quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Votação do Orçamento – Manifestação em S.Bento.

TODOS A S. BENTO.Out.2012

Hoje, dia da primeira votação do Orçamento de Estado para 2013, é dia de protesto frente ao Parlamento. A Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública convocou uma manifestação do Marquês de Pombal (15.30h) para a Assembleia da República.

Todos ao Parlamento.Out.2012

A CGTP apelou na Marcha Contra o Desemprego para uma concentração frente à Assembleia, pelas 17.00 horas. Outras organizações juntam-se à manifestação de protesto, contra o Orçamento de Estado do Governo de Vítor Gaspar, Passos Coelho e Paulo Portas.

Vamos lá !

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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Combustíveis baixam mas são os mais caros.

Combustivel - marca branca - Out.2012

O preço dos combustíveis baixaram ontem, em Portugal. Mais uma ligeira variação para baixo, que somadas as variações para cima, resulta no aumento de preços que todos conhecem. Neste caso (imagem acima), em Chaves, é possível encontrar valores ainda mais reduzidos, no posto de um supermercado.

Combustiveis GALP - Espanha - Out.2012

No entanto, quem se deslocar onze quilómetros, até ao primeiro posto na Galiza, em Feces, tem combustíveis ainda mais baratos (na imagem em cima), é um dos postos GALP no Estado espanhol, que não reduziu os preços ontem.

Posto GALP desactivado - Portugal - Out.2012

Resultado perverso - um posto GALP desactivado na cidade de Chaves.

A política de preços da gasolineira portuguesa (do cartel das marcas em Portugal) e o volume de impostos que o governo soma ao preço dos combustíveis, tem consequências nefastas, quer para as contas públicas quer para a actividade económica.

Parte dos impostos sobre os produtos petrolíferos que deviam ficar em Portugal, são pagos no país vizinho. Temos preços mais elevados de combustíveis que tornam a nossa economia comparativamente menos competitiva.

O preço dos combustíveis, das telecomunicações ou das portagens nas ex-SCUTs, pesam muito mais nas empresas que o conseguido com as reduções de salários promovidas pelo governo; mas eles não entendem ou fazem-se desentendidos.

Repetir é preciso, por todo o lado e principalmente na rua. Vamos lá…

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domingo, 28 de outubro de 2012

Refundar o memorando ou golpe de Estado.

Golpe no Estado Social. Out.2012

 O balão de oxigénio, que os partidos do governo pensam ter conseguido com as jornadas parlamentares, é de ar balofo, irrespirável para a maioria dos portugueses. Entretém o PSD e o CDS até terem de resolver os problemas com as suas autarquias mais o Orçamento, e distrai a sua inconsolável comunicação social.

O fim absoluto do Estado Social não é possível levar a cabo sem que a população dê por isso. Por isso, não é possível sem reacções de revolta da população.

Estive no estrangeiro, aqui ao lado, volto, e está tudo na mesma. O Estado Social não é coisa que o Partido Socialista possa meter na gaveta (sem ir junto), portanto, nada se passou de singular por estes dias.

Fica a ameaça, que sempre pairará enquanto este governo não for para a rua, da destruição do Estado como o conhecemos, para entregar as suas funções a privados; as lucrativas, e as não lucrativas subsidiadas pelo Estado até o serem. 

As palavras que agora leio no DN, sobre as “jornadas refundatórias”, são um pagode; o ministro da caridade fala em “salvaguardarmos a componente fiscal e mitigarmos o esforço fiscal que hoje é exigido aos portugueses”, logo ele que tira aos mais desgraçados. A ministra da Justiça em a “classe política dar o exemplo”, e em “dar um referencial aos portugueses”, será ela o figurino? O ministro Álvaro diz que “sem indústria não há emprego” e continua a manter o seu emprego.

Passos Coelho não mente, diz só que “a reforma do Estado será uma transformação para melhor e não uma compressão ou redução daquilo que existia até agora”; não mente, nunca mentiu, todos acreditam desta vez que estando em causa o objectivo estratégico e ideológico da destruição do Estado Social, de um golpe de Estado, ele não está a mentir.

