sábado, 29 de setembro de 2012

Manifestação 29 Setembro. Greve Geral. Governo Rua.

foto 1 - oclarinet.blogspot.com Manif.29Set2012

A maior Jornada de Luta de sempre, organizada pela CGTP - encheu a Praça e as ruas adjacentes, transformando o Terreiro do Paço no “Terreiro do Povo”.

Na primeira intervenção dos organizadores, um membro da Interjovem disse que a grande mobilização corresponde ao intenso trabalho realizado pelos activistas sindicais junto dos trabalhadores, nos seus locais de trabalho de norte a sul do país.

foto 3 - oclarinet.blogspot.com Manif.29Set.2012 
Nesta grande demonstração, que não se ficou pelas críticas, mas pediu claramente a demissão do governo, o líder da CGTP Arménio Carlos, alertou mais uma vez para as medidas de austeridade que vêm aí, “para compensar o recuo na TSU”. Essas propostas só não foram já avançadas, segundo disse; pelo receio, do governo, de mais pessoas se terem juntado à manifestação de hoje.

Arménio Carlos fez a proposta de uma Grande Greve Geral que mobilize todos os trabalhadores independentemente da sua filiação partidária ou sindical. Avança assim a ideia admitida em 11 deste mês (ver aqui) por Arménio Carlos e no dia seguinte por João Proença da UGT.

foto 2 - oclarinet.blogspot.com Manif.29Set2012

O discurso do líder da CGTP centrou-se nas medidas alternativas propostas pela central sindical (ver aqui), com as quais o ministro das finanças disse concordar. Arménio Carlos desafiou vítor Gaspar a pôr em prática as propostas da Inter, pois “não basta dizer que está de acordo”.

foto 4 - oclarinet.blogspot.com MAnif. 29Set.2012

A CGTP-Intersindical reúne a 3 de Outubro para aferir das condições para avançar com a Greve Geral.

Governo para a Rua - oclarinet.blogspot.com 29Set2012

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Subscritores “Que se lixe a troika” com Manif. da CGTP.

oclarinet Manif. 29 de Setembro.Set.2012

Os 29 activistas que subescreveram o manifesto “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!” Que esteve na origem da maior manifestação popular depois do 1º de Maio de 1974, pedem que as “cidadãs e cidadãos esqueçam eventuais e pontuais divergências e se unam, se solidarizem e se juntem a outras forças organizadas e aos movimentos que recusam este rumo, numa frente de resistência comum”.
 
Os subscritores da manifestação do 15 de Setembro e da vigília de 21 de Setembro apelam “à participação massiva no protesto entretanto convocado pela CGTP-Intersindical para o próximo Sábado, dia 29 de Setembro”.

O comunicado na íntegra: 

Tantas horas de Conselho de Estado para nada
 
Quando o país esperava que o Conselho de Estado o percebesse, este fechou os olhos. Para quem se manifestou a 15 de Setembro e esteve nas vigílias de 21 de Setembro, os problemas deste país não se resolvem pelo facto de o governo passar a tirar-nos de outra maneira aquilo que nos roubava na TSU. Ao conquistarem as ruas das suas cidades sob o lema “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!”, centenas de milhares tomaram uma posição firme de denúncia de um programa, o da troika, de um governo, o dos troikistas, e de um método anti-democrático, o de sujeitar a população portuguesa a políticas que as pessoas não discutiram nem votaram.
 
Os resultados comunicados ao país, após mais de oito horas de reunião, apenas sugerem, sem concretizar, um possível recuo na subida da TSU para os trabalhadores. Não nos congratulamos por isso: consideramos grave a avaliação de que sem o protesto cívico não se teria alterado sequer esta aberrante medida. Congratulamo-nos, antes, pelos milhares de pessoas que fizeram exercício da sua participação política, muitas intervindo pela primeira vez e muitas outras reiterando protestos desencadeados em diversos sectores da sociedade, face aos sucessivos cortes nos rendimentos do trabalho e nas reformas, na Saúde, na Educação, na Cultura, as privatizações das companhias fornecedoras de gás e electricidade, os consequentes aumentos de preço e do IVA, o agravamento de custos e as limitações às redes dos transportes públicos. Os problemas do país não se resolvem com estas medidas de austeridade. A resolução passa por dar voz ao povo, para que decida em conjunto como garantir um país justo, defendendo os interesses de quem cá vive e trabalha e invertendo cruéis assimetrias em prol de subservientes acordos assumidos com a troika.
 
O Conselho de Estado – em que não se garante, de maneira alguma, uma verdadeira representação do espectro político português – revelou os mesmos defeitos de cegueira e surdez à voz do povo, característicos do governo, desrespeitando e reinterpretando a seu gosto estes últimos e inequívocos protestos, num texto paupérrimo e vazio, uma manobra de bluff político. Confirmámos assim que não é apenas o governo quem vira as costas ao seu povo. O incansável protesto da multidão demonstrou que, nitidamente, também o Presidente da República perdeu por completo o respeito dos cidadãos e das cidadãs que vivem e trabalham neste país.
 
