sábado, 30 de novembro de 2013

Espanha. Protestos contra Lei do Medo.

Cidadãos do Estado Espanhol contra lei do medo.Nov.2013

Centenas de pessoas saíram às ruas de Madrid em defesa da livre expressão; protestam contra um projecto de lei aprovado pelo governo Rajoy, a chamada “Lei da Segurança Cidadã”.

A lei, já denominada pelos movimentos sociais e pela oposição como “lei mordaça” ou “lei do medo”, prevê multas pesadas para “crimes” tão abstractos como “ofender Espanha”, ou indefinidos, como “actos de obstrução” exercidos sobre autoridades policiais ou entidades públicas e oficiais.

Filmar polícias ou tapar a própria cara são infrações punidas com gravidade, assim como injuriar ou desobedecer à polícia; no fundo qualquer autoridade que se sinta constrangida ou simplesmente incomodada pode deter e incriminar um manifestante.

Manifestações não comunicadas junto de espaços “sensíveis” como o Parlamento ou os ministérios serão consideradas infracções graves. Uma lei destas em Portugal levaria as manifestações sindicais desta semana a sujeitarem-se a uma multa até 30.000 euros. 

A livre expressão do protesto cidadão está gravemente em causa no Estado Espanhol. Quando a repressão se abate sobre as demonstrações pacíficas de protesto, está legitimada a desobediência civil. 

Quando a repressão cresce e é sobre quem trabalha ou quer trabalhar, os trabalhadores têm justificação para criar novas formas de resistência, de se defenderem da violência do Estado.

Portugal primeiro, o Estado Espanhol depois, caminharam há quatro décadas para uma democracia que libertou a península dos fascismos; agora surgem sinais de que essa ideologia, da direita extremista, esteve dissimulada e volta a meter a cabeça de fora.

Corta-se?

Para ver últimos posts clicar em – página inicial








quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Alemanha baixa idade de reforma e aumenta salários.

Acordo SPD - CDU.Nov.2013

Para convencer o SPD a aliar-se a um governo de direita, a CDU aceitou como condições adoptar o salário mínimo, reduzir a idade da reforma para alguns casos, e aceitar a dupla nacionalidade.

O salário mínimo irá ser de 8,5 euros/hora a partir de 2015 e a pensão correspondente ao nosso Rendimento Social de Inserção, será de 850 euros; cá ficamos pelos 178 euros (e quinze cêntimos) e são agora menos os abrangidos. Está ainda previsto o aumento das pensões para mães de filhos nascidos antes de 1992 e o aumento dos salários mais baixos.

A idade da reforma baixa, para quem tiver 45 anos de descontos, dos 67 anos actuais, para 63 anos. Por cá sobe…

O que as notícias não dizem são as repercussões nos ordenados dos emigrantes. A falta de mão-de-obra qualificada na Alemanha, e a crise de emprego em países de fora e de dentro da União Europeia, tem levado à “requisição” de trabalhadores estrangeiros, cujos salários têm sido reduzidos. 

O ano passado, o governo alemão impôs às empresas empregadoras de trabalhadores qualificados de fora da Europa, um corte para cerca de metade nos salários. Já havia, portanto, um salário mínimo (anual e a ser reduzido) para emigrantes qualificados. Esse serve para baixar salários, o agora acordado vai servir para subir o poder de compra de 5,6 milhões de alemães. 

Coisas do Euro…

Post Scriptum.  - Nem de propósito, o que aqui se escreveu ontem e as notícias de hoje:

No próximo ano, a idade da reforma sobe para os 66 anos e, apesar de o relatório do Orçamento do Estado (OE) indiciar o contrário, este requisito deverá manter-se em 2015. Só a partir de 2016 a idade de acesso à pensão aumenta progressivamente, até chegar aos 67 anos em 2029. As estimativas são do Governo (...)

Consta que isto está num documento deste governo  que vai ser discutido "com os parceiros sociais na próxima segunda -feira". Em Portugal a idade de reforma sobe na Alemanha desce. Este governo não vai decidir hoje o futuro das próximas décadas, vamos voltar a discutir este assunto com outra ponderação e outros personagens.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial






terça-feira, 26 de novembro de 2013

Manifestação 26 Nov. Marca 19 de Dezembro.

Foto1- Manif.S.Bento rejeita Orç. de Estado 2014.Nov.2013

Este ano já fui mais vezes a São Bento, em manifestação, que à minha terra transmontana. As razões ligam-se, é mais caro e tenho menos dinheiro para me deslocar e é também essa penúria que me carrega para a correnteza das manifestações. 

Lá marcham iguais, por motivos semelhantes. Não são os mesmos, são mais. Nota-se o desacostumado das andanças de rua contra qualquer coisa, observam-se principiantes de muita idade, gente surpreendida mas não assustada, ora alegre ora irritada, lançando acusações aos sem vergonha da governação.

Ladrão, gatuno e muito calão se grita. “Eu salvei o BPN quem me vai salvar a mim?” Veio na frente e de táxi, muitos táxis, enfileirados e irados com o aumento do pagamento especial por conta.

 “É preciso é urgente correr com esta gente”! “Fartos de aldrabões, queremos eleições!”E contam-se histórias de vida, de falta de vida, enquanto se aguardam os discursos. A CGTP através de Arménio Carlos falou, está nos jornais, passa nas televisões, ao vivo sentiu-se.