Temos, para já, a manifestação em frente ao Parlamento, a recepção a Merkel e a Greve Geral para lhe dizer, e a todos os outros, no que acreditamos.

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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O Xadrez sem Mestre, novo romance de Carlos Loures.

oclarinet - Carlos Loures completa Trilogia 1968. Out.2012Trilogia 1968

«Numa tarde da primavera de 2008, um professor de literatura da universidade de S. Paulo, grande teórico de xadrez, é assassinado a tiro numa cafetaria da Baixa lisboeta. A partir deste crime desenrolar-se-á uma complexa teia de situações, envolvendo múltiplas personagens e as relações entre eles. “Xadrez” é, pois, aqui interpretado numa múltipla acepção: de jogo, de símbolo de cárcere e de mosaico de situações. 

A narrativa, construída como um thriller, viaja entre a actualidade e o final dos anos 60, às lutas académicas, às prisões, às torturas infligidas pela polícia política, à guerra colonial.

Esta obra faz parte de uma trilogia de romances, autónomos, com histórias e personagens diferentes, que têm em comum 1968, esse annus horribilis para o regime ditatorial. É nessa interacção entre épocas diferentes que se baseia a lógica narrativa dos três livros – Talvez um Grito, A Mão Incendiada e O Xadrez sem Mestre.»



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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Borla nos transportes públicos para juízes, vergonha.

Transportes gratuitos para Magistrados.Out.2012


Juízes não pagam transportes públicos, mas não querem que se saiba.

O governo tem previsto na proposta do Orçamento de Estado para 2013, eliminar o transporte gratuito dos funcionários das transportadoras e de várias categorias de funcionários do Estado, entre eles procuradores e juízes.

O Jornal de Notícias teve acesso a um e-mail, da direcção do Sindicato dos Magistrados para os seus associados, no qual se diz haver a “garantia da senhora ministra de que tal norma será retirada”. 

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, garantiu à direcção do Sindicato dos Magistrados, uma situação de excepção para os juízes.

Depois do aumento dos transportes e passes para os utentes “normais”, do fim de descontos para jovens e idosos, que já referi (aquiaqui – e aqui), os senhores magistrados e juízes têm um tratamento “anormal”.

Tão anormal que dificilmente se inscreve nas exigências da troika. Ou então recua-se para não chatear um sector, que, (dizem) derrubou o governo anterior, e troika-se o recuo por uma marrada noutro desgraçado sem poder algum. Porque, como diz o povo acerca dos bodes: - “cabrão que recua, forte marrada vai dar”.

Aliás, a cabeçada chocante do arranjinho nem são as borlas, são os segredos de comadres em que tudo é tratado. Diz o citado e-mail; “seria conveniente que não se discuta na comunicação social este episódio” (…) “poderia dificultar o recuo por parte do governo”.

Trata-se de vergonha, de ter vergonha. E também de falta de vergonha, de não ter vergonha.

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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Merkel protege Irlanda e trama Espanha e Portugal.

Merkel cede perante Irlanda.Out.2012


Irlanda obtém pelo telefone, o que Portugal não consegue com um primeiro-ministro rastejando aos pés de Ângela Merkel.

Passos Coelho ainda não deve ter percebido o que se passou no último Conselho Europeu; quando entender talvez veja que a sua atitude perante Merkel é uma tolice pessoal e uma desgraça para o país.

Foi um Passos Coelho optimista (a fazer lembrar a retoma do Pontal) que deu a conferência de imprensa após o último Conselho Europeu. Falava do uso do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) para assumir a responsabilidade pelo dinheiro já injectado nos bancos portugueses, precisando que “em 2013, assim que entre em vigor, é possível que a recapitalização seja feita através desse mecanismo”.

Ângela Merkel apagou-lhe o sorriso logo de seguida, quando afirmou que “não haverá qualquer recapitalização retroactiva”.

Com isso tramou a Espanha, que tem resistido a pedir um resgate, e o “bom aluno” português, cujo governo nada reclama, e conta com um povo que protesta mais na Internet e menos onde se veja.