É por isso necessário que continuemos a protestar. É cada vez mais urgente traçar um novo rumo. Um rumo que tenha finalmente as pessoas como centro das atenções, e não bancos e mercados ou interesses financeiros e especulativos. Um rumo que reforce a participação democrática e cidadã e não nos limite a vulgares espectadores de uma tragédia colectiva, ditada de gabinetes e de bolsas. Um rumo que aponte para uma verdadeira solidariedade internacional, numa mudança de regime que beneficie todos os povos, e que começa cada vez mais a ser desenhado por plataformas e acções que apelam à convergência cívica em vários países e designadamente à construção de uma nova Europa. Ao contrário do primeiro-ministro Passos Coelho que considerou ser de menor importância uma reunião de governos de Itália, Grécia, Espanha e Irlanda e Portugal para discutir as politicas europeias, nós achamos fundamental que os povos da Europa ajudem a traçar políticas para desenvolver a economia e o emprego em vez de planos para garantir e multiplicar os lucros dos especuladores e agiotas que jogam com as dívidas soberanas.
 
Consideramos ainda premente, para o nosso país e para as nossas vidas, que as cidadãs e os cidadãos esqueçam eventuais e pontuais divergências e se unam, se solidarizem e se juntem a outras forças organizadas e aos movimentos que recusam este rumo, numa frente de resistência comum. Apelamos por tudo isto à participação massiva no protesto entretanto convocado pela CGTP-Intersindical para o próximo sábado, dia 29 de Setembro. Juntos reclamaremos esse novo rumo, que inverta totalmente a sujeição do governo aos joguetes políticos de entidades não sufragadas, que cinicamente nos impõem “ajudas” com juros fatais e sacrifícios que jamais ousariam sequer imaginar para si próprios. Um rumo onde não cabem a troika nem os troikistas. 
 
Queremos as nossas vidas.
 
E por elas estamos dispostos a fazer, em cada dia de luta, em cada novo protesto, algo de extraordinário.
 
24 Setembro de 2012
Subscritoras e subscritores das manifestações de 15 e 21 de Setembro.


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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Sábado 29 – Em Lisboa.

Todos a Lisboa dia 29. Set.2012

Apareceu nos últimos dias uma convocatória, sem assinatura, que anuncia manifestações em várias cidades do país para o próximo dia 29.

Como para o dia 29 está marcada, desde há muito, uma “Jornada de Luta Nacional” pela CGTP- em Lisboa - achei estranho. Para confundir ainda mais, a convocatória dispersa (anónima), usou o cartaz da manifestação “Que Se Lixe A Troika”. É trapaça e nem vale a pena adiantar mais nada.

Sobre o assunto, Nuno Ramos de Almeida, um dos elementos que convocou a manifestação “Que Se Lixa A Troika” deixou este texto no blog “5 dias”:

 Somar lutas

 24 de Setembro de 2012 por Nuno Ramos de Almeida

Não vejo qualquer concorrência entre as manifestações de 15 de Setembro e a concentração da CGTP a 29 de Setembro. Todas são importantes para derrubar o governo e recusar a política da troika. Elas não se opõem, elas somam-se. Acho que a maior parte das pessoas que tem como objectivo derrotar as políticas neoliberais e criar uma alternativa popular e de esquerda têm este ponto-de-vista. Infelizmente, há gente que prefere que as forças anti-troika se degladiem. Normalmente, esses grupos ultra-minoritários têm como projecto derrotar os sindicatos e as forças de esquerda existentes. Os seus inimigos não são o grande capital, a troika e os partidos que assinaram o memorando, os seus verdadeiros adversários são o PCP, o BE e a CGTP. Eu não dou para este peditório. Por isso em vez de dividir vou juntar-me aos trabalhadores que se manifestam na concentração convocada para dia 29 de Setembro às 15 horas no Terreiro do Paço em Lisboa.

Estamos esclarecidos.

PS: 

"Manifestantes de 15 de Setembro apelam à "participação massiva" no protesto da CGTP"

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Governo vai roubar mais salários, pensões e reformas.


Desenho de Vasco. oclarinet.blogspot.com Set.2012

Não sei em que ano o nosso amigo Vasco de Castro fez este cartoon, mas estará actual enquanto este governo estiver em funções.

(Peço desculpa ao Vasco por a imagem estar tramada – afinal, tramados, estamos todos nós.)

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Miguel Macedo. A cigarra a formiga e o disparate.

Cigarra ou formiga - um sem vergonha.Set.2012

Por mais que chova, com um ministro da Administração Interna incendiário, a época dos fogos não acaba. Mais um disparate de ministro, mais uma patetice.

Miguel Macedo com a fábula da cigarra e da formiga ofende quem trabalha e aqueles que, querendo trabalhar, não o podem fazer por não ter emprego. Mas ele não alcança.

GNR protege turismo ministerial.Set.2012

Será que trabalhar é fazer turismo pelo Douro, como a ministra Cristas, ou fazer inaugurações de quartéis de bombeiros como ele faz. Os trabalhadores portugueses sabem o que é trabalhar, não são preguiçosos; se alguém do governo conhecesse o país saberia isso.

Imaginará Miguel Macedo, o que passam todos aqueles que foram atirados para o desemprego pelas políticas do seu governo?

