, sobre todos os portugueses; ordena corte na despesa das áreas sociais; na Segurança Social, na Saúde, na Educação e nas empresas públicas; vai continuar com a mesma receita que levou à espiral recessiva em que nos encontramos, agora com o pretexto do acórdão do TC.

O Orçamento fantasista e fora-da-lei para 2013, obra de total responsabilidade da incompetência do governo, vai ter sucedâneo de igual tipo caso o actual executivo continue em funções. 

Não há solução com este governo, a meta do défice já não era alcançável sem o buraco que o governo criou com as normas anti-constitucionais. Agora promete mais medidas que aprofundarão a recessão, as falências e o desemprego.

Passos Coelho não conhece outras saídas senão destruir as funções do Estado, deve sair e dar oportunidade a outra solução. 

Há sempre outras soluções. 

E vai haver resistência!

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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Tribunal Constitucional empurra governo para a rua.

Tribunal Constitucional chumba 4 normas. Abr.2013
 
Constitucional chumba corte de subsídio de férias de funcionários públicos e dos pensionistas

A decisão do Tribunal Constitucional de chumbar quatro normas do orçamento de Estado cujo montante ronda os 1.250 milhões de euros de cortes, deixa o governo – que diz não ter plano B (alternativo de receitas) – incapaz de cumprir a execução do Orçamento para 2013.

Ou se demite (amanhã?) ou ainda vai tentar anuncia outros cortes. Legitimidade após ter insistido em apresentar um Orçamento claramente anti-constitucional, não tem. Parceiro para uma maioria mais alargada que a do actual governo, também não tem.

O governo está mais que fragilizado, não tem condições políticas para continuar. Cavaco Silva tem de se definir, agora, levando em conta a decisão de hoje do Tribunal Constitucional.

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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Conselheiro de Estado compra ATMs na China.

Importado da china porquê...Abr.2013

Vítor Bento compra na China caixas multibanco.

O único fabricante na Europa de máquinas ATM (caixas multibancos) está em Portugal, tem a fábrica em Torres Vedras e pretende encerrá-la em Junho. A Talaris Portugal (antiga Papelaco) emprega 200 trabalhadores fixos mais 40 subcontratados, dados do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI).

O SIESI refere-se de forma crítica ao Conselheiro de Estado Vitor Bento, nomeado por Cavaco Silva em 2009 para o lugar deixado vago por Dias Loureiro (escândalo BPN). Vítor Bento é presidente da SIBS, Sociedade Interbancária de Serviços, entidade que gere a rede nacional de Multibancos, e, segundo se pode ler na página do sindicato “tem vindo a deixar de encomendar à fábrica portuguesa e a importar os equipamentos da China”.

No texto, o sindicato afirma: “A Talaris, adquirida em Julho de 2012 pela multinacional japonesa Glory, regista, anualmente, lucros superiores a 1 milhão de euros. É o único fabricante europeu de máquinas multibanco e de outros equipamentos de gestão de numerário que destina ao mercado nacional e à exportação. As exportações da Talaris para o mercado europeu atingem, anualmente, os 8 milhões de euros.

O plano da administração da Talaris, com o encerramento da fábrica, que é lucrativa, passa por importar da China equipamentos que agora exporta. Paralelamente, tem vindo a substituir progressivamente os trabalhadores que asseguram a manutenção dos equipamentos junto dos bancos, por outros, subcontratados e em condições de trabalho precárias.” (Texto integral aqui).

O economista e conselheiro Vitor Bento, comentador encartado e teórico neo-liberal, já muito antes do “aguenta, aguenta” do banqueiro Ulrich, dizia (em 2011) que “enquanto sociedade não há limites para o sacrifício” para contradizer Cavaco Silva que tinha acabado de dizer precisamente que “há limites para o sacrifício”. 

De 2011 para cá, Cavaco tem demonstrado ter apreendido a lição do conselheiro Bento, desde o governo Passos Coelho que não tem preocupação com “limites para o (nosso) sacrifício”.