Mas não era só a Ibéria que contava com o MEE. A Irlanda não desarmou perante Merkel e o primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, que já tinha garantido o apoio de Hollande, pressionou a chanceler alemã e conseguiu um tratamento especial.

O que não se aplica a Espanha e Portugal assenta nas necessidades irlandesas. Ambos os governos - irlandês e alemão – “reconhecem o caso especial da Irlanda, e o Eurogrupo terá isso em consideração”, diz o comunicado do governo da Irlanda.

Ou seja, o interesse económico das empresas alemãs na Irlanda, e a necessidade de haver na Europa, uma história de sucesso no regresso aos mercados, fez Merkel voltar atrás.

Ela sabe, todos sabemos, que o caminho do nosso Orçamento de Estado para 2013 e os “planos alternativos” subsequentes, levam-nos na direcção grega. Portugal é anexado, vai continuar a ser empobrecido, e no fim, ignorado. 

Se os portugueses deixarem. 

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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Subsídio de desemprego baixa 10%, Receita baixa 4,9%.

Governo nada acerta. Out 2012

Dados da execução orçamental (até Setembro) apresentados pelo governo, indicam quebra na receita de impostos de 4,9%. Ainda sobre a receita a Unidade Técnica de Apoio Orçamental diz que para 1.400 milhões de euros do orçamento rectificativo de 2012 “não se encontra justificação”. Elementos sobre a quebra na receita (aqui).

O Ministério da Solidariedade (vulgo da Caridade) enviou aos parceiros sociais, uma proposta legislativa, na qual o governo pretende baixar o valor mínimo do subsídio mensal de desemprego, em 10%; passando dos actuais 419,22 euros para 377,29 euros, no caso de beneficiários com agregado familiar, (de 301,83 euros para beneficiários isolados).

Soube-se que Bruxelas (Berlim) quer um plano alternativo ao Orçamento de Estado para 2013, para a eventualidade (!?) de a receita fiscal não atingir os valores previstos (?) pelo governo.

Uma boa notícia: Os trabalhadores do fisco aderem à Greve Geral. Um sindicato independente; o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), lançou hoje um apelo aos trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira para que estes participem na Greve Geral de 14 de Novembro.
 
A resposta ao governo vem aí.

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ameaça de requisição civil na greve dos estivadores.

Pre-aviso de greve Estivadores Novembro.Out.2012

A última vaga de greves nos portos portugueses iniciaram-se em Agosto, como aqui demos nota. Em Setembro aumentou a contestação, após o governo ter chegado a acordo com alguns sindicatos minoritários, (representam de 15 a 20% dos trabalhadores), sobre um novo regime jurídico do trabalho portuário.

Outubro foi um mês de greves rotativas dos trabalhadores dos portos, pilotos de barra e administrativos. As associações patronais reagiram, ainda na primeira quinzena, pedindo a aplicação de medidas drásticas. A requisição civil foi um “instrumento” nomeado pelos empresários, e chegou ao parlamento pela voz do PSD e do CDS.

O sindicato dos estivadores marcou um novo período de greve de 23 até ao fim deste mês, e na semana passada emitiu um pré-aviso de greve, prolongando a greve de 31 de Outubro até às 8.00horas de 7 de Novembro. Hoje, na comunicação social, volta a falar-se em requisição civil.

No dia do “Cerco a S. Bento” um manifestante/estivador entregou-me um panfleto que procura esclarecer a “importância da greve”. Está em "estivadeportugal" (clicar aqui)  com o seu manifesto. Esclarece.

A batalha dos trabalhadores portuários é provavelmente a mais importante e com melhores condições de sucesso, das lutas contra a precariedade no trabalho e os despedimentos; deve por isso ser seguida e apoiada.

A greve dilata-se no tempo, porque o governo nada fez para negociar com os sindicatos que representam 80% dos trabalhadores portuários.

Tal como as manifestações de rua, de centenas de milhares de pessoas, vão ter de se repetir, até que o governo entenda que não pode ir contra a vontade da maioria.
 

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domingo, 21 de outubro de 2012

Em Portugal, a cair de velho.