O que se sente nos presentes, é que vão estar na rua até o governo ir para a rua.
Vão estar nos locais de trabalho, frente aos ministérios ou nas galerias da Assembleia da República a baterem-se pela dignidade de quem trabalha, de quem trabalhou toda a vida e de quem não tem trabalho.

O Dia de Protesto e Luta foi o dia da Rejeição do Orçamento para 2014  - na Rua.

Tem continuação: Concentração-vigília junto à presidência -  19 DEZ. Nov.2013 
Para ver últimos posts clicar em – página inicial







segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Eleições primárias abertas, Louçã e os outros.

Luigi Bersani. Nov.2013

Rui Tavares volta hoje a abordar as primárias abertas, afirma que Francisco Louçã distorceu completamente a ideia, dizendo que alguém queria impor uma lei aos partidos”. De facto, Louçã baralhou as primárias que já existem no PS, PSD e CDS, com as primárias abertas que nunca por cá houve; juntou ainda direitos constitucionais, dos militantes partidários, e medos vários.

Os militantes dos partidos decidem quem os representa, directamente ou por interposto órgão, como um congresso; mas também decidem de que forma querem que ocorra a eleição desses representantes. Alargar os votantes aos seus simpatizantes declarados, que é o que são directas abertas, não é populismo. Se um partido decide ter primárias abertas é uma decisão democrática.

Nas organizações, onde quem discorda da táctica política do momento, ou sai ou é corrido, ou ainda onde os órgãos dirigentes e intermédios são fruto de nomeações ou cooptações, a democracia é muito menor.

Que não se defenda primárias abertas no próprio partido, é normal; que se recusem nos partidos dos outros, tem de ter razões. Por exemplo, acontecer a maioria absoluta do PS, como aconteceu em França e na Itália. Apesar disso, António José Seguro disse há dois anos sobre o assunto, “gosto muito dos militantes do meu partido”. Percebem-se ambos, Louçã e Seguro.

O BE tem o problema de ser um partido de protesto e minguar agora, quando crescem os protestos, defende-se. O LIVRE tem a vantagem breve de não ter militantes, e as eleições abertas serem uma enorme rede de pesca. Já o PS está em espera, (nas eleições abertas), a proposta existe em carta, António Costa defende-a mas não para já, pelo que Seguro está seguro.

Uma última palavra para o barulho que Louçã fez sobre os eleitores de uns partidos votarem noutros por batota, jogos financeiros clandestinos, o eleito não poder ser escrutinado, etc. Eleições com primárias abertas tivemos há pouco em França e em Itália, não consta nada disso.

Em Itália, nas últimas eleições partidárias que já tiveram evoluções, Luigi Bersani ganhou a Matteo Renzi (que possui grandes meios publicitários mas perdeu) na última das duas voltas de eleições abertas. Bersani não conseguiu impor a sua segunda escolha, Romano Prodi, para presidente, demitiu-se de todos os cargos. Foi substituído no governo pelo Nº 2 do Partido Democrático, Enrico Letta, e no partido foi eleito em assembleia do PD para secretário-geral o ex-líder sindicalista da CGIL, Guglielmo Epifani, até ao próximo congresso. 

O que se passou de estranho? Onde está o populismo? Se há problemas com as eleições directas abertas, não são de democraticidade. 

 Para ver últimos posts clicar em – página inicial








domingo, 24 de novembro de 2013

A esquerda e o populismo.

Indignação Protesto e Luta. Nov.2013

A primeira coisa que fiz hoje enquanto lia os jornais online, foi partilhar no Facebook o artigo de Jorge Almeida Fernandes (JAF), “A esquerda sem povo”. Continua por lá a ser partilhado o que significa que o “divórcio entre a esquerda e as classes populares” é assunto que interessa.

As crises do capitalismo colocaram sempre em crise as forças políticas do sistema, anti-sistema ou pela reforma do sistema. A capacidade do capitalismo se regenerar, aproveitando as contradições políticas das organizações partidárias e de classe, tem sido comprovada. O que agora parece relevante é a hegemonia política não ser fruto da supremacia de um grupo social. 

O exemplo de JAF no artigo do Público sobre os 40% de operários a votar na Frente Nacional, de Marine Le Pen, não é muito preocupante, já nos anos 60, segundo o sociólogo Michel Simon, 31% dos operários inscritos votavam na direita (43% à esquerda) e havia Partido Comunista. Operários e outros assalariados votam de maneira semelhante, em França.

O alarme do crescimento populista deve-se mais aos novos meios ao dispor do marketing político, à captura pelos populistas das bandeiras sociais descuradas pela esquerda, e à incapacidade das esquerdas falarem de forma que se entendam e com projecto opcional popular. É um problema da utilidade da acção política.

A incompetência das sociais-democracias, dos partidos da Internacional Socialista, em afirmarem um projecto alternativo à política anti-popular dominante na Europa, poderia levar à afirmação da esquerda anti-capitalista.

Acontece que à esquerda das sociais-democracias, na maioria dos casos, os valores históricos, económico-sociais e da natureza do poder político, são substituídos por objectivos fracturantes cuja importância não se renega, mas que não preenchem as necessidades prioritárias das “classes populares”. 