O conselheiro Bento também já disse coisas acertadas, uma é que em Portugal o sector não transacionável foi artificialmente rentabilizado; “excessivamente atractivo em desfavor da indústria” (Público 2010). 

Palavras, conversa…quando toca a comprar nacional ou estrangeiro, a opção é pela caixa multibanco fabricada na China. 

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terça-feira, 2 de abril de 2013

Álvaro , Relvas e tagarela, resolvem desemprego jovem.

Desemprego e precaridade no trabalho marca do governo Passos Coelho.Abr.2013

Perante o valor de 17,5% no desemprego, dados do Eurostat para fevereiro deste ano, que significam na comparação com o mesmo período do ano passado, um aumento de 14,8% para 17,5%, o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira disse hoje: “O mais importante é que tudo faremos para não só estabilizar, mas também reduzirmos a taxa de desemprego”.

Que o governo tudo fará e tudo está a fazer para combater o desemprego, já tínhamos ouvido antes; os resultados conhecem-se. Também hoje, foi apresentado pelo governo (pelo ministro Miguel Relvas) o “padrinho” do programa “Impulso Jovem”, um “rapaz simples” que “acredita em sonhos e super-heróis” como cita o jornal Público de palavras de Relvas.

O “rapaz” vai trabalhar a “custo zero” (!) e o que disse na apresentação está no texto do jornal (AQUI), (a ler com cuidado por pessoas sensíveis). Não é fácil comentar com urbanidade os valores e o discurso do “padrinho” do Impulso Jovem, só digo que é de ficar siderado.

Ouve-se dizer que estamos sem governo (e sem presidente), que o governo está bloqueado, ou desnorteado, ou sem soluções, etc., e quem aparece para dar a cara são logo estes dois ministros, Relvas e Álvaro, e a nova cara de uns programas de estágio, o “rapaz, padrinho, sem remuneração” que não terá toda a culpa pela figura que faz.

Não tenho ideia de ver um governo a acabar neste estado, sem qualquer noção do ridículo. Será penoso para eles mas é ainda mais para quem assiste.

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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Dia das mentiras. 2º Aniversário do ClariNet.

Giovanni Mirabassi . piano - Gianluca Renzi . contrabaixo - Leon Parker . bateria

Este blogue, O ClariNet, (oclarinet.blogspot.com) fez 2 anos. Tinha ideia de ser em Março, fui ver a primeira publicação, é de 17 de Março de 2011. Passou-me a data. Tenho lá um comentário de uma amiga que fez anos a semana passada, também a data dela me passou. 

Como nem o blogue nem a minha amiga precisam dos aniversários para que me lembre dele e dela, adiante.

Os primeiros posts foram sobre a guerra na Líbia e acertados. A primeira música que partilhei, “last minutes” de Mirabassi, foi tão adequada ao início da guerra da Líbia, como é agora à queda do pior governo que Portugal já teve; por isso e por gostar muito da obra de Giovanni Mirabassi volta o tema - pelos cinco minutos Leon Parker começa a marcar o desmoronar do governo de Passos Coelho; pois!

Em dois anos, foram 818 posts, quase todos os artigos foram originais, um quarto deles sobre política internacional. Dezenas de milhares de páginas lidas, a partir de 84 países. 

Pode não ser mais nada, mas… é trabalho.

Como habitual no início do mês os títulos mais lidos no mês anterior.

(O primeiro é o mais lido de 2013)

06/03 – Morreu Chávez. Está viva a luta contra a pobreza.

03/03 – Manif. 2 de Março. A contra manifestação dos números.

17/03 - Está perto o anúncio da bancarrota. E sair do Euro?

05/03 – Freitas do Amaral ataca Sócrates. Marcelo reabilita-o.

08/03 – O ideal era que o salário de António Borges descesse.

25/03 – Chipre capitulou, continuar no euro é afundar-se.

21/03 – Feira do Folar – Sabores em Chaves.

09/03 – Cavaco Silva, o garante do pior governo de sempre.

11/03 – Barroso alerta e INE anuncia que está tudo a cair.

01/03 – Manifestação 2 de Março vai por marés.

(clicar nos textos a cor para ler os artigos)

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