sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Abstenção, voto em branco e voto nulo.

 

Acaba hoje a campanha eleitoral para as eleições autárquicas. A minha campanha é que se vá votar contra os partidos do governo, e para campanha... chega.

Quero deixar uma nota sobre o voto de protesto, entendido como: - abstenção, voto em branco ou voto nulo. 

É vulgar ouvir dizer: “ não foi com o meu voto que o político x ou y foi eleito, nem fui votar”; ou “nunca votei em nenhum político não tenho culpa do que eles fazem”; ou ainda (a politizada) “se a maioria se abstivesse isto mudava”.

Em discussões no Facebook sobre este assunto, tenho colocado um quadro que publiquei aqui em Janeiro, a propósito do 2º aniversário da eleição de Cavaco Silva. Penso ser esclarecedor. Transcrevo:

“Para Cavaco ter uma maioria absoluta, foi preciso que 23% (!) dos eleitores votassem nele, (VER QUADRO ABAIXO) e que o resto da população ficasse em casa, ou fosse às mesas de voto arremeter uma quixotesca votação de protesto que valeu 2% em votos brancos e menos de 1% de nulos”. (…)

oclarinet.blogspot.com - Eleitores de Cavaco Silva


Como se pode ver pelo quadro
a abstenção ganhou e o eleito foi Cavaco.

Cavaco foi eleito porque a maioria dos leitores não foi votar contra ele.

Quem não vota em ninguém – elege o mais votado.

Amanhã é dia de reflexão, isto é matéria para ponderar.

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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Outro chumbo. Governo apanhado novamente fora-da-lei.

Cavaco dá cobertura a Passos Coelho.Set.2013

A culpa de um segundo resgate é isto não ser (ainda) o Qatar. O que a troika e os especuladores financeiros exigem e a governação Passos/Portas/Cavaco tenta cumprir, não é possível num país civilizado - em democracia. 

O Tribunal Constitucional chumbou algumas das normas previstas no código de trabalho de 2012. Outro chumbo, mais ilegalidades do governo.

São meia dúzia de normas fora-da-lei, que violam nomeadamente a proibição de despedimento sem justa causa, o direito à contratação colectiva e restringem direitos liberdades e garantias para além do previsto na Constituição. 

As normas fora-da-lei do código de trabalho, em vigor desde Agosto do ano passado, estão em toda a imprensa. Importante é constatar que os chumbos, do Tribunal que vela pela lei fundamental do país, são sucessivos e o governo continua a afrontar a lei. Com que legitimidade? Com que legitimidade Sr. Presidente da República? 

O mês de Setembro começou mal, com Passos Coelho a lançar um forte ataque à “interpretação” do Tribunal Constitucional, da Constituição; vai acabar pior, com mais do mesmo, com mais provocações do governo à lei que nos rege a todos, e com mais exigência a quem redige as normas que governam o país. 

Já ninguém acredita que a tentativa do governo, de passar leis claramente inconstitucionais, seja apenas fruto da sua incompetência (que a tem). Passos Coelho quer passar as culpas do governo pelo segundo resgate para outra entidade, quer atenuar a culpa da política de austeridade no desastre que estamos a viver.

Só o consegue com a cumplicidade de Cavaco Silva.

Para ouvir o Tribunal Constitucional clicar aqui.

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Manif.25 Set. Aposentados rejeitam corte nas pensões.

Foto 1 Manif.25 Setembro rossio.Set.2013

Os mais velhos marcaram presença no Rossio, onde se desmistificou o  falso argumento da convergência de pensões entre o sector público e o privado.

oclarinet foto 2 Manif. Rossio.Set.2013

Os sindicatos denunciam a mentira, e a chantagem que o governo está a fazer, relacionando o corte nas pensões e o segundo resgate - que é afinal causado pelas políticas erradas do governo.

oclarinet.foto 3 Manif.Rossio. Set.2013

Sobre as inconstitucionalidades da proposta de lei governamental - como a retroactividade - vai ser pedido ao presidente da República a fiscalização preventiva do diploma e aos partidos a sua fiscalização sucessiva.

oclarinet  foto 4 Manif. Rossio. Set.2013

Corre uma petição nesse sentido “Contra o roubo nas pensões e a aumento da idade da reforma”.

oclarinet. foto 5 Manif.Rossio.Set.2013

A Luta Continua!

oclarinet foto 6 Manif.Rossio. Set.2013

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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Aposentados manifestam-se amanhã em Lisboa.

oclarinet.blogspot.com 25 Set.manif.aposentados.Set.2013

(Nota à comunicação social 16 Set. 2013)                          Fotos da Manifestação Clicar Aqui

  Governo ladrão tenta impor cortes nas pensões! 

Mais uma vez este governo mostra como convive mal com a democracia, a lei e os sindicatos. Depois da farsa negocial que foi a discussão do diploma do embuste da convergência das pensões da CGA com a Segurança Social, o Governo, sabendo que a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública iria pedir, como pediu, a negociação suplementar do diploma, para obrigar a que o governo discuta as alternativas – que existem e não penalizam os aposentados! -, deu entrada da Proposta de Lei na Assembleia da República. 
 