Até quando vamos ter de aturar as cigarras madraças deste governo? Ainda não perceberam que o povo não os quer? Ou estão à espera de provas mais definitivas de que o povo não os quer?

Mais um ministro queimado. Fará algum sentido uma remodelação do governo? Quem fica deste para o próximo? Entre incompetentes e cigarras ociosas que só servem para “mandar bocas” quem se aproveita?

Já não podem sair das tocas dos ministérios sem a protecção da GNR ou da PSP. Quando saem e abrem a boca, é para provocar toda a gente. 

São insuportáveis!

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domingo, 23 de setembro de 2012

CGTP. Propostas alternativas de 6 milhões de receita.

Impostos sobre o capital.Set.2012

A CGTP-Intersindical apresentou quatro medidas, “destinadas a aumentar as receitas fiscais”, que são “baseadas em três pressupostos essenciais:

Respeitar o preceito constitucional do princípio de equidade; 

Obter receitas fiscais de modo a conciliar a redução do défice e da dívida pública com o crescimento económico e com a justiça social; 

Rejeitar quaisquer cortes salariais, seja por via do aumento da Taxa Social Única (TSU) para os trabalhadores, seja por quaisquer outras medidas que incidam sobre os rendimentos do trabalho ou visem penalizar ainda mais as pensões e as reformas”.

Quadro das medidas:
Alternativa de medidas - CGTP.Set.2012
 
A CGTP começa por afirma no documento: “A luta dos trabalhadores e da população obrigou o Governo a recuar nas intenções de alterar a Taxa Social Única. Contudo o Governo já está a preparar com novas roupagens medidas de austeridade que têm como destinatários os mesmos do costume: os trabalhadores, os reformados e os pensionistas”
 
“A CGTP não aceita qualquer medida que vise a redução dos salários, das pensões e das reformas, num cêntimo que seja!”
 
(A proposta pode ser lida AQUI.)
 
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Acordai. Vigília ao Conselho de Estado em Belém

A música de Lopes Graça vai estar presente na vigília ao Conselho de Estado.

Poema de José Gomes Ferreira

Acordai!
Acordai, homens que dormis
A embalar a dor
Dos silêncios vis!
Vinde, no clamor
Das almas viris,
Arrancar a flor
Que dorme na raiz!


Acordai!
Acordai, raios e tufões
Que dormis no ar
E nas multidões!
Vinde incendiar
De astros e canções
As pedras e o mar,
O mundo e os corações…


Acordai!
Acendei, de almas e de sóis,
Este mar sem cais,
Nem luz de faróis!
E acordai, depois
Das lutas finais,
Os nossos heróis
Que dormem nos covais.


Acordai!

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sondagem. Maioria de esquerda e grande descida do PSD.

Sondagem.Partido Socialista vale tanto como PSD e CDS juntos.Set.2012

PS com mais sete pontos que o PSD, esquerda (PS, CDU, BE) com mais 24 pontos que a soma do PSD e CDS; é a conclusão da primeira sondagem (Universidade Católica) após a grande manifestação de 15 de Setembro.

PS - 31%; PSD – 24%; CDU – 13%; BE – 11%; CDS – 7%; Outros – 3%;
 Brancos e Nulos – 11%.

O Partido Socialista já estava ligeiramente à frente do PSD na sondagem (Eurosondagem) realizada de 10 a 13 deste mês, após os anúncios, na semana anterior, sobre a Redução dos Escalões do IRS”, e de “Menos um Salário no Privado”. 

O tombo significativo do PSD, de 12 pontos no barómetro da “Católica” ou de 9 pontos em relação à “Eurosondagem”, após a manifestação de 15 de Setembro, significa uma perda de confiança de difícil reversibilidade, com os maiores números de sempre nos votos brancos e nulos. Desta vez é a base social de apoio do PSD que está desiludida com quem elegeu. 

Os partidos claramente anti-troika sobem no conjunto aproximadamente 33,5%, o que quer dizer que a contestação não é apenas sobre a TSU, enquanto o Partido Socialista lidera não subindo e há maioria de esquerda por causa da grande descida do PSD. O CDS não acompanha o desastre PSD. Resultou o distanciamento de Portas em relação à política de austeridade; em rigor não é verdade, mas funcionou.

O plano de António José Seguro é chegar a primeiro-ministro como chegou a líder do PS, esperando que o desgaste governativo elimine o adversário. Tal atitude, quando se está a implementar a destruição do país, é cobardia e colaboracionismo com um programa ideológico contrário aos fundamentos do período democrático pós 25 de Abril.

O governo de Passos Coelho como existia no início do mês foi ao ar. Não são operações de cosmética, mostrando-se agora bom aluno em relação às críticas internas, da sociedade e do próprio PSD, que alteram a matriz extremista que tem evidenciado. 

Já antes anunciaram predisposição para o diálogo, com recaídas constantes na arrogância de cariz totalitário. Nenhum indicador diz que o plano da troika terá sucesso ou que este governo será, algum dia, capaz de inverter a situação de penúria generalizada para onde caminhamos.

A sondagem só confirma; este governo, como o conhecemos, tem os dias contados, e quanto menos tempo exercer o poder menos difícil será a recuperação do país.