Em Portugal, acresce a canga do PREC, com as polémicas de quase 50 anos com o PCP e os múltiplos criadores do Partido Comunista “verdadeiramente revolucionário”, sem o qual (como se viu no 25 de Novembro de 1975) nada pode ser feito para alterar a essência do poder, ou sequer para fazer frente a um golpe de Estado. 

 Por golpes de Estado; falo do de 1975 e falo do que agora está em curso.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial








sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Cresce a resistência à violência pré-ditadura.

Resistência ao ataque.Nov.2013

Os vitoriosos do golpe de 25 de Novembro estão a ser vencidos pela direita revolucionária de Passos Coelho, protegida por Cavaco Silva. A reunião da Aula Magna foi de anti-fascistas, um reencontro histórico inevitável perante a vantagem que a direita mais reaccionária conseguiu obter na sociedade portuguesa.

Mário Soares disse que Cavaco Silva «Está longe de ser o Presidente de todos os portugueses, sendo odiado e vaiado pela grande maioria dos portugueses, que estão a viver terrivelmente. Por isso, tem medo de sair à rua e medo de falar». É patente o isolamento popular do poder político mas também é manifesta a sua capacidade de governar contra os interesses da maioria.

Nesta situação, a resposta dos democratas só pode ser de radicalização de posições, oposição fraca como a de Francisco Assis apenas abrem terreno para o regresso de uma ditadura. Há no Partido Socialista quem contrarie o colaboracionismo com o governo, de jovens quadros ao histórico fundador, o que não é secundário.

É significativo que seja Mário Soares a fazer o discurso mais tumultuoso da oposição portuguesa, afirmou; “É por isso que digo, o Presidente e o Governo devem demitir-se, enquanto podem ainda ir para suas casas pelo seu pé. Caso contrário, serão responsáveis pela onda de violência que também os atingirá”.

Qualitativamente, Soares abrevia tempos da radicalização; eminente, sentida mas não expressa. É uma ameaça? Uma constatação? Pouco interessa. A resistência não segue os termos clássicos de ir subindo com a degradação das vidas do colectivo, estamos a encher rapidamente e prestes a explodir, é essa afinal a história dos “brandos costumes” à portuguesa.

O simbólico conta muito. A manifestação das forças de segurança é singular e demonstra o isolamento e falta de autoridade do governo. Os polícias disseram-nos como é fácil subir as escadarias da Assembleia da República, basta ter uma cunha no lado de lá. No fundo, os polícias em manifestação e os polícias de serviço manifestaram-se em conjunto. Todos têm os mesmos problemas. 

 O que coloca um problema ao governo e a Cavaco Silva, quem vai em seu socorro se isto vai para o torto? Francisco Assis? Ou o já habitual helicóptero?

Para ver últimos posts clicar em – página inicial.







quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Mário Soares irrequieto incomoda muita gente.

Desafios de Mário Soares. Nov. 2013Quem tem medo, hoje, de Mário Soares?

Uma Conferência “Em defesa da Constituição, da Democracia e do Estado Social”, como a que hoje se realiza na Aula Magna, é caso para celeuma? A iniciativa é de Mário Soares mas tem o apoio de sectores que vão da CGTP a individualidades da direita política - com a Constituição no tabuleiro das convergências.

A defesa da Constituição e das Funções Sociais do Estado são dois pontos que agregam as esquerdas e parte da direita não extremista. Mário Soares consegue juntar essas vontades, numa sala ou através de mensagens à Conferência. É por isso útil na liça contra a ofensiva nacional e internacional ao nosso Estado de Direito, à Independência Nacional e às conquistas de Abril.

Mário Soares diz que Cavaco Silva é parcial. “É preciso que o Presidente da República cumpra o juramento de cumprir e fazer cumprir a Constituição, senão é Presidente de uma minoria”, disse Soares ao Público. Quantos portugueses têm dito e escrito o mesmo? Soares pede que Cavaco se demita; são também muitos a manifestarem-se por isso.

O que agitará os críticos da Conferência é a capacidade de Mário Soares em impor-se na agenda da comunicação social. Mário Soares é irrequieto e isso incomoda muita gente, eu amolo-me por Cavaco estar imóvel e inamovível.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial




quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Função Pública e aposentados roubados no subsídio.

Mais de descontos do que recebem. Nov 2013
  Recibo das pensões tem 15 parcelas de descontos

Trabalhadores e pensionistas do sector público estão a receber o subsídio de férias que não foi pago em Junho (a parte em falta ou a totalidade conforme os montantes) e estão a ter uma desagradável surpresa. 

Foram-lhes feitos descontos que não estavam à espera, 15 parcelas entre IRS, ADSE e Contribuição Extraordinária de Solidariedade, em valores muito altos.

O jornal Público diz que os “pensionistas podem perder mais de 45% e função pública 35%”. Rosário Gama presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe) disse na SIC que “há casos de pessoas que têm mais de descontos do que aquilo que recebem” e deu como exemplo um email que recebeu, onde a um vencimento de 2.383 euros foram retirados cerca de 1.600 euros. “As pessoas ficam assustadas”.

Para Rosário Gama; “O 14º mês que foi devolvido pelo Tribunal Constitucional está a ser retirado neste momento pelo governo, com estes acertos todos”. De facto, “andaram a arranjar uma maneira – escandalosa - de nos retirar o dinheiro que nos é devido”, diz a dirigente associativa.