Com esta atitude o Governo demonstra que não está disposto a ceder no roubo aos aposentados e que desrespeita totalmente os sindicatos, numa atitude ilegal pois o diploma não pode ser discutido pela Assembleia da República antes de concluído o processo negocial com os sindicatos.
 
Este Governo rouba descaradamente e vive mal com os direitos dos trabalhadores, querendo ajustar as contas com Abril. A Frente Comum relembra e apela a todos os aposentados e trabalhadores que se juntem à sua ação no próximo dia 25 de Setembro, pelas 14h30 no Rossio, na jornada nacional de luta contra o roubo nas pensões.

  FCSAP 
 Manifestação amanhã. Set.2013 


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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

23 Setembro dia de ir aos mercados.


Não queremos deixar de nos juntar às comemorações do dia de ir aos mercados, o dia 23 de Setembro.
Um dia que devia ser santo, como santa é a paciência dos portugueses para com os mentirosos governantes.

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Merkel sem maioria procura coligação.

oclarinet.blogspot.com - Merkel sem maioria. Set.2013

Merkel ganhou. Quem só deu pela festa, só deu a festa. Merkel arriscou, perdeu a coligação de direita e não alcançou a maioria. Merkel tem de negociar com sociais-democratas ou Verdes.

Merkel cometeu um erro. Poderia fazer por manter a coligação com os liberais do FDP, se, tal como fizeram nas últimas estaduais na Baixa Saxónia, fizesse uma campanha pela coligação de direita. A transferência de votos nessa eleição estadual não chegou, mas a nível nacional provavelmente faria a diferença entre um governo de direita e uma coligação híbrida. 

Merkel perdeu a coligação de direita quando na recta final, em Berlim, pediu todos os votos para a CDU e impediu a deslocação do voto para os liberais. Como não alcançou a maioria absoluta, os votos que o FDP pedia e não teve, só servem para a propaganda pessoal de Merkel. Os resultados na Baviera, com o FDP arrasado, impediram a CDU de discernir o jogo táctico.

Merkel tem agora de procurar uma coligação à esquerda, tem muitas derrotas eleitorais nos Estados e imagináveis discordâncias com os novos parceiros sobre o caminho que a Europa deve seguir. Há uma campanha para dizer que os alemães são todos iguais, é uma campanha. A obediência à Constituição e ao Bundesbank são o verdadeiro vector da política alemã, ultrapassáveis (como cá) em nome do euro.

Os outros. Peer Steinbruck confirmou não ser o político mais indicado para a campanha eleitoral do SPD; numas eleições em que Merkel conseguiu adormecer o eleitorado e nada discutir de substantivo, as futilidades das gafes de Steinbruck, terão acabado por ter influência nos resultados.

Aos Verdes desenterraram um desvio teórico envolvendo pedofilia, mais uma perversão por vegetais (no país das salsichas) que veio ajudar o Die Linke; ambos desceram por nada relevante apresentarem aos alemães.

O novo partido alemão anti-euro (AFD) não conseguiu convencer cerca de um quarto dos alemães, que dizem querer sair do euro, a ir votar neles, chegava. Como é de formação recente e quase entrou no Bundestag, deve-se contar com ele para as próximas eleições europeias.

Enquanto o Bundesbank mandar na política europeia, separando a moeda, da política económica, não temos saída. Ou ficamos - mais pobres e dependentes - ou saímos; isso as eleições alemãs ainda não alteraram.

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domingo, 22 de setembro de 2013

Merkel ganha, começa corrida às picaretas.

oclarinet.blogspot.com - Merkel ganha, quem perde...Set.2013

Possível maioria absoluta de Ângela Merkel. Políticas europeias? Estabilidade do Euro? Quem está empregado encomende as picaretas.


(Em actualização)

Merkel não obteve maioria  ler post seguinte:

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sábado, 21 de setembro de 2013

A tragédia. Portugal vai precisar de segundo resgate?

oclarinet.blogspot.com Lixo Laranja.Set.2013

(Não saímos do fundo - os fundos é que saem daqui.)

Como diria o Artur Albarran, na sua fase da guerra do Solnado, “ O choque! …O horror!… A tragédia…!!!” está aí. A crise da dívida mete-se, em crescendo dramático, pelos ouvidos dos mais ausentes e desatentos.

Os mercados, através dos seus agentes e padrinhos, deram o último alarme. A hora é de fugir de Portugal. Sete por cento, já não é taxa de rendabilidade suficiente para arriscar um possível processo de perdão de dívida portuguesa. Aprenderam com a Grécia enquanto os portugueses não aprendem nada com a Grécia.

As “notícias” chegam em catadupa, como convém numa campanha orquestrada; do segundo maior banco alemão, o Commertzbank, à maior gestora de obrigações do mundo, a Pimco, as campainhas soaram.

Os mercados financeiros ficam “nervosos” e têm as suas razões; têm estado a ganhar balúrdios à conta do empobrecimento dos portugueses sem nada arriscar, não lhes digam que há riscos de que um segundo resgate os venha a afectar.

Tudo isto não é novidade, nem para Paulo Portas. Aliás, culpam-no injustamente pelo alarme dos mercados, (tem culpas mas não são exclusivas). Na verdade, antes da crise de Julho, já o presidente da Pimco, Mohamed El – Erian, dizia ao Der Spiegel (em Março) que Portugal ia precisar de um novo resgate.

Agora é o tempo de todas as pressões, juntam-se as avaliações troikanas ao orçamento (fora-da-lei) de Estado, as nossas autárquicas às eleições alemãs, a decomposição grega ao rotundo falhanço das políticas de austeridade em Portugal.

Os verdadeiros mercados já nem estavam por aqui, apenas especuladores. As pressões vão continuar; de todos os troikos sobre o Tribunal Constitucional (Mexia da EDP mexe-se nesse sentido) e pressões do governo sobre a oposição e sobre os ofendidos pelas suas medidas. 

Também o povo se vai manifestar, uns pelo voto, outros pelo voto e nas ruas, o tempo é mesmo de guerra. Está em causa a soberania do país e a vida da sua população. 

Alguns dos meus votos são: Que se lixe a troika, os mercados especuladores e a Zona Euro dos alemães.

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

FMI não ajuda o governo. Mais uma previsão falhada.

FMI vai ajudar o governo. Set.2013
     FMI ia ajudar o governo
 
O porta-voz mais bem informado do PSD, Marques Mendes, tinha anunciado que o FMI ia ajudar o governo. Mais uma previsão falhada (habituemo-nos) que resultou na maior cacofonia interna no governo e no PSD, ou vice-versa, no PSD e no governo.

Marco António Costa (MAC), “porta-voz oficial” do PSD causou mal-estar no partido pelas críticas feitas ao FMI, Jorge Moreira da Silva (JMS) criticou a crítica de MAC porque agora está no governo e não no lugar que antes ocupava, de ser “porta-voz oficial” do PSD.

Por outro lado, MAC acha natural que JMS o critique porque quando MAC estava no governo fazia exatamente o que JMS fez. 

O que diferencia MAC de JMS e JMS de MAC não são posições diferentes sobre a “hipocrisia institucional do FMI” mas sim as suas posições variáveis, de trocas e baldrocas, ora no governo ora no partido.

Temos então, mesmo sem a ajuda do matemático Crato, uma equação cuja constante é a hipocrisia institucional. A hipocrisia institucional do FMI, a hipocrisia institucional do governo e a hipocrisia institucional do PSD.

Habituemo-nos.

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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Portugueses eurocépticos. Dois terços contra o Euro.

Portugueses prejudicados pelo Euro. Set. 2013

Num país sem censura e auto censura, um estudo internacional em que se afirma que dois terços da população portuguesa vê mais desvantagens que benefícios no Euro, passaria em todos os órgãos de informação, estaria a ser amplamente discutido. O Euro discute-se por toda a Europa, há anos.

O inquérito internacional que referi ontem, “Transatlantic Trends 2013”, diz que a maioria dos portugueses, 55%, desaprovam a gestão europeia da crise e 65% censuram Ângela Merkel pelo mesmo motivo, sendo o país que mais penaliza a chanceler, que tem uma taxa média europeia de reprovação de 42%.

Só 29% dos portugueses (contra 67%) aceitam que a política económica e orçamental transite do domínio de cada país para a competência da União Europeia.

Os eurocépticos aumentaram na maioria dos países europeus; são já 60% (65% em Portugal) os que consideram o Euro mais nefasto que vantajoso. Em Portugal, apenas 33% (um terço) acha que o euro teve efeitos mais positivos que negativos.

Pergunta-se. Quem representa os portugueses críticos do Euro? Que partidos representam em Portugal os cidadãos que além de críticos querem sair da Zona Euro?

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Maioria dos portugueses aceitam mais cortes?

90% dos portugueses afectados pela crise. Set.2013

Há estudos para todos os fins e enormidades de conclusões ao paladar de cada um.

O jornal Público tira de um estudo internacional (a parte portuguesa é da Fundação Luso Americana, FLAD) o título seguinte: “Maioria dos portugueses aceita mais cortes na despesa do Estado”.

Portugal é mesmo o país com maior percentagem de “entrevistados” a considerar a necessidade de mais cortes na despesa pública, 70%. Os portugueses são também aqueles que se sentem mais afectados pela crise económica, 90%.

Mesmo concedendo a grande iliteracia existente em assuntos políticos e económicos, na nossa população, não é crível que uma maioria qualquer de portugueses esteja de acordo com mais cortes.

Despesa do Estado; é nomeadamente, para o governo, salários e pensões da função pública, gastos com o Serviço Nacional de Saúde, com a Educação e com prestações sociais. São essas essencialmente as despesas do Estado que sofreram e vão continuar a sofrer cortes. Os portugueses (70%) aceitam mais cortes nestas despesas? Não acredito.