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Governo, Parceiros Sociais e Parlamento. Tudo a leste.

Governo foi ao ar...Set.2012
 
A crise política é patente. Está tudo à espera para ver se o governo vai ao ar nos próximos dias. 

O ano parlamentar abriu com declarações políticas para passar o tempo e justificar o vencimento. Os deputados estiveram de férias, chegaram decerto de muito longe, em cima da abertura da sessão e não tiveram tempo para se inteirarem do que se passa no país. Conversa mole.

A reunião do governo com os parceiros sociais, em que Passos Coelho tentou apanhar um comboio que já partiu, foi mais da mesma conversa mole. A CAP teve a única posição clara, pediu um recuo na TSU, e garantiu que os trabalhadores agrícolas receberão dos empresários do sector, o que o governo eventualmente tirar com a taxa. 

João Proença da UGT disse que “o governo tem de fazer uma revisão global da taxa social única”, o que não tem tradução para português, e o presidente da CIP mostrou-se satisfeito com a “abertura do primeiro-ministro” o que sendo traduzível não quer dizer nada.

A CGTP não foi convidada, não perdeu grande coisa, mas pediu uma reunião urgente com o primeiro-ministro. A CGTP não ser recebida nem por Passos Coelho nem por Cavaco Silva, antes do Conselho de Estado, como solicitou, diz bastante do estado da crise política, e de como o poder a quer resolver.

A chamada “Concertação Social” volta a reunir na próxima 2º feira, se ainda houver governo na próxima 2ª feira.

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

O que é modelação da TSU? Ou será, modulação?

Governo foi ao ar...Set.2012

Modelação ou modulação? O líder da CIP, António Saraiva, disse à saída do encontro com Cavaco, que quer “uma modelação diferente”. Não pode haver uma diferente se não se sabe o que é, ou se é modulação, coisa que o “sábio” Marcelo Rebelo de Sousa disse que “não existe”. “Modulação ninguém sabe o que é, não existe modulação” disse na TVI.

Pois existem as duas fórmulas. O governo refere-se a modulação e não a modelação. Modelação é o que Vítor Gaspar faz com os seus modelos anoréticos. O problema do governo, que quer (ou queria) manter a medida, não é modelar alterando os artigos da lei, mas modular alterando a comunicação da medida. Retransmitir o mesmo de forma que se ouça “aperfeiçoado”.

O governo não toma más medidas, “o governo tem dificuldade em comunicar” as medidas. Como se lê e ouve aos seus apoiantes por todo o lado, “tem de explicar muito bem”. Tem de modular a transmissão para chegar “em condições” ao destinatário.

O “sábio” Marcelo defende medidas moduladas “em pacote”, assim como aviar uma caldeirada; meter peças de peixe intragável misturadas com algum fresco. Se o freguês der por ela há outro tipo de caldeirada, mas será melhor que despachar o peixe estragado às claras. O “sábio” é perito nessa matéria.

O que é modulação? Quem estudou electricidade, está familiarizado com os termos das telecomunicações, são usados no discurso político a miúde.

Usamos as bandas, que quando estreitas criam ruído, como os limites dos défices, usamos a amplitude, que varia em altura, como os sectores atingidos pela crise, e também a frequência, que nas medidas de austeridade atingem sempre o mesmo "espectro" da população. 

A onda do governo está numa fase em que precisava alterar o sinal, modular a frequência e a amplitude das medidas, mas quer o aparelho quer os técnicos, já demonstraram estarem obsoletos.

Talvez consigam usar a modulação rudimentar e enviar em morse um SOS... antes de deixarem de transmitir.

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Bruxelas e o governo querem a TSU – Nós Não!

oclarinet. Governos de garotos...Rua.Set 2012

Reina a confusão no governo. PSD e CDS andam entretidos em jogadas politiqueiras infantis, tentando cada qual ficar menos mal na fotografia. A crise política instalada dificilmente é resolvida com os actuais actores, o que não é má notícia.

Entretanto, Merkel defendeu hoje mais austeridade para Portugal, e um porta-voz de Bruxelas, (do comissário Olli Rehn) condicionou o desembolso da próxima tranche do empréstimo a Portugal, ao “sucesso integral da quinta revisão do memorando”. Revisão onde o governo fez aprovar a estupidez da TSU.

Porta-voz dos Assuntos Economicos da Comissao Europeia.

A Comissão Europeia veio em socorro de Passos Coelho dois dias após a grandiosa demonstração do povo português nas ruas do país. O governo, o Presidente da República, os membros do Conselho de Estado, o Parlamento e os partidos, sabem qual é o sentimento geral dos portugueses; só podem assumir a defesa do interesse nacional. E agora sim – por patriotismo!

Portugal tem imposições internacionais (que urge rever) em relação à dívida, mas não tem a obrigação de se sujeitar a doutrinas económicas e políticas para negociar empréstimos. Sabemos que na realidade não é assim, trata-se da coincidência ideológica entre os governantes que temos e o poder actual na Alemanha e por extensão na Comissão Europeia.