A lei da convergência entre as pensões é outra preocupação dos aposentados que querem ver o presidente da República a enviá-la para o Tribunal Constitucional. “Se ela for para a frente então o saque ainda vai ser maior” disse Rosário Gama da APRe, que quer esclarecimentos da Caixa Geral de Aposentações e vai pedir a intervenção do Provedor de Justiça.

PS: Amanhã, na Antena 1, pelas 10.00 horas, a jornalista Maria Flor Pedroso entrevista Rosário Gama.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial








terça-feira, 19 de novembro de 2013

Há bloquistas a perder a cabeça com o Partido Livre.

campanhas negras .Nov.2013

A imagem em cima apareceu no Facebook colocada por “J.A.” que, segundo diz, já foi deputado municipal pelo Bloco de Esquerda (BE). Acompanha a dita o seguinte texto; «Este oportunista tem preferências algo estranhas. Desde o interesse do pasquim “povo livre” ao charuto/estilo que ninguém conhecia. Um puto mimado que faz política de circo com a pretensa criação de um partido “no centro da esquerda”».

Um aparte para contar que uma militante do BE diz nos comentários que Rui Tavares nunca fumou, mas fica a censura comportamental a lembrar a anedota alentejana; do compadre que surpreende a mulher com outro na cama e lhe diz – “um dia destes ainda te apanho a fumar”.

Ao post seguem-se os “cliques de gosto” habituais e logo alguns “amigos do Facebook” poem em dúvida a autenticidade da imagem. Depois alguém prova que é falsa, Rui Tavares não deu qualquer entrevista ao Povo Livre. Há quem reclame pelo “embuste”, a que “J.A.” responde “o principal embuste é ele! Desonesto!” e parte-se para a discussão que interessa, a do carácter.

A do carácter de quem tem estômago para usar estes métodos fascitóides, das fotomontagens com o fim da destruição do carácter alheio, as campanhas negras de maledicência (ad hominem) perante a incapacidade de encetar uma crítica política.

Há bloquistas a perder a cabeça com o Partido Livre ou há bloquistas que não têm cabeça para fazer política seja onde for?

Pessoas bem formadas, ainda pediram para retirar o post, mas “J.A.” respondeu “pelo desprezo que me merece não mexo uma palha”.

É pelo desprezo que me merecem os “Jota Ás” que faço este post. 

Para ver últimos posts clicar em - página inicial






domingo, 17 de novembro de 2013

Livre. O partido lançado por Rui Tavares

Mais um partido para o meio.Nov.2013

Rui Tavares, o deputado europeu eleito pelo Bloco de Esquerda, cujo grupo deixou, dizia no seu blogue no início deste mês; “é preciso lembrar que «mais europa» não significa nada, e «adeus europa» também não significa nada. 

 A esta frase que (assim) não significa nada, Rui Tavares juntou justiça, liberdade, democracia, desenvolvimento, solidariedade (para a Europa e para Portugal) que significando o que se sabe, também se sabe não ser uma originalidade, da esquerda ou da direita.

Na apresentação do novo partido, Rui Tavares lá esclareceu que está “no meio da esquerda” onde há um “défice de representação”. Portanto, esquerda-baixa a recolher os restos dos eleitores casuais do PS e do Bloco de Esquerda (BE) mais alguns nulos e abstenções.

Esse espaço eleitoral existe, quer à esquerda quer à direita do PS e também no sector mais moderado do BE. Do PS saem ou entram conforme a necessidade do voto útil, do BE desaparecem por indefinição, por incapacidade organizativa e também por opção política da orientação do partido.

O “nicho de mercado” do Partido Livre é muito concorrencial, águas onde todos pescam. Será mais um partido só para eleições, sem implantação? 

 De qualquer maneira não parece negativo para o sector do centro-esquerda – esquerda. Vai esquartejar alguns membros, ou braços, ou dedos, ou só umas falanges, partindo do anunciado que está pronto a devolvê-los em acordos de “convergências várias”.

A reacção a essas convergências por parte dos “descontentes” que conquistou será o busílis da fixação do eleitorado e do futuro do partido. Já vimos isto.

Mais um partido europeísta e não aparece uma organização que represente a maioria dos portugueses que são críticos desta União Europeia e do Euro.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial








sábado, 16 de novembro de 2013

Amadora. Parque da BD – Maurício – A Turma da Mónica.

Amadora - Parque Mauricio - Turma da Mónica. Nov.2013

Para quem tem pequenos, aproveite o sol e passe um tempo ao ar livre na presença dos bonecos do Maurício. 

Inaugurou-se hoje o Parque da BD na Amadora. São perto de 4 mil metros com ruas, relvados e equipamentos de diversão. O ambiente é o da banda desenhada do cartoonista brasileiro Maurício de Sousa, que esteve associado ao processo de criação do espaço. Bonito, seguro, ecológico.

Para os mais velhos lembrarem as histórias de Maurício e para os mais novos conviverem com os seus bonecos e aventuras.

Onde fica? Amadora/Falagueira, na zona da antiga “Fábrica da Cultura”, onde antes se realizava o Festival Internacional da Banda Desenhada (que agora é na Brandoa). Entrada grátis, todos os dias das 9 às 18 horas.

Aproveitar antes que o frio aperte.

Cartonista Mauricio de Sousa. Nov.2013 

Para ver últimos posts clicar em – página inicial






sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A poiada sem Poiares.