Ou será que os inquiridos se referiam a outras despesas do Estado; como rendas abusivas de vários sectores, custos ruinosos como PPPs e Swaps, despesas imoderadas de funcionamento dos órgãos do Estado, despesas inúteis com fundações e empresas municipais, etc. (a lista é conhecida).

Se o inquérito respeita ao primeiro grupo de despesas do Estado, não digo que seja falso… nesse caso deve ter sido feito entre os convivas da FLAD.

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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Juros da dívida acima dos 7%. Chamem a troika.

oclarinet.blogspot.com - Portugueses enganados pelos troikos.Set.2013

Juros da dívida a subir. Taxas no mercado secundário estão dois pontos acima das que foram conseguidas por Portugal no início do ano.

Pelas promessas do governo devíamos estar a “ir aos mercados”, estamos em Setembro de 2013. Os mercados estão a dizer, em voz alta e com nitidez, que não financiam o nosso país com taxas de juro razoáveis. 

Sete por cento de juros da dívida foi o limite de Teixeira dos Santos para pedir auxílio estrangeiro, para chamar a troika. Agora não é preciso chamar a troika, está cá. 

O segundo resgate vem aí, baptizado com o pseudónimo de “cautelar”, preventivo ou previdente. Portugal não se livra da troika enquanto não se livrar deste governo e deste presidente.

Cavaco continua a ver sinais positivos, a apelar ao “bom senso” internacional e ao “compromisso” interno; disse mesmo que há “sementes que vão dar fruto”. Devem ser sementes de cevada cujo fruto é a cerveja.

Nada disto é sério.

Quando se põe em discussão a nossa permanência na Zona Euro?

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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Merkel ganha ou perde com resultado na Baviera?

Aliados de Merkel - péssimo resultado na Baviera. Set.2013
Philip Rosle, líder do FDP e ministro da Economia de Merkel.

Televisões e jornais encabeçaram notícias com “Merkel ganhou na Baviera” ou "Aliado de Ângela Merkel com maioria absoluta na Baviera”. É muita festa.

Merkel terá ganho com a vitória da União Social Cristã (CSU), ou perdido com a estrondosa derrota do FDP que não conseguiu os 5% necessários para entrar no parlamento bávaro? Se a CSU é aliada ideológica da CDU de Merkel, os liberais do FDP são os aliados de governo. 

No próximo dia 22 o que se decide é a composição do futuro governo germânico.

A uma semana da eleição federal, o resultado da Baviera é importante. As sondagens na Alemanha são pouco fiáveis (há mesmo acusações de deturpação voluntária para influenciar resultados) mas os 3% que o FDP teve na Baviera não é sondagem. 

Se o FDP não tiver mais de 5%, há previsões para cima e para baixo, Merkel não pode reeditar o governo actual. O bloco CDU/CSU, sem maioria, (sondagens 38-40%) precisa de um parceiro, se o FDP ficar de fora, Merkel terá de formar governo com o partido social-democrata SPD (da Internacional Socialista), mais natural que com “Os Verdes”.

Podem existir transferências de votos do bloco de direita para os liberais, mas há riscos para Merkel, da “esquerda” que terá reduzido a distância que os separa e do novo partido anti- Euro, “Alternativa para a Alemanha” (AFD) que diz ter sondagens que lhes garantem a entrada na Bundestag.

Depois da Baviera e ao contrário da festa em curso, as coisas estão menos decididas. Está menos decidida a composição do governo germânico e consequentemente as políticas que afectarão a Europa e os países intervencionados.

É connosco.

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domingo, 15 de setembro de 2013

Aposentados. Manifestação 25 de Setembro.

oclarinet.blogspot.com - 25 Set. Protesto contra o corte das pensões. Set.2013

Fotos da manifestação: Clicar Aqui

A um ano da grande manifestação (Que Se Lixe a Troika) de 15 de Setembro, ainda não se conseguiu organizar nada aproximado fora do movimento sindical. 

O governo vem dividindo os trabalhadores; novos e velhos, públicos e privados, precários e efectivos, empregados e reformados, para que eles não se juntem e mobilizem como um só corpo. Não há outro 15 de Setembro nestas condições.

Convocar manifestações que não resultem em fracasso e consequente desmobilização para outras futuras, exige organização, método, e muito trabalho. Espontâneo é quase sempre sinónimo de episódico. Espontâneo é sempre aproveitado por quem está organizado, daqui ao Egipto.

A Frente Comum de Sindicatos da Função Pública, no dia 3 deste mês “desafiou os pensionistas a protestar no próximo dia 25”. Dez dias depois, no dia 13, anunciou que ia organizar a manifestação, fazendo a convocatória oficial. 

Uma organização sindical com força, nunca longe dos seus filiados, que está em negociações directas com o governo - acompanhada pelas televisões e jornais diariamente – precisa de todo este tempo para preparar uma jornada de luta. É um bom exemplo.

Podem-se fazer manifestações de outro tipo, mas manifestações chamadas “de massas”, em que o número de participantes tem peso político, necessitam de muito trabalho de base e de ter direcção. 

Estou convicto que o protesto contra o corte das pensões do próximo dia 25, vai ser um sucesso de participação. 

Após as férias, os mais velhos abrem as hostilidades com os fachos! 

Quem os segue?

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sábado, 14 de setembro de 2013

O dedo de Peer Steinbruk, a coisa.


Já magoava a ausência de notícias sobre as eleições na Alemanha, parece que nada têm a ver connosco ou com a Europa, onde estamos de boa ou má vontade.

Finalmente os meios de informação portugueses conseguiram traduzir alguma coisa do “alemão”, esse idioma tramado. Não é um discurso, uma promessa eleitoral, um debate aceso ou uma intriga política apagada, é um gesto. 

Um dedo do meio

Parece linguagem universal mas não é, falta um tradutor do significado para a latitude germânica de tal gesto. Por aqui é uma futilidade. Para quem tem o manguito lusitano de Bordalo, o dedo do meio é um apêndice sem inflamação.

As reacções são tragicómicas: Os coitados dos liberais que ainda não sabem se atingem os 5% para entrar no Bundestag, vieram esbracejar com todos os dedos das várias mãos, que “não se pode fazer isso”.

O Die Linke, “A Esquerda”, diz que o dedo do meio “marca o fim da candidatura de Peer Steinbruck”. 

O dedo do meio de Steinbruck deu para perceber muita coisa; sobre o estado da política pela Germânia, sobre o estado da esquerda, e sobre o estado do Die Linke.

Sai um manguito!

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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Cobardia nacional? Há um ano estava tudo na rua!

15 Setembro FMI fora daqui. Set. 2013

Que se passa? Setembro não é, habitualmente, um mês de marasmo e desmobilização popular. 

Há um ano estava tudo na rua, os membros do governo eram vaiados, de Mota Soares em Ponte de Lima ao Miguel Macedo (da cigarra e da formiga) em Vouzela, para não falar nas estrelas, tipo Relvas, que já foram embora.

Faz hoje um ano que Conceição Cristas se desviou de um ovo, na “acção directa” mais exímia (por parte de um governante). Arménio Carlos e João Proença admitiam uma greve geral conjunta. Os deputados do PS ultrapassavam Seguro na reprovação do Orçamento, António Costa idem.

Centenas de milhar manifestaram-se contra a troika; o movimento “Que se Lixe a Troika” teve o seu apogeu a meio do mês. Depois houve a vigília ao conselho de Estado em Belém, para terminar no 29 de Setembro, “a maior jornada de luta de sempre da CGTP”, que fez do Terreiro do Paço - Terreiro do Povo.

Em Setembro do ano passado as sondagens davam maioria de esquerda e uma grande descida do PSD. 

Agora estamos nisto: É Manuela Ferreira Leite que vem alertar para os cortes de 10% nas pensões serem “um teste a pessoas que não fazem greve, que não têm representação na concertação social, que não têm nenhuma legislação que as proteja…”

O que faz a esquerda? Anda a tratar das eleições autárquicas! Para quê?

As esquerdas estão a aproveitar o momento eleitoral para promover a contestação ao governo e aos partidos que o suportam? As autárquicas vão servir para dar um cartão vermelho ao governo? Nada disso.

PCP e Bloco de Esquerda, entre outros, elegeram como inimigo principal o Partido Socialista. A caça ao voto no mesmo eleitorado, e a afirmação, a isso obriga.
Os reflexos dessa política eleitoralista, vai refletir-se nas bases mais combativas do PS e levar por outro lado votantes naturais do centro-esquerda para a abstenção. 

Quem ganha com isso? O PSD!

E nem é o PSD de Ferreira Leite, é o do governo, da troika, dos interesses actuais do mundo da finança.

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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Síria. Assad entrega armas, e os outros?

Síria aceita controlo internacional das armas químicas. Set 2013

Na Síria, está a pôr-se um travão na guerra, ou um pé na embraiagem? A mudança introduzida vai trazer a paz ou apenas atrasar a agressão da NATO e elevar o potencial dos grupos armados opositores ao regime?

O presidente sírio, Bashar al-Assad, confirmou hoje que está disposto a entregar as armas químicas

Em entrevista ao canal Russia 24, Assad disse que “enviará à ONU os documentos necessários para um acordo sobre a colocação das suas armas químicas sob controlo internacional”. Também o embaixador da Síria em Moscovo, Riyad Haddad, afirmou hoje estar a Síria pronta a aderir, no mais curto prazo, à Convenção sobre a Proibição das Armas Químicas. (Ag.Novosti)

Um e outro dizem aceitar inteiramente a iniciativa russa, tendo Assad sublinhado que “a Síria porá as armas químicas sob controlo internacional não por causa das ameaças dos EUA mas em resposta à proposta da Rússia”.

Com esta confirmação cai o argumento das armas químicas, Obama tem uma porta de saída da trapalhada com a opinião pública e o Congresso, mas ao nível do conflito no terreno o que acontece?

A Rússia, que sempre criticou o ocidente e os países árabes por armarem os rebeldes, vai pôr algo mais na balança das negociações, além de impedir a intervenção directa, por agora, da NATO?

O treino e a entrega de armas aos rebeldes vão continuar? Israel vai ratificar a Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas? Ou este gesto de boa-vontade do regime sírio, que o enfraquece estrategicamente, é uma manobra para melhor o destruir, como aconteceu a Kadhafi.

Se for essa a intenção, a Rússia fica com mais responsabilidades (e justificação) para proteger os seus aliados sírios. 

É por ser a Rússia quem está a ganhar nos últimos lances que muito provavelmente isto não fica por aqui.

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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Catalunha. Cordão humano independentista.

Catalunha. Referendo ou plebiscito nas eleições.Set. 2013

No dia em que a Catalunha recorda a perda da independência, milhares de catalães darão, nesta quarta-feira, as mãos para formar uma cadeia humana de 400 quilómetros, atravessando toda a Catalunha. 

Há uma semana, o Presidente da Generalitat, Artur Mas, anunciou que, ou o governo de Mariano Rajoy permite uma consulta em referendo em 2014, sobre a soberania da Catalunha, ou converterá as eleições catalãs de 2016 num plebiscito.

O cordão humano de milhares de catalães, a realizar hoje, pretende chamar a atenção da situação na Catalunha, pressionar Madrid e também incentivar o líder catalão a cumprir com o prometido nas históricas eleições de 25 de Novembro. 

Com o resultado eleitoral de 2012, a consulta dos catalães sobre a soberania ficou com melhores condições de se realizar. Com ou sem acordo do governo de Rajoy.

Clicar aqui: eleições históricas na Catalunha e a história dos catalães (em vídeo).

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terça-feira, 10 de setembro de 2013

11 De Setembro. Lembrando.

oclarinet.blogspot.com- Chile 40 anos. Set.2013

Certas lembranças materiais não perduram em minha casa, não guardo, ou vão emprestadas e não voltam, desaparecem; nem tenho cartazes e autocolantes políticos, da minha autoria, usados no PREC. Este cartaz, de 1973, tem-se aguentado e fiz a partir dele um post há 2 anos. Sobre o Chile.

Até ao ataque da Al-Qaeda às “Torres Gémeas”, a data 11 de Setembro estava associada ao golpe de estado de Pinochet, em 1973, contra o governo legítimo do Chile, de Salvador Allende. 
 
O golpe militar fascista no Chile, foi sentido em todo o mundo e particularmente em Portugal, pela minha geração, que na época e aproveitando a “abertura marcelista” lutava aqui pela democracia.
 
Estávamos em 1973, passagem do ano para 1974; eu era desenhador de máquinas numa metalurgia e estudava à noite. Foi ano de campanha eleitoral para as eleições legislativas que se realizaram em Outubro. O Movimento Democrático de oposição ao regime de Marcelo Caetano participou na campanha, tendo desistido de ir a votos por considerar não existirem condições para eleições livres.
 
No Natal de 1973, José Afonso tinha lançado o álbum “Venham Mais Cinco” (é verdade, já tem uns anitos). O Zeca esteve detido em Caxias de Abril desse ano até finais de Maio, mas tinha uma grande actividade apesar de alguns dos seus concertos terem sido proibidos pela PIDE. Os militantes da oposição aproveitavam todas as ocasiões para juntar os democratas “aparecidos” na campanha eleitoral. Uma festa de passagem de ano vinha a propósito.
 
Cheguei mais cedo a Sintra, à “casa do Sr. Embaixador”, para com o António “Fogueteiro” preparar os “comes”, que os “bebes” era tinto de Cheleiros que ele tinha trazido. O António teria a idade que eu tenho hoje, rijo e poeta popular, dirigente do Sindicato dos Mármores e Cantarias (Pero Pinheiro), encontrava-o por vezes na cooperativa livreira Esteiros. 
 
Os convivas eram sobretudo jovens, alguns quadros políticos e oradores, lembro-me de Urbano T. Rodrigues ter dissertado sobre a condição da mulher.
 
Após várias intervenções sobre a situação política nacional e internacional, onde se abordou a situação chilena cujo golpe tinha três meses, alguém apareceu com o cartaz do Chile (edição World Peace Council), uma raridade.
 
Foi leiloado e o dinheiro foi para a Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos. Eu não tinha muito dinheiro, não sei como fiquei com ele, devo-o ter comprado a meias com os efeitos do tinto de Cheleiros.

Já não bebo, já não se fazem leilões para estas causas, nem festas por estas razões. É pena, pois os tempos aconselham a juntar vontades e militâncias.

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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Síria. Cai argumento das armas químicas.

Uma pergunta de Jornalista. Set.2013

Uma jornalista inglesa perguntou a John Kerry como se poderia travar a intervenção militar dos EUA na Síria e ele respondeu: “Se o presidente Bashar al Assad entregasse as suas armas químicas, já esta semana”. 

Terá sido uma resposta de ocasião, senão os Estados Unidos já teriam feito tal proposta. Kerry sabe que a Síria tem armas químicas porque Israel tem armas químicas, isso mesmo afirmou Assad ontem, em entrevista à CBS. Era uma resposta retórica à jornalista, que John Kerry achava impossível de ser aceite.

Só que, a Rússia, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, propôs à Síria que entregasse o seu arsenal de armas químicas à supervisão internacional. 

O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid al-Mouallen, em Moscovo, concordou e disse que só precisava do apoio oficial de Assad para considerar formalmente aceite.

Nessa fase, a fundamentação americana para o ataque à Síria, está definitivamente abalada. Os EUA/NATO não precisam destruir os meios do exército sírio, que o torna capaz de utilizar armas químicas… se eles não estiverem na posse das armas químicas.

Umas observações: Afirmou-se, na situação Líbia, que foi a destruição por Kadhafi, promovida pelo ocidente, do seu arsenal de armas químicas, que permitiu a ofensiva da NATO e aliados. 

E Israel? Vai pôr o seu arsenal de armas químicas sob controlo internacional?

(em actualização)

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domingo, 8 de setembro de 2013

Guerra Fria. Submarino português no Mediterrâneo.

oclarinet.blogspot.com - Submarino Tridente. Set.2013

É só juntar as peças. John Kerry diz que mais de dez países estão preparados para participar na operação militar contra a Síria quando publicamente só se conhecem dois, os EUA e a França. O secretário- geral da NATO, autoriza o uso das bases militares para atacar a Síria. O submarino português Tridente integra operação NATO no Mediterrâneo, para onde partiu há dias.

No Mediterrâneo estão forças navais colossais, quer Russas quer da NATO, num ambiente de ameaça bélica que não se via desde os tempos mais perigosos da Guerra Fria. 

As forças NATO onde se integra o submarino português estão numa missão genérica de “dissuasão, defesa e protecção contra actividades associadas ao terrorismo”, como informa em comunicado o EMGFA português. Também antes da intervenção na Líbia, o reforço naval da NATO no Mediterrâneo era apenas para “melhor se cumprir o embargo de armas à Líbia”. Viu-se.

O planeamento das opções militares envolvendo a Síria, segundo informaram os falcões EUA/NATO, está a ser feito prevendo “vários cenários de intervenção”. Os portugueses que não mandataram ninguém para fazer a guerra e estão contra ela, (com excepções) precisam de saber qual o papel dos militares nacionais num “cenário de intervenção” em que a NATO participe.

O submarino português no Mediterrâneo não pode ter ido para uma campanha de agressão contra um país a quem Portugal não declarou guerra. 

O Tridente é para voltar a ver o Cristo Rei e realizar as tarefas para que foi comprado; de manter a soberania nas águas nacionais, dar umas comissões a uns corruptos e muitos euros aos alemães.

PS. O ano passado foi notícia, (no estrangeiro) o envolvimento de para-quedistas portugueses que estariam presos na Síria. Seriam mercenários. A equipagem do Tridente não é mercenária, são militares ao serviço de Portugal.

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sábado, 7 de setembro de 2013

Ângelo Correia e o farol Passos Coelho.

Ângelo Correia a tentar ver melhor. Set.2013

Henry Winstanley foi um arquitecto que projectava faróis, um dia exigiu ficar dentro de um dos seus durante uma tempestade, para testar a resistência da estrutura. A torre desabou e Henry morreu.

Ângelo Correia não vai ser o Henry de Passos Coelho, quanto mais escombros caiem do governo mais Ângelo se afasta da queda do entulho.

O “barão” do PSD, notado mentor do primeiro-ministro, considera agora que o PSD não se preparou para governar”. Impreparação de Passos Coelho para governar é uma crítica corrente desde há muito neste país, Ângelo Correia só agora viu, melhor, só agora viu que também tem de acompanhar a crítica.

Interessante é recordar o que Ângelo dizia de Passos Coelho quando o apoiou para liderar o PSD e assim concorrer ao cargo de governante principal de Portugal. Lendo o Público da altura, o candidato à liderança era uma “lufada de ar fresco”, que Ângelo Correia ladeava por “saber o que dele pode esperar”.

Para o “barão”, o país passaria a olhar o PSD doutra maneira com Passos Coelho. “Senão continuará o mofo, o bafio, o mesmo do passado”, dizia Ângelo Correia.

Tomara o PSD ter hoje uma imagem aproximada a qualquer momento do seu passado, está em frangalhos. 

Foge barão senão levas com os cacos.

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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Empresários da educação equiparados a banqueiros.

Ensino privado perde alunos. Set.2013

A mercantilização da Educação leva novo impulso com as medidas anunciadas ontem por Nuno Crato. Como diz a Federação Nacional de Professores (Fenprof); “Trata-se de uma mudança radical do papel do Estado (…) e do lugar que, pela Constituição da República, está atribuído ao ensino particular e cooperativo”.

Também a CNIPE, confederação dos encarregados de educação, acusa o governo de “proteger as escolas privadas, que não têm alunos, pois as famílias não têm dinheiro”.

É o busílis do problema; a ideologia da direita mais retrógrada, bem representada pelo ex-maoísta Nuno Crato, quer reduzir o Estado ao mínimo e promover o sector privado. Acontece que, não há riqueza na população para pagar a “Educação privada”, (como também não há para pagar a “Saúde privada”).

Em Julho do ano passado (clicar aqui) o tema era o aumento do abandono escolar por razões económicas; a taxa de abandono dos estudos por motivos financeiros era de 22% em 2010/2011, a nível nacional, tendo subido exponencialmente em 2012. No ensino profissional as desistências chegavam, em Julho de 2012, a um terço dos alunos.

Sem dinheiro nas famílias - sem clientes - a sorte das empresas privadas de educação teria o mesmo desfecho que os outros sectores privados da economia em crise - “ajustavam”! Mas como são um sector ideológico, tal como o sector financeiro, não podem fechar. Empresário da Educação ou da Saúde é equiparado a banqueiro.

Os contribuintes são assim chamados a viabilizar empresas privadas desnecessárias, porque o lóbi da “Educação privada” tem muita força nos partidos do governo (e não só) e é essencial para o programa da Igreja.

A Fenprof pede aos grupos parlamentares, para que o diploma de Crato seja discutido no Parlamento e que requeiram a sua inconstitucionalidade.

Certo é que não volta a primazia pela Escola Pública enquanto durar este governo.

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Paulo Portas e Maria Luís. Missão secreta em Bruxelas.

Missão secreta junto da troika. Set.2013

Ninguém conhece os objectivos da ida de Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque a Bruxelas. As dúvidas, sobre a finalidade da viagem, aumentam por se saber que um e outra têm posições quase opostas sobre as negociações com a troika e a política a seguir.

Os portugueses nunca souberam o que se passa nas reuniões do governo com a troika; nem sabem antes o que o governo vai defender, nem depois o que envolveram as negociações. Não sabe a opinião pública nem o Parlamento (que devia controlar a actividade do governo), não sabe a oposição nem sequer o maior partido da oposição.

O que o governo e a troika fazem - antes, durante, e após as avaliações, cheira a conluio, a cozinhado, e a esturro.

Hoje, pela hora de almoço, segui um pouco da demorada conferência de imprensa de Enrico Letta, primeiro-ministro italiano, presente na reunião do G20 em São Petersburgo. A posição de Itália na Conferência e todos os temas internos e internacionais foram conversados. 

É isso que falta aqui, que conversem connosco, que se deixem de secretismos e não nos briefem com patranhas. A Itália está prestes a entrar numa nova crise da coligação que sustem o governo, apesar disso dão satisfações aos cidadãos. 

É outra cultura…democrática.

 G 20 Letta presta contas em São Petersburgo. Set.2013

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Incêndios. Governantes visitam terras queimadas.

Incêndios são falta de políticas. Set.2013

Após a morte de seis bombeiros e quase 100 mil hectares ardidos, o secretário de Estado das florestas apareceu nas televisões ao lado da terra queimada.

Ontem, o comentador Augusto Santos Silva insurgiu-se na TVI 24, contra a ausência de governantes (e outros líderes políticos) no apoio às populações afectadas. Hoje aparecem secretários de Estado, dá a ideia de terem sido empurrados.

O titular das florestas, Francisco Gomes da Silva, é filho de ministro, deve saber o que são gestos políticos ou pelo menos gestos de solidariedade, tão necessários quanto o apoio em meios materiais para quem tudo perdeu.

É possível que Francisco Gomes da Silva seja apenas reservado, ao contrário do seu pai (todos se lembrarão dele, Fernando Gomes da Silva, a comer mioleira no tempo das vacas loucas). Entre o exuberante e o ausente haverá um meio-termo de sensatez.

Como antes dos incêndios cortaram na prevenção e durante os incêndios estiveram distraídos, esperam-se medidas políticas para futuro no ordenamento do território e de imediato no apoio às populações afectadas.

Muito há para dizer sobre as razões dos incêndios, sei o que são há vários anos; pinhal, vinha, já foram e num terreno onde plantámos árvores de fruto ardeu tudo a semana passada, “as macieiras estavam carregadinhas” telefonou-me o meu pai. 

Não vivemos disso mas há quem sobreviva do que a terra dá, esses que perderam o sustento têm de ser ajudados pelo Estado de imediato, por solidariedade e como prevenção para futuros desastres.

Para além dos erros ou inexistência de planeamento, é sem dúvida, o abandono das terras que torna viável a destruição pelo fogo, do país florestal e agrícola.

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