Antiga fronteira Feces - Vila Verde da Raia (Chaves).Out.2012 - Cpia

Apareceu no meu Facebook a foto (em cima) da antiga fronteira de Portugal (Vila Verde da Raia – Chaves) com a Galiza (Feces-Verín). Nasci ali, nas primeiras casas em território português, nas traseiras do edifício da alfândega. Nasci em casa como antes se nascia. Ali, porque o meu pai, funcionário das Finanças na Alfandega do Porto, pediu transferência “para a terra”.
 
Origens.Out.2012

A casa, (na foto) propriedade do Estado até há poucos anos, foi comprada por alguém que a mantém… ao abandono. Do princípio dos anos cinquenta, as casas de habitação dos funcionários públicos deixaram de ter serventia com o fim das fronteiras, a alfândega idem, mas ao contrário do lado galego, em que deram uso ao pequeno posto aduaneiro, em Portugal tudo cai de velho.  

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sábado, 20 de outubro de 2012

Merkel e Passos, ou as explicações de Peer Steinbuck.

oclarinet.blogspot.com - Merkel.Passos - Conselho Europeu.Out.2012

O último relatório das Perspectiva Económicas Globais, elaborado pelo FMI, considera que Grécia, Espanha e Portugal, terão em 2013 as recessões mais agressivas do mundo. Diz também que Portugal continuará, até 2017 (inclusive), a ser um dos países do mundo com menor crescimento.

Os primeiros-ministros da Espanha e da Grécia alertaram no Conselho Europeu para o impacto social da crise económica. Portugal (representado por Passos Coelho), não. Por cá ouvem-se críticas ao comportamento do nosso primeiro-ministro; mas é importante ler (em quadradinhos) o que disse Peer Steinbuck, o candidato do SPD à chancelaria alemã:

SPD1.oclarinet.Out.2012 SPD2.oclarinet.Out2012
SPD3.oclarinet.Out2012
SPD4.oclarinet.Out.2012
SPD5.oclarinet.Out2012




Como se vê, demora e dá trabalho explicar a situação aos alemães. Ora, Passos Coelho quando sai de Portugal é para descansar das agruras internas, se possível ouvir elogios da patroa, e receber conselhos e diretrizes.


Quem espera outra coisa pode esperar sentado.





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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Espanha. Confirmada Greve Geral dia 14 de Novembro.

Greve Geral em Espanha 14 Novembro.Out.2012

Huelga General.

As duas centrais sindicais do Estado Espanhol, Comisiones Obreras e UGT confirmaram, hoje, o dia 14 de Novembro como data para a Greve Geral.

Será a Primeira Greve Geral Ibérica (ver aqui), parte da Jornada Europeia de Luta Contra as Medidas de Austeridade, convocada pela CES – Confederação Europeia de Sindicatos.

!4 de Novembro 2012 dia de luta na Europa.

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Greve Geral Ibérica dia 14 de Novembro.

Greve Geral Espanha Portugal.Out.2012 (2)

Primeira Greve Geral Ibérica. 

Espanha em greve geral dia 14 de Novembro, no mesmo dia da greve geral marcada para Portugal. A Greve Geral Ibérica será coincidente com a Jornada Europeia de Luta Contra as Medidas de Austeridade.

Segundo a imprensa espanhola, as duas maiores centrais sindicais do Estado Espanhol, Comisiones Obreras (CC.OO) e UGT, anunciarão oficialmente a greve geral amanhã (sexta-feira) pela manhã.

Segundo o El País, as centrais sindicais CC.OO e UGT aguardavam uma decisão da Confederação Europeia de Sindicatos (CES), presidida pelo líder das CC.OO, Fernández Toxo, que convocou, também para dia 14 de Novembro, a “primeira jornada de luta contra a austeridade na União Europeia”. 

Sendo provável que em Chipre e Malta haja na mesma data greves gerais, (a Grécia está agora em greve geral), nos restantes países europeus vão ser convocadas manifestações e concentrações, como forma de protestar contra as medidas de austeridade; “que estão a afundar a Europa na estagnação económica e a levar ao desmantelamento do modelo social europeu”, conforme afirma o comunicado da Confederação Europeia de Sindicatos.

Novembro, um mês quente na Europa.

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Hollande dirigiu-se a portugueses e espanhóis.

Hollande dirige-se aos portugueses. Out.2012


E há portugueses convencidos que estão a pagar caro, por haverem cometido o erro de terem vivido acima das suas possibilidades.” Campanhas…

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Silva Lopes presente na manifestação contra Merkel.

Silva Lopes contra Merkel.Out.2012

José da Silva Lopes, o economista português com a mais longa carreira técnica e política, na área da economia e finanças públicas, disse ontem que estará “presente nas manifestações quando estas visarem os políticos europeus, nomeadamente, a chanceler alemã Ângela Merkel”.

Antes de ontem a comissão Executiva da CGTP marcou um protesto (acção de rua) para o dia da visita de Ângela Merkel a Portugal - dia 12 de Novembro – dois dias antes da Greve Geral. 

A posição de Silva Lopes tem um importante significado político. Por ser quem é, e por colocar o protesto na dimensão europeia. 

Lembremos que o governo e os seus apoiantes têm em relação à Europa e às instâncias internacionais uma posição de obediência subserviente. Também boa parte dos críticos do governo vai na conversa do poder, de identificar os males nacionais como tendo origem em Sócrates e “termos vivido acima das nossas possibilidades”. Paul Krugman junta-lhe “os malefícios da dívida” para lhes chamar as lérias populares da Europa.

As ingenuidades analíticas anti-socráticas, que nos trouxeram aqui e dificultam ver a muitos a razão da crise, não são fáceis de contrariar, a campanha foi ao nível dos Pastorinhos de Fátima, é crença que terá peregrinos por muito tempo.

O que é fundamental nesta situação é saber se a classe média, atingida sobremaneira com as medidas do governo, está disposta a alterar a situação, juntando-se em massa aos protestos de rua, (hoje já ninguém diz que as manifestações não servem para nada).

A participação de Silva Lopes em demonstrações de protesto ajuda a ultrapassar algumas reticências, quer sectárias, quer classistas. É por isso uma boa notícia.

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terça-feira, 16 de outubro de 2012

A educação cara de Vítor Gaspar ao serviço de quê?

Cavaco Silva no Facebook. Out.2012

“A minha educação foi extraordinariamente cara. Portugal investiu na minha educação de forma muito generosa durante algumas décadas”, afirmou Vítor Gaspar na apresentação do Orçamento de Estado.

Curiosamente, fruto das suas medidas, muitos estudantes têm abandonado os estudos por falta de condições económicas ou bolsas de estudo. Adiante.

Consta que Vítor Gaspar estudou as mesmas matérias que Cavaco Silva; são aliás ambos vendidos na comunicação social como grandes especialistas na área das Finanças. (Nota-se…nos dois).

Por isso não se compreende outra afirmação de Vítor Gaspar na mesma conferência. Instado a comentar as declarações (na imagem) de Cavaco Silva disse; “ Confesso com algum embaraço que não estudei as afirmações, que têm vindo a ser reportadas, do Sr. Presidente, e não estou suficientemente preparado para lhe dar um comentário devidamente informado”.

É um embaraço para quem pagou a “educação extraordinariamente cara de Vítor Gaspar”. Precisa de muito estudo para perceber a mensagem de Cavaco Silva? Não lida todos os dias com a ponderação dos factores enunciados pelo Presidente? Ou não tem coragem para afirmar que pensa de maneira diferente?

Pensam diferente agora. Gaspar porque insiste no erro, Cavaco porque faz previsões no fim do jogo para não se enganar.

De qualquer forma esta diferença de pensamento conta na crise política existente. Gaspar está disposto a continuar a surpreender-se com a realidade, enquanto aqueles que o têm suportado começam a vê-lo insuportável. O outro partido da coligação, vários economistas que antes o apoiavam, barões e baronesas do PSD, autarcas do PSD assustados com o ciclone dos Açores, o presidente da República.

Vítor Gaspar não entregou um Orçamento, mas sim um testamento em forma de ultimato, ameaça como Luís XV com o dilúvio e tem a mala feita para ir embora. Está claro, ou é como o governo e os seus mandantes estrangeiros querem, ou não é.

Há aqui uma guerra que abrange todos os portugueses, participem ou não.

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Cerco a S.Bento – fotos.

Foto 1 Cerco a S.Bento. oclarinet Out.2012
Foto 2 Cerco a S.Bento.oclarinet.Out 2012foto 3 Cerco a S.Bento.oclarinet.Out.2012
No Cerco a S.Bento caíram grades…subiu-se um pouco.


foto4 Cerco a S.Bento.oclarinet.Out.2012Foto 5 Cerco a S.Bento.oclarinet.Out.2012


Mas a “Casa da Democracia” continuou longe…inacessível.




Foto 7. Cerco a S.Bento.oclarinet.Out.2012Foto 6 Cerco a S.Bento.oclarinet.Out.2012


                                                                                           O governo caiu mas ainda mexe - ligado por fios.



Por isso ocupa-se a rua. Até ir embora!

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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Orçamento de Estado para o governo ir embora.


Vitor Gaspar diz - dizia Vitor Gaspar.Out.2012Dizia Gaspar há 13 dias.


 
Vitor Gaspar volta a dizer o que dizia. Out.2012
Gaspar volta a dizer o que dizia.

 
O governo não alivia a carga fiscal. Afinal a consolidação orçamental é feita fundamentalmente através dos impostos; 4/5 na receita e 1/5 na despesa, contrariando  os propagados 2/3 na despesa e 1/3 na receita, constantes no memorando da troika. O governo português está alucinado.
 
E os cortes na despesa não são em gastos supérfluos do Estado mas são feitos à custa da redução das pensões, do despedimento de milhares de funcionários, da redução das prestações sociais, e mais cortes na Educação e na Saúde.
 
O governo insiste, apresenta um Orçamento para ir embora; impossível de aguentar, com os mesmos remédios, e que terá os mesmos efeitos perversos na economia portuguesa.
 
(em actualização)
 
Vamos ao Cerco a S.Bento.
                                               Fotos no próximo post

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domingo, 14 de outubro de 2012

Apoiar o Cerco ao Parlamento. 15 de Outubro.

Contestar o OE2013. Out.2012

Uma dezena e meia de organizações aderiram à proposta de “Cerco ao Parlamento”, marcado para amanhã dia 15 de Outubro, com início pelas 18.00H. 

Iniciativa da Plataforma 15 de Outubro e do Movimento Sem Emprego, “O Cerco ao Parlamento” irá contestar o Orçamento de Estado para 2013 e pedir a demissão do governo. 

Na manifestação de ontem também a CGTP pediu para que no dia 31 de Outubro os portugueses voltem a sair à rua.

Para essa data, dia da votação na generalidade do Orçamento de Estado para 2013, já a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (FCSAP), marcou uma manifestação, com concentração no Marquês de Pombal e com destino a Assembleia da República.

Ir a todas, até o governo, todo, ir embora.

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Pesto com amêndoas para congelar.

Folhas de manjericao. Out.2012

O molho Pesto é tradicionalmente feito com manjericão, alho, sal, azeite, queijo parmesão e pinhões. Cá faz-se com o que temos e não temos pinheiros mansos, (mesmo o pinhal de pinheiros bravos voltou a arder este ano). Como tenho algumas avelãs e amêndoas, já antes tinha experimentado substituir os pinhões por avelãs e agora fiz com amêndoas; funciona.
   Apanha do majericao.Out.2012
Tenho alguns pés de manjericão em vaso que vamos utilizando, ressemeei as sementes que deram e passados quinze dias retirei as plantas antigas. Com elas fiz algum Pesto para congelar.

   Preparar as amendoas. Out.2012Juntar alho.Out.2012            
 
Os ingredientes poderiam ser esmagados num almofariz, mas com amêndoas e para congelar, tritura-se. O azeite junto “a olho” e não leva queijo (juntam depois no prato). Querendo tirar a pele às amêndoas (não tiro) deixam-se por 5 minutos em água quente e esfrega-se com um pano. Sal a gosto.
 
 Depois de moer preparar para congelar. Out.2012Cortar depois de congelado e guardar.Out.2012










Para congelar, em vez de deitar o molho em cuvetes (passagem de odores no congelador) vão em caixas fechadas com aproximadamente um centímetro de altura de Pesto. Corta-se facilmente com uma faca depois de congelado e guardam-se os “cubos” novamente no congelador, em sacos, de onde se vão tirando os necessários e guardando o resto.

E ora, buon appetito.


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sábado, 13 de outubro de 2012

13 de Outubro. Praça da Figueira–Praça de Espanha.

Manif. Praa da Figueira.Out.2012
 
A Marcha Contra o Desemprego está em Lisboa.
 
A coluna do sul concentra-se no Cais do Sodré, às 15.45, e a do norte na Alameda D. Afonso Henriques, às 15.30. 

Convergem de cada um desses locais para a Praça da Figueira e prosseguem juntas, numa grande manifestação de alerta contra o flagelo social do desemprego que culminará na Assembleia da República, onde o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, proferirá uma intervenção. 

Arménio Carlos apresentará as propostas da CGTP-IN que se destinam ao equilíbrio das contas públicas e à promoção do crescimento e do emprego. (CGTP)

Do norte do sul - Praca da Figueira - Assembleia da Republica.Out.2012

Após o encerramento da Marcha Contra o Desemprego, em S.Bento, os participantes da Marcha e os manifestantes que os receberam em Lisboa, seguem para a Praça de Espanha, onde o Movimento “Que se lixe a troika” e dezenas de artistas promovem um segundo momento de protesto.

Sendo dois protestos com objectivos comuns, espera-se a participação da Marcha (os que ainda aguentarem depois de da jornada de 9 dias) na manifestação da Praça de Espanha, e, que o povo da grande Lisboa receba a Marcha contra o Desemprego na Praça da Figueira e a acompanhe à Assembleia da República. 

Participa!

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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

D.José Policarpo. A rua não resolve nada.

Patriarca contra manifestacoes.Out 2012

O Patriarca da Igreja católica, Sr. José Policarpo, tem Dom. O Dom de dizer que a sua igreja não deve intervir na política e ele não fazer outra coisa cada vez que lhe apontam um microfone.

Reaccionário como é, e nada criativo como é apanágio da função, repete repetidamente a ladainha. Desta vez deu-lhe para interpretar a Constituição, decerto lida na versão da Casa da Moeda, o que é um problema. Se fosse uma Constituição mais católica teria o articulado em salmos e não saltaria nenhum antes de o decorar.

O que é que foi que ele disse? Que “não se resolve nada contestando, vindo para grandes manifestações”.

“Sejamos objectivos e tenhamos esperança” disse, (o objectivo subjectivo da esperança, se ainda fosse - tenhamos objectivos e tenhamos esperança) “que há sinais positivos” (deve ser o Orçamento de Estado) “este sacrifício levará a resultados positivos não apenas para nós mas para a Europa” (deve ser aquela parte da Europa que tem guardas suíços à porta).

Depois pronunciou a «única coisa» que preocupa a Igreja (dele), disse: “A única coisa que neste momento é preocupante é uma democracia que se define constitucionalmente como uma democracia representativa, onde as soluções alternativas têm lugar próprio para serem apresentadas, e neste momento está na rua”.

Continuou; “ … e portanto, até que ponto é que nós construímos uma saúde democrática com a rua a dizer como é que se deve governar”.

Veio o general Eanes apelar à intervenção da “voz credível” da Igreja, vieram os bispos defender-se; garantindo que têm alertado “para que as medidas de austeridade poupem aqueles que já vivem em profunda austeridade”; depois vem sua eminência estragar a cena composta a preceito.

Tudo isto porque a composição da Constituição não está em salmos, e saltou ao Dom o articulado sobre liberdade de manifestação (nem lhe falem no direito à rebelião). 

Outra razão pode ser o receio da concorrência, já há marchas do norte e do sul que não vão para Fátima mas para a Praça da Figueira. Talvez seja preciso uma entidade reguladora das marchas, das que procuram milagres e das que lutam pelos seus direitos.

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Sair do Euro. Orçamento de Estado 2013.

oclarinet.Que se lixe a troika e o euro.Out.2012

Com o nível de empobrecimento actual e o previsto para 2013 e 2014, aos portugueses convém-lhes continuar no “Euro”? Essa conta é tão importante de fazer, como saber o que fica em cada casa depois do governo levar o que quer.

O agravamento dos impostos, agora e em 2013, terá um efeito arrasador na economia e nas famílias. Ou é o último prego no caixão do governo ou a classe média portuguesa está bem para o Passos Coelho que inventou.

Promoveu-se a “fuga” do conteúdo do OE de 2013 para ajudar a propaganda PSD. Não serve de nada. O “professor Marcelo” consegue dizer na televisão que o IRS aumenta menos que o previsto, fala-se em recuo no IMI, quando só há adiamento, fazem-se títulos dizendo que são menos os despedidos na função pública quando são os mesmos que foram anunciados. Não serve de nada.

A recessão vai ser superior ao vaticinado para 2013, e em 2014 temos de reduzir o défice de 4,5 para 2,5%. Ninguém acredita em tal.

A entrevista de ontem, de Bagão Félix à SIC (mal relatada nos jornais), para além da conversa política secundária, realçou a relação do aumento das taxas com a quebra de receita, o que todos perceberam excepto os modelos de Gaspar. Insistir na mesma fórmula para 2013, e já depois da Comissão Europeia alertar para o risco do aumento de impostos, é impensável. 

Mas Bagão Félix confirmou um elemento, do qual não há percepção pública, perguntado sobre a saída de Portugal do “Euro”, disse não concordar, mas foi adiantando que existem casos, como alguns funcionários públicos de vencimentos médios, que já tiveram quebras de rendimento na ordem dos 40%. “Ora”, disse, “nunca houve uma desvalorização cambial de tal valor”. 

Sair do “Euro” tem custos que têm sido apresentados para desencorajar a ideia; falou-se em desvalorizações de 30,40,50% (lá estamos a chegar), em não haver empréstimos e outros dramas, (discutíveis). O melhor é fazer contas à situação de quebra de rendimento de cada um e às vantagens de escolhermos o próprio caminho.

Pessoalmente, não tenho nada a perder com a saída de Portugal do “Euro”, os empresários obrigados a encerrar portas não têm nada a perder, os que já não recebem subsídios pelo desemprego não têm nada a perder, os obrigados a emigrar não têm nada a perder, e mais chegarão à conclusão que nada têm a perder. 

Com a actual “arquitectura” do “Euro”, que se lixe a troika é pouco, para os portugueses que nada têm a perder, que se lixe o “Euro”. 

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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Setúbal. Marcha Contra o Desemprego, fotos.

oclarinet - Setubal - Marcha Contra o Desemprego 1. Out 2012
oclarinet. Marcha Contra o Desemprego 2. Out 2012

A Marcha Contra o Desemprego (coluna sul) concentrou-se esta manhã na Praça do Bocage em Setúbal, seguindo de tarde para Pinhal Novo, onde pelas 18.00h, haverá uma nova Tribuna Pública.

Amanhã: Moita, Alhos Vedros, Barreiro, Seixal, Almada.

oclarinet. Marcha Contra o Desemprego 3. Out 2012

oclarinet. Marcha Contra o Desemprego 5. Out 2012




oclarinet.Marcha Contra o Desemprego 4. Out 2012
oclarinet. Marcha Contra o Desemprego 6.Out 2012
A LISBOA
oclarinet. Marcha Contra o Desemprego 7. Out 2012oclarinet. Marcha Contra o Desemprego 8. Out 2012











Sábado dia 13 de Outubro, encerramento da marcha com concentração final das colunas Norte e Sul na Praça da Figueira, em Lisboa.

PARTICIPA - DIVULGA.

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