O fim da poiada.Nov.2013

O ministro Poiares cancelou a sua leitura de textos de César Monteiro.

- Vai ler o Patinhas que te produziu! Terão pedido, com outros eficazes modos, homens e mulheres de artes feitas…e Poiares, se não foi para essa banda, também não vai ao Casino Estoril jogar política na contra-política de João César Monteiro.

A poiada festivaleira continua, patinada por actores secundários, porque o espectáculo não pode parar. Nem a morte pára a encenação nem o fim dos feriados impede que se respeite os mortos (quando se respeitam), apenas muda a representação.

O poder, da cultura só vê palco que possa usar. Este poder, à cultura só reparou em verbas para cortar; 20 milhões a menos inscritos no Orçamento para 2014.

Precisamente o imposto de selo que o Estado saca do 1º prémio do Euromilhões de hoje, se o prémio ficar por cá. Uma receita extraordinária.

É extraordinário o que se pode fazer com essa receita, tal como é inadmissível o que se deixa de fazer, pelo corte dessa quantia na cultura.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial






quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Já não há paciência para o FMI, nem para a esquerda.

O FMI tem de deixar de mandar aqui.Nov.2013

Numa altura em que alguma “actividade” da esquerda é andar pelas redes sociais a discutir a discussão, a comparar umbigos e a perfeição das suas capelinhas, o FMI vem lembrar que a hora é de fazer contas e não de preleccionar sobre a melhor forma de aprender a tabuada.

O inimigo tem destas coisas, existe e gosta de aparecer, mesmo nas alturas em que pelejam vaidades disfarçadas de debates marxistas, com partidões e partidinhos, ultraminoritários e sócios moços do Benfica - herdeiros dos golos do Eusébio.

Já não há pachorra para ver o estudantariado e a doutorança a relatar desafios a que nunca assistiram, ou, o que é costumeiro, de ver gente jovem formada em história a não acertar nem com a formação de uma equipa que jogou uns anos antes de terem nascido. Acontece sobre o PREC, os SUV, a FUR, o PCP, o PRP, a piada da Guerra Civil; uma época que alguém resolveu embutir no panorama actual, dividindo a resistência de hoje ao novo-fascismo em desenvolvimento.

Como a maioria dos protagonistas do período revolucionário pós 25 de Abril estão vivos, devia haver uma certa contenção, em contar histórias da carochinha. Não há. Já o professor Hermano Saraiva dizia, que estava farto de ver em livros de história, coisas a que ele assistiu contadas de forma absolutamente falsa. Também eu, professor, também eu.

Bom. O tema era o FMI, mas não tenho vagar para recapitulações. Também, quem ainda não percebeu o papel do relatório encomendado ao FMI, não vai lá com mais uma explicação.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial





quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Durão Barroso, o servente mole da Alemanha.

Euro moeda alemã.Nov.2013

Gostaríamos de ter mais Alemanhas na Europa:” Disse Durão Barroso; gostamos de ter durões macios como Barroso na Europa, dirão os alemães.

Achei que Barroso seria um naperon das jarras alemãs quando foi eleito em 2004, é mais um fofo capacho. As declarações medricas do presidente da Comissão Europeia sobre a investigação ao excedente externo da Alemanha, significam um grau de subserviência constrangedor.

Se os 7% do PIB nos últimos três anos, de excedentes externos alemães, está acima dos 6% considerados potencialmente problemáticos para a zona euro, obrigando por isso Bruxelas a analisar as causas (cito do Público). Por que razão o presidente da Comissão anuncia a abertura da investigação à Alemanha, com mil desculpas pelo incómodo?

Quando as regras comunitárias se aplicam aos países mais fracos, temos um Durão Barroso inflexível e ameaçador, quando é aos fortes o presidente da Comissão adopta a postura rastejante. 

A decisão “Não deve ser entendida como um desacordo da Europa relativamente à competitividade da economia alemã” diz a Comissão; pois não, é ao efeito que tem na valorização da moeda comum e por consequência na economia dos países em crise.

Enquanto por aqui temos problemas em exportar mais, por causa do alto valor do euro, e temos um desemprego atroz, a Alemanha desnata os países do sul de quadros e consegue manter uma taxa de desemprego que é menos de metade da média da Zona Euro; A mais baixa desde 1991.

Durão Barroso. Não há desequilíbrio? A Alemanha só tratou de si, da sua nova moeda, o euro, e da sua prosperidade. Como podemos ser competitivos, nesta Zona Euro, com esta Alemanha, com esta União Europeia, com esta moeda? 

 Para ver últimos posts clicar em – página inicial







terça-feira, 12 de novembro de 2013

Há dinheiro público para o Negócio dos Colégios.

cheque- ensino público Negócio Privado.Nov.2013

Livre escolha dos colégios em selecionar os alunos pagos pelo Orçamento de Estado, continua com o cheque ensino. Essa é a verdadeira livre escolha, mascarada com a “livre escolha das famílias” em matricularem os seus filhos no privado. Se em escolas com contrato de associação a triagem dos alunos já acontece, com os colégios é a norma.

Ministério dá 19,4 milhões a famílias que querem filhos no privado segundo o documento disponível no site da Assembleia da República.

Cortes no ensino público inclusivo e transferências para o ensino privado elitista é a política deste ministério de Nuno Crato (de Passos Coelho e de Paulo Portas). Nem vale a pena discutir o tema, isto dura enquanto durar este governo.