Não vale a pena dizer mais nada sobre a TSU, ninguém a desejou e todos os agentes da economia real a rejeitam. Mas vale a pena lembrar que as manifestações de Sábado passado não foram apenas contra a TSU, foram contra a política do governo e da troika. 

O governo de Passos Coelho, Paulo Portas e Vítor Gaspar, até aqui apenas provou incompetência, confirmou a impreparação para governar e demostrou arrogância. Uma insolência de garotos com o rei na barriga, que tem de acabar o mais rapidamente possível.

A manifestação de Sábado vai ter seguimento, é preciso não desmobilizar.


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domingo, 16 de setembro de 2012

Paulo Portas. A posição do CDS no governo.

Portas ranhoso. Set.2012

Foi um Portas constipado quem revelou que o CDS tem andado a mentir. É natural o pingo nasal. Anda há tanto tempo a tentar passar pelos intervalos da chuva, sem conseguir, que a molha tinha de dar resfriado.  

Assoar-se (aos dedos) tantas vezes, na conferência de imprensa, deve ser por causa da poupança nos consumos intermédios do ministério, enquanto o Belmiro não baixar o custo dos lenços de papel vamos ter este espectáculo.

Portas ranhoso. oclarinet. Set 2012

O CDS quis passar a mensagem de que tinha divergências quanto a impostos, quando afinal participou na elaboração das medidas; o aldrabão do primeiro-ministro acha que todos devemos saber que somos governados por uma coligação de aldrabões e denunciou-o, está feito.

Portas desculpa-se. Que “defendeu outros caminhos” e tem “outra opinião”. Opiniões, tenho eu e toda a gente, os governantes executam; os partidos coligados negoceiam e bloqueiam decisões se as entenderem importantes.  

Paulo Portas acha mais importante o seu cargo que o programa com que enganou os seus eleitores, e não esperava o motim que as medidas de austeridade estão a causar na sociedade portuguesa.
  Portas ranhoso.oclarinet.blogspot.com Set.2012
As vaias ao seu ministro da caridade no município CDS de Ponte de Lima ou o ovo rasante que a ministra Cristas viu passar, são sinais que Portas devia ter interpretado; todos sabem que está de braço dado com Passos Coelho e ambos a fazerem o contrário do prometido.

 Vem aí uma “modulação” de medidas, para enganar papalvos, Cavaco (outro constipado) vai exigi-lo. Resposta aos manifestantes de ontem, que não se acham representados pelos políticos que elegeram, e se sentem com razão traídos, o CDS não tem.  

Não querem uma crise política? Será que não percebem que mais de 500 mil pessoas nas ruas, só em Lisboa, gente de esquerda, da direita e de lado nenhum, são a demonstração de uma grande crise política?

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sábado, 15 de setembro de 2012

Centenas de milhar contra a troika e o governo.

Manif.15 de Setembro - Lisboa. oclarinet.blogspot.com Set.2012

“Que se lixe a troika” levou centenas de milhar de portugueses à rua. Em Lisboa, onde fui, vi das maiores manifestações de sempre e estive no 1º de Maio de 1974.
É muita gente para se poder apagar nos próximos dias.

E sabemos que vai haver a tentativa de desvalorizar este acontecimento.

Depois desta demonstração de cidadania, nada pode ficar como está na política portuguesa; os cidadãos vieram afirmar que não são a massa amorfa que se dizia, que todos diziam. 

O que mais se ouvia neste país era “que ninguém faz nada contra isto”, “ninguém se manifesta”, “o governo faz o que quer e ninguém protesta”; pois agora o povo foi para a rua, foi fazer política no sentido mais nobre do termo. E avisar que as medidas políticas têm de os levar em conta, não são números ou percentagens, são pessoas, famílias, vidas.

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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Amanhã Sábado - QUE SE LIXE A TROIKA - Vamos lá.

15 de Setembro - Vamos L.Set. 2012
 
As manifestações de amanhã, 15 de Setembro, ultrapassaram felizmente a convocatória das redes sociais, foram adoptadas pela comunicação social e cativaram personalidades que as divulgaram.

Têm à partida condições para juntarem muita gente, mas não se sabe o que é um sucesso em número de participantes. Ouvi ontem, na rádio, um professor universitário dizer que Cavaco Silva estaria à espera de ver a resposta dos manifestantes de amanhã, para tomar decisões.

É uma tolice, mobilizem-se 10 mil ou 100mil, ou o triplo disso para uma manifestação, nunca representará o descontentamento generalizado no país. Mas a tropa troikista, na comunicação social, está de vigia e não surpreenderão as manipulações.

Afinal, pelo que vimos dias-a-fio nos nossos jornais e televisões, poucas dezenas de milhares de manifestantes em Moscovo, punham em causa o lugar de Putin, num país com mais de 143 milhões de habitantes, enquanto em Lisboa; 180 mil na manifestação de 12 Novembro e mais de 300 mil em 11 de Fevereiro nem beliscariam Passos Coelho.

Acredito que haja gente que se vai manifestar pela primeira vez, como tenho a certeza que muitos vão para parasitar a manifestação. É tudo normal, as multidões atraem desde carteiristas a egocêntricos que se julgam dirigentes do povo.

É uma jornada de luta - não tem dono que fique com os lucros ou guia que fique com os louros.

Vamos Lá.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Homem certeiro falha ovo na ministra Conceição Cristas.

Melhor barrete era o capacete.Set.2012

Estava a ministra do MAMAOT a fazer relações públicas numa cerimónia, entrou de rompante um homem na sala, que, sem cerimónias, lhe atirou primeiro com um… “aldrabões”! Tendo acertado em cheio. E depois com um ovo, que terá falhado o alvo.

A ministra disse mais tarde que “nos dias que correm, temos de estar preparados para tudo”. É verdade. Disse também que a sua preocupação é mostrar “que na agricultura temos um sector vivo”. De facto, se a moda de atirar ovos a ministros pega, pelo menos na pecuária melhora o escoamento do produto. É bom para as galinhas poedeiras que andam abatidas, e para outras galinhas que precisam exercitar os reflexos.

O cavalheiro poderia, dado ser uma senhora, ter mandado um ovo perfumado com água de rosas, como nos carnavais de Veneza, mas o homem português é assim, não há nada a fazer.

Também não há nada a fazer com o governo, já não podem sair dos ministérios sem serem recebidos com vaias e assobios. Agora foram ovos, e ainda virão decerto os tomates. Sapatos é moda árabe em que o povo português não cai, mais descalços não.

Como na “lenda da pedra amarela” da Serra de Sintra, os penedos não se abatem com o arremesso de ovos, mas que desmoraliza os calhaus, desmoraliza.

Depois das vaias aos ministros do PSD e em Ponte de Lima ao ministro da caridade, agora coube a Conceição Cristas. Os apupos populares estão a ser distribuídos democraticamente, sem diferenciar os partidos do governo, ou fazer distinção de género. Isso é bonito.

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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Manifestação 29 de Setembro.Greve Geral CGTP e UGT?



(Sobre a manifestação realizada no Terreiro do Paço a 29 de Setembro - ver aqui)


A CGTP-Intersindical marcou hoje uma grande Jornada de Luta para o dia 29 de Setembro, em Lisboa (Terreiro do Paço, 15.00h), um Sábado, contra as medidas de austeridade anunciadas pelo governo. “Acabar com esta política e com este governo antes que este governo e esta política acabem com o país”.

Arménio Carlos ontem e João Proença hoje admitiram a convocação de uma Greve Geral. 

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse ontem que a Greve Geral é um dos cenários em discussão “considerando as políticas que o governo está a desenvolver e que constituem uma declaração de guerra aos trabalhadores, reformados e pensionistas, aos jovens e aos desempregados, bem como aos micro e pequenos empresários”.

UGT na Greve Geral. Set.2012

João Proença, secretário-geral da UGT, admitiu hoje que a sua central sindical possa participar numa Greve Geral. João Proença afirmou ainda que “o governo está a afundar o acordo de concertação social” mas que a UGT não o rasga.

Proença fica aquém do futuro líder da UGT, Carlos Silva, que considera que “A UGT deve dizer ao governo que os acordos de concertação social acabaram e o acordo tripartido assinado em Janeiro deve ser renunciado”.

A UGT tem o mesmo problema do Partido Socialista, não tem o líder certo para o momento político. Uma Greve Geral convocada pelas duas centrais é uma incógnita, mas seria uma resposta adequada do mundo do trabalho às medidas do governo.


Post Scriptum.

Subscritores das manifestações "Que se lixe a troika" com a manifestação de 29 de Setembro convocada pela CGTP: - (clicar AQUI)


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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Gaspar - austeridade, cortes e recessão. Portas vacila.

Vitor Gaspar anuncia mais cortes e impostos. Set.2012

O governo falhou este ano, vai falhar para o ano e a troika deu-lhe ainda mais outro ano para voltar a falhar. Mais tempo para o ajustamento sem que isso signifique qualquer alívio nos sacrifícios pedidos aos portugueses.

O que Vítor Gaspar anunciou foram cortes adicionais para os pensionistas, despedimentos directos nos contratados da função pública, cortes na Educação, na Saúde, nas Prestações Sociais.

Confirmou o agravamento fiscal com a redução significativa dos escalões de IRS (ver aqui), disse textualmente que vai haver um “aumento da taxa média do imposto”.

Confirmou as medidas anunciadas por Passos Coelho e ficou-se a saber que os trabalhadores independentes sofrem impostos em igual proporção (sobem para 31,7%).

O quinto exame não deu mais prazo que aos outros países, até 2014, nem introduziu qualquer medida que inverta a espiral recessiva. Junta ao falhanço da meta do défice para 2012, um limite maior para 2013, (4,5%) mas em vez da anunciada "recuperação para o ano", prevê um aumento da recessão.

Vítor Gaspar insistiu que a “desvalorização fiscal” ou “TSU/roubo de salários” (ver aqui) vai fazer aquilo em que ninguém acredita; criar emprego, aumentar exportações, acelerar o processo de ajustamento, tornar Portugal competitivo, atrair investimento e até baixar os preços ao consumidor.

Baixar a TSU era um experimentalismo, nas suas próprias palavras, mas agora fizeram novas experiencias (em “modelos”) e resulta tão bem que resolve tudo numa penada. O patrão Belmiro, que seria dos mais favorecidos (20 milhões de euros) suspeita que perde - por causa dos consumidores ficarem sem dinheiro para gastar no Continente - mas isso é um pormenor.

Não há nada a esperar de quem diz que as medidas de austeridade não são responsáveis pela redução da procura interna. Vítor Gaspar era o trunfo de um baralho de incompetentes, é um falhado.

Transformar a contestação geral ao governo, em movimentos de toda a espécie que levem ao seu derrube, é a principal tarefa dos portugueses.

PS. Paulo Portas, que diz ter estado calado “por patriotismo”, parece não estar pelos ajustes. Se servir para acabar com este tormento é bem-vindo, todos os santos ajudam, até os vindos das profundezas do inferno.

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

António Costa. Votar contra o Orçamento é inegociável.

Antonio Costa quer ruptura.Set.2012

“Chegámos obviamente a um ponto de ruptura relativamente a um trajecto que estávamos a fazer. Tudo isto demonstra é que não haverá nunca consolidação sem crescimento económico e, portanto, a prioridade tem de ser dada às políticas que permitam crescer economicamente, gerar emprego, gerar riqueza e não agravar as medidas de austeridade”. Disse António Costa, presidente da Câmara de Lisboa e membro da Comissão Política do Partido Socialista.

Disse mais. “”Não vejo como é que, nestas circunstâncias, depois de um falhanço tão rotundo da política que estava a ser seguida, depois de serem anunciadas medidas de tal forma ofensivas para valores essenciais como o respeito pelo Estado de Direito e a decisão do Tribunal Constitucional, os valores pela igualdade, a ética e a valorização do trabalho, o PS pudesse ter sequer condições para negociar estas medidas”

“São do meu ponto de vista inegociáveis e determinam uma ruptura relativamente a este trajecto”. Conclui António Costa.

Se António José Seguro entendesse as medidas inegociáveis já teria anunciado “claramente” o voto contra do PS. Seguro vai ser o último membro do Partido Socialista a perceber a situação política, e por isso, está a ser ultrapassado pelo partido de que é secretário-geral, como AQUI disse ontem e se vê pelas iniciativas dos deputados e declarações de outros dirigentes do PS.

 Será o líder certo para o momento?

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domingo, 9 de setembro de 2012

António José Seguro ultrapassado por deputados do PS.

Fiscalizao sucessiva do OE para 2013.Set.2012

Seguro fechou a Universidade de Verão socialista, sem esclarecer claramente o sentido de voto do OE pelo PS. Não se sabe se as “consequências” das medidas de Passos Coelho serão o voto contra.

Apesar da indefinição de António José Seguro e das possíveis hesitações de Cavaco Silva, o pedido de fiscalização sucessiva do Orçamento de Estado para 2013 está assegurado.

O grupo de deputados do Partido Socialista que antes, e em boa hora, recorreram para o Tribunal Constitucional, já afirmaram ir reeditar a iniciativa “independentemente de qual venha a ser a opção da direcção do PS”.

O sucesso do pedido anterior e as circunstâncias agravadas das novas medidas de austeridade, tornam a recolha das 23 assinaturas exigidas mais fácil, mas caso não as consigam no seu grupo parlamentar, recorrerão “novamente ao Bloco de Esquerda”, como disse o deputado José Lello à Lusa. O jurista e ex-ministro da Justiça Alberto Costa “irá liderar a parte técnica do pedido”.

 A resposta dos deputados socialistas, logo após o anúncio de Passos Coelho, contrasta com a lentidão de Seguro. É verdade que o secretário-geral do PS disse aguardar pela apresentação do Orçamento de Estado (OE) para se prenunciar, mas com a sua experiência política devia saber que não há segundas oportunidades para marcar posição.
 O pedido de fiscalização do OE devia ter sido anunciado pela direcção do PS.

Seguro quer dar uma imagem de “estadista certinho”, ponderado e responsável, mas o que transmite é insegurança, ou pior, indefinição. Certo é que António José Seguro tem um tempo de aquecimento inadaptado para o ritmo da política em horas de crise, atrasa-se no compasso, deixa-se ultrapassar.

Há no Partido Socialista outros militantes, com garra e condições políticas para liderar o partido. Numa altura em que a contestação ao governo é generalizada, exigia-se mais vigor e assertividade do líder do maior partido da oposição. 

António José Seguro não deixou o seu grupo parlamentar votar contra o Orçamento de 2012, errou como toda a gente agora vê. Tem dúvidas no próximo OE? Com as medidas anunciadas? E ainda suporta em silêncio as pressões do PSD e do CDS para se abster? 

Seguro não tem muito mais tempo útil para se definir, ou se demarca em ruptura com a troika e o governo, ou mantem as posições de meias-tintas que tolhem o PS como partido de oposição.

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sábado, 8 de setembro de 2012

Mota Soares vaiado em Ponte de Lima, município CDS.

Apupos para Mota Soares em Ponte de Lima. Set.2012
 
O ministro da caridade, Pedro Mota Soares foi recebido com vaias e insultos, nas populares Feiras Novas de Ponte de Lima, primeiro à chegada e novamente após o fim do cortejo etnográfico. 

Mota Soares era o convidado de honra das festividades, no único município do país liderado pelo CDS.

O ministro centrista gostou do cortejo, tendo dito à agência Lusa que “a cultura do nosso povo vem ao de cima em festas como esta”.

Também veio ao de cima uma nova cultura, própria destes tempos de austeridade - receber os ministros com apupos já é uma expressão cultural do nosso povo.

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Menos um salário no privado, mais austeridade.

Roubar salarios em vez de mais impostos...muito diferente.Set 2012
 
Independentemente do que anuncie Vítor Gaspar para a semana, o mal está feito. O trabalho de um ano no controlo da opinião pública caiu com a medida de roubar um salário aos trabalhadores do sector privado.

O brutal imposto que representa mais 7% de contribuições sociais é um erro “fiscal”, um equívoco económico e uma asneira política.

Como imposto só permite um encaixe de 500 milhões para o Estado, provocando um agravamento da austeridade que impedirá qualquer aumento de receitas, antes pelo contrário. Os desequilíbrios vão aprofundar-se.

 A redução da TSU; paga pelos trabalhadores em vez dos consumidores através do IVA, é um falso ovo de colombo. Não estimula o emprego porque nos maiores empregadores, as PMEs, empregam poucos e vão ter menos consumidores, logo, menos necessidade de produzir mais e aumentar o número de funcionários. A contração da procura vai continuar a levar ao fecho de empresas.

Mesmo para as grandes empresas, que passam a ter os custos do trabalho significativamente reduzidos, não são os salários o factor decisivo; os custos de contexto, energia, comunicações, logística, e fundamentalmente o financiamento são mais relevantes para a competitividade. 

Os exportadores não exportam mais, por não terem como comprar matéria-prima para as encomendas adjudicadas ao preço dos actuais custos de produção. As empresas que vendem para o mercado interno precisam de consumidores com poder de compra para escoar o que produzem.

Não há equidade nos sacrifícios quando não se atinge a riqueza e o capital e só se agrava o factor trabalho. As chamadas gorduras do Estado, as rendas abusivas, os lucros excessivos de vários sectores são intocáveis. Cavaco e o Tribunal Institucional foram desautorizados. A medida vai ter dificuldade em passar.

A política do governo é uma tolice estratégica, a percepção de injustiça na distribuição dos sacrifícios é agora geral e toca círculos que suportavam a propaganda do governo; troikos assumidos como Gomes Ferreira entre outros, juntam-se à contestação. Os ecos da rua dizem que vêm aí tempos de brasa para o governo.

Numa coisa concordo, da comunicação de Passos Coelho, ele disse; “É a nós que compete desfazer os danos que infligimos à nossa economia”. O maior dano que os portugueses infligiram à economia nacional, foi ter elegido este governo.

Compete-lhes, de facto, desfazer o erro.

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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Redução de escalões do IRS é aumento de impostos.

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“Alguém acredita que com a situação financeira do país, com a situação das contas públicas, com a troika a dizer que é necessário mais esforço financeiro, que vai haver um reajustamento dos escalões de IRS no sentido de haver pagamentos de menos impostos? Ninguém acredita nisso”. Disse o fiscalista, (bastonário da OTOC) Domingos Azevedo, no programa de Gomes Ferreira na “SIC Notícias”.

A “simplificação” ou “redução significativa de escalões” do IRS, anunciada pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, vai levar à subida de escalão de milhões (dois, três milhões) de contribuintes.

Os escalões são um sistema de progressividade que fazem sentido num país com grandes diferenças salariais e vencimentos médios baixos, como Portugal; comparar com o que é adoptado em outros países europeus, é não perceber a especificidade dos rendimentos nacionais. E é não perceber os efeitos que tal medida vai fazer ao estado de debilidade da nossa economia.

Soube-se hoje (Eurostat) que Portugal lidera (nos tombos) os 27 Estados – membros da Zona Euro, com a maior queda do Produto Interno Bruto (PIB) menos 1,2%.

A mudança de escalão do IRS para a classe média/ média baixa, que vai ser a atingida pelo imposto mal encapotado, vai traduzir-se em menos consumo interno e maiores dificuldades das famílias. É mais austeridade em cima da austeridade.

A medida foi elaborada e apresentada na Comissão do Orçamento por Paulo Núncio, militante do CDS. Que o CDS ande por aí a dizer que é contra a subida de impostos - é um pormenor.

Afinal, como disse Passos Coelho “ninguém dentro do governo pode dizer que os impostos não vão aumentar”. Só se pode dizer em campanha eleitoral, e aí, Passos Coelho e Paulo Portas fartaram-se de o pregar.

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Outro Caminho. Livro de Carlos Leça da Veiga.

Um novo livro - OUTRO CAMINHO.Set.2012
 
Carlos Leça da Veiga lança o seu livro Outro Caminho (Edições Salamandra)
 
Amanhã, dia 6 de Setembro
 
Pelas 18.30h, no Hotel Holiday INN Lisbon Continental
 
Rua Laura Alves, 9 Lisboa
 
Apresentação de Otelo Saraiva de Carvalho
 
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