Mas não deixa de ser insólito. Quando há dinheiro público para o negócio dos colégios privados, é notícia que há serviços públicos com dificuldades em pagar salários e subsídios, e, até se sugere não pagar a fornecedores do Estado, para pagar esses vencimentos.

Há assim umas empresas fornecedoras do Estado que ficam em espera, enquanto os patrões dos colégios já têm um bolo de 19,4 milhões aprovisionados para o seu negócio.

Quando a Educação não era encarada como mercadoria este tráfico não acontecia; o dos educandos e o das empresas que servem a ideologia do governo.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial






segunda-feira, 11 de novembro de 2013

12 Nov. – Militares junto à Assembleia da República.

Concentração São bento - Associação Nacional de Sargentos. Nov 2013

Um ano depois da família militar ter mostrado um cartão vermelho ao governo, na
marcha entre a Praça do Município e os Restauradores, os militares voltam às ruas, amanhã, numa concentração no jardim de São Bento.

A convocatória, aqui mencionada, de 14 de Outubro, é da Associação Nacional de Sargentos, que representa cerca de 4.500 militares. 

A concentração junto à Assembleia da República, pelas 18.30H, vai protestar contra a desvalorização da condição militar os cortes orçamentais e o desmantelamento das Forças Armadas.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial



domingo, 10 de novembro de 2013

Paul de Grauwe também se engana. Que Comissão Europeia?

Júri troiko a caminho da passarela. Nov.2013

Interessante imagem do professor Paul de Grauwe; “Portugal errou ao querer ganhar o concurso de beleza da austeridade”. Tem sido assim, um país governado por betinhos perigosos sob o olhar inerte de Belém.

Recomendando a leitura do artigo de hoje, do Público; só não se entende o que o economista quer dizer com, “Vocês têm influência na Comissão Europeia, mas não a usam”. Refere-se decerto ao presidente da Comissão, Durão Barroso.

Ora, Durão Barroso tem sido bastante usado pelo governo de Passos/Portas e por Cavaco Silva, precisamente para vender o que chamou “concurso de beleza” e nós por cá designamos por, “fazer o papel do bom aluno”. A Comissão Europeia e Barroso são co-autores e cúmplices do erro português.

Já tínhamos citado Paul de Grauwe em fevereiro do ano passado, (clicar aqui) quando ele afirmou que “ são os portugueses que estão a pagar aos alemães”; numa altura em que Passos tratava os seus compatriotas por piegas e o secretário da troika, Carlos Moedas, escrevia no Wall Street Journal que Portugal “estava a vencer ventos contrários”.

Os ventos continuam contrários e estamos longe de vencê-los, sopram do governo português, de Belém, de Bruxelas, de Berlim e de mais umas capitais do capitalismo financeiro. 

A voz de Paul Grauwe e tantos outros com os mesmos alertas é bem-vinda.

Estamos num remoinho danado.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial






E viva o Benfica.

Futebol. Nov.2013

Os estádios no combate à depressão.


Para ver últimos posts clicar em – página inicial

sábado, 9 de novembro de 2013

Todos precisam de mais escola, até o governo.

O resultado da treta dos rankings. Nov. 2013

Escolas públicas aquém do esperado. Descobriu-se novamente a pólvora, o contexto social e o ambiente escolar têm influência no aproveitamento dos alunos; que novidade. O pior é levarem a sério os rankings, para além do que expressam sobre a política educativa do governo. Se as consequências da actual política são piores resultados médios no país, a solução é mudar os obreiros dessa política, pois de nada serve pedir-lhes para mudarem de política. A essa disciplina passámos todos.

Quanto mais depressa se mudarem os protagonistas da governação, menos estragos fazem na Escola Pública inclusiva e menos negócios privados são pagos com o dinheiro dos contribuintes. Os ricos, já que não pagam a crise, paguem ao menos a escola dos seus filhos.

No entanto, dá-se excessiva importância à disponibilidade dos pais para ajudarem os filhos, pela minha experiência é mais importante o ambiente escolar e nele a qualidade do ensino/professores. Os pais queixavam-se esta semana de não perceberem a nova “matemática avançada” para acompanharem os miúdos.

Façamos um teste: Os portugueses, com mais ou menos escola, acreditam que vamos cumprir com o Tratado Europeu de Estabilidade (por isso não há mais instabilidade); são contas simples, usando “matemática atrasada”, eis o problema: 

Para cumprir com o “Pacto”, Portugal tem de ter um défice de 0,2% do PIB em 2017. Em 2011 “tínhamos” um défice de 9,8 e em 3 anos reduziu-se (com o esforço conhecido) para 5,9 (média de redução 1,3 por ano); Pergunta intermédia, o que é preciso para deixar de ter défice até 2017? Resposta intermédia, reduzir o défice a uma média de 1,4 ao ano! Pergunta final, sabendo-se como se reduziu para 5,9 o que é necessário para cumprir o Tratado? Vai ser possível?

Se não sabe, (isto) vai ter dificuldade em ensinar. 

Já agora, antes de matricular o seu filho num colégio do alto do ranking pergunte lá a resposta para esta equação.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial







sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Dificuldade do Estado em pagar salários? Em escudos?

Não há euros imprime-se escudos.Nov.2013

A mesma campanha que serviu para chamar a troika, está em campo para continuar com a troika, em versão “cautelar”.

Serviços públicos com dificuldade em pagar salários e subsídios; lê-se. A intenção do governo ao não provisionar verbas aos serviços públicos para pagamento ao seu pessoal, é incutir medo nos funcionários públicos e restante população, o mesmo medo que fez a opinião pública admitir a intromissão da troika na governação do nosso país. 

“Sem a troika não há dinheiro para salários”, diziam. Com ela e 15 mil milhões de cortes depois, continua a não haver dinheiro. Depois de descapitalizarem empresas e famílias, destruindo a economia e empobrecendo a população; depois de obrigarem a juventude a emigrar e a abandonar a escola, os velhos a definhar, e a maioria à infelicidade de não ver futuro, não há dinheiro para pagar salários nos serviços públicos?

Pior. Sugere-se atrasar os pagamentos aos fornecedores do Estado para com essas “poupanças” pagar vencimentos e subsídios, ou seja, fechar mais algumas empresas. Asneiras atrás de asneiras.

Mas há campanhas que são contraproducentes, o medo pode fazer perder a paciência, a falta de euros que a tutela estrangeira garantiria, promove a discussão sobre as vantagens e benefícios do Euro e de Portugal continuar nesta Zona Euro. 

Dois terços dos portugueses estão contra o euro, muitos já sentem mais desvalorização do que se tivéssemos regressado ao escudo. Centenas de milhares de portugueses preferiam ter escudos e trabalho, do que estar no desemprego a viver sem euros (sem dinheiro algum) ou de esmolas.

O que acontecia se Portugal saísse da Zona Euro? Haveria dinheiro para salários nos serviços públicos? Clicar aqui. 

Para ver últimos posts clicar em – página inicial








quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O embuste da taxa de desemprego - há menos empregados!

A esperança do promissor mentiroso. Nov.2013

Os títulos não se comem, há menos emprego e menos salários em Portugal; mesmo entre os que têm emprego há mais precariedade e piores ordenados. Mas há uns anúncios que dão para os ministros torcerem, tagarelando “esperança” e “milagres económicos”.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados hoje dizem que no 3º trimestre deste ano, a taxa de desemprego foi de 15,6%, o que é uma descida homóloga de 0,2%. Desce no trimestre em relação ao anterior 0,8% (no 2º foi 16,4%) sabendo-se da sazonalidade do emprego no Verão. 

Não seriam más notícias, antes pelo contrário, se à descida da taxa de desemprego correspondesse um aumento do emprego; ora tal não se verifica.

Do Público: O INE dá ainda conta de um recuo inédito da população activa, o que pode ajudar a explicar a diminuição anual da taxa de desemprego. No final de Setembro havia 5392,2 mil de activos, menos 135 mil do que no mesmo período de 2012. 

Pode ajudar a explicar ou explica? “A população empregada foi de 4553,6 mil pessoas, o que representa uma diminuição homóloga de 2,2%”.

No ano há menos 2,2% de pessoas empregadas, há 0,2% de descida na taxa de desemprego. Em média saíram de Portugal 11250 pessoas por mês (135 mil no ano).

Será preciso sujeitar o ministro à “matemática avançada” para ele perceber que estes dados não dão esperança? São apenas o embuste da taxa de desemprego torcida para dar a ilusão de existirem mais empregos. Não é verdade!?

Para ver últimos posts clicar em – página inicial







quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Taxa de segurança alimentar. Quem não está a pagar.

Fuga à taxa inoportuna .Nov.2013

Os consumidores devem saber quem paga e quem não paga a taxa de segurança alimentar, e fazer as suas compras em função disso - e das “outras contas” (*).

Segundo o jornal Público; “A Taxa de Segurança Alimentar Mais, criada em 2012, ainda só rendeu três milhões de euros à Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, menos de metade do valor inicialmente previsto. Até agora, apenas empresas de menor dimensão do retalho alimentar pagaram a taxa”.

Mais ficámos a saber: - “ainda não foram aplicados nem juros de mora nem cobranças coercivas a quem insiste em não pagar a taxa”. Esta brada aos céus! 

Qualquer cidadão “normal”, ou empresa “normal”, que se atrase no pagamento de uma qualquer taxa, tem de imediato o Fisco à perna, com coimas, juros, e ameaça de penhoras, enquanto suas senhorias das grandes superfícies nem pagam a singelo, nem com juros, e ainda processam o Estado. Governo fraquinho com os poderosos, (esta sabíamos).

Os consumidores devem saber quem está a pagar e quem não está, e penalizar as empresas que se recusam a contribuir para o bolo da receita fiscal, já basta alguns deles serem os mesmos que deixam os impostos sobre os lucros na Holanda.


(*) As “outras contas” são importantes, a taxa referida foi vista quando apresentada como um novo imposto alimentar, um IVA específico para a alimentação; isto no caso de os grossistas e retalhistas de alimentos virem a refletir o valor da taxa no aumento dos bens alimentares.

Uma vez aplicada, como uns pagam a taxa e outros não, há quem esteja fora-da-lei e é concorrência desleal com consentimento das autoridades. A ministra Conceição Cristas tem de dizer quem não paga e o Estado tem de garantir que todos somos iguais perante a Lei.

Eu, como as grandes superfícies, também acho inoportunas todas as taxas que me obrigam a pagar, mas pago.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial.








segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Governo viciado em burrice.

oclarinet.blogspot.com - Governo viciado.Nov.2013

Os alertas para as burrices do governo vêm de todo o lado, hoje foi um dia fértil. Se os avisos da Organização Internacional do Trabalho são os mais importantes, outras menores, como os da ESTA (esta não conhecia) Associação Europeia de Fumadores de Tabaco de Enrolar, são elucidativos. 

Na vertigem (é mesmo vício) de sacar dinheiro aos que menos têm, o governo (decerto a pedido da Philip Morris - dona da Tabaqueira) vai aumentar, outra vez, o preço do tabaco de enrolar. O tabaquito dos pobres.

Diz a associação (ESTA) que o governo vai perder 74 milhões se aumentar o imposto sobre o tabaco de enrolar. O Orçamento de Estado para 2014 prevê um “aumento de 33% na tributação” desse tipo de tabaco.

Os desafortunados que já não têm dinheiro para o cigarro de maço, estão a ser cercado pelo fisco. 

Obviamente que há soluções para fumar sem pagar impostos ao Estado, pelo menos ao Estado mal governado por Passos/Portas/Cavaco, e são essas alternativas que fazem perder os tais 74 milhões – estimativa da ESTA com base em “experiências de outros países” onde fizeram a mesma asneira.

Vem aí mais venda de tabaco contrafeito (e feito nas condições de falta de higiene das porcarias clandestinas chinesas) e vem aí mais tabaco contrabandeado. Comprar no estrangeiro é uma opção e melhor que ir encher o depósito de combustível ao país vizinho, o tabaco não se consome na deslocação. A diferença de preço para Espanha passará a ser de 32€ (!) em quilo.

Fumo e não deixo impostos sobre o tabaco em Portugal há cerca de dois anos, (clicar aqui para ver porquê). Vamos ser mais depois desta medida gulosa de um governo viciado em burrice e no saque aos cidadãos.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial








domingo, 3 de novembro de 2013

Alemanha pode acolher Edward Snowden?

Edward  Snowden Uma janela na espionagem. Nov.2013

Dezenas de personalidades da sociedade alemã defendem que o analista informático norte-americano "é um herói e não um traidor". 

O jornal Público citando a imprensa alemã, diz que mais de 50 personalidades “exigem às autoridades alemãs que abram as portas” da Alemanha a Edward Snowden. Dentre as personalidades, sobressai o antigo secretário-geral da CDU, Heiner Geissner, que declarou, “Snowden prestou um grande serviço ao Ocidente. Agora é a nossa vez de o ajudar”.

Como a “autorização de permanência de Edward Snowden na Rússia termina em Julho de 2014”, esta tomada de posição de cidadãos alemães influentes, pode vir a facilitar alternativas para a continuação do ex-espião americano em liberdade, depois dessa data.

Já há um reconhecimento internacional de que Snowden não é um traidor, iniciativas de gratidão como a destes alemães, reforçam mais esse facto.

Para ver últimos posts clicar em – página inicial




sábado, 2 de novembro de 2013

Carvalho da Silva. Precisam-se pessoas para a porrada.


Dispostos a levar porrada - precisam-se. Nov.2013

Em entrevista à Antena 1, mencionada pela SIC Notícias, o ex-Secretário- geral da CGTP, Carvalho da Silva, teme que Portugal esteja a chegar a um momento de rupturas perigosas e diz mesmo que o país precisa de cidadãos que estejam dispostos a sujar as mãos e a levar "porrada" nas ruas. 

O ex-líder da Intersindical aponta a necessidade de “gerar capacidades para que as pessoas se envolvam na acção política, na intervenção”. Carvalho da Silva referiu o exemplo do século passado, em que “o povo português não teve interpretes” e “projectos políticos capazes de incorporar aquilo que era a revolta concreta das pessoas” (na década de trinta e seguintes) o que levou a que nós tivéssemos “fascismo durante muitos anos.” 

Muitos de nós acompanham Carvalho da Silva; o que hoje vemos é muita revolta, que embora generalizada, tem dificuldade em encontrar resposta organizativa tão consensual como a revolta. 

Hoje, o Expresso, através de Martim Silva e uma croniqueta fácil de “altos e baixos”, faz a vingança “jornaleira” de colocar o “Movimento que se Lixe a Troika” em baixo, e afirma que hoje “os portugueses não parecem dispostos a seguir o caminho das ruas”. 

O que eu tenho visto é mais gente daquela que está “disposta a sujar as mãos” nas ruas, em crescendo, a encher. Martim Silva não sabe fazer essa contabilidade, não vê, só sabe contar pelos dedos e por isso conta mal no jornal.


É habitual no dia 1 de cada mês enunciar os posts mais lidos neste blogue no mês anterior, devido à manifestação de ontem (será que Martim Silva a viu) ficou para hoje. Os 10 mais lidos em Outubro:

01/10 – Para quem sonha...

19/10 – Manifestação Ponte-Alcântara convoca 1 de Novembro.

04/10 – António Costa defende directas abertas nos partidos. 

15/10 – Após 39 anos, um governo proíbe uma manifestação.

17/10 – Cavaco Silva foi só depositante do BPN?

08/10 – Bispos preocupados com as contas do corte nas pensões.

10/10 – Tabaco, fisco perde milhões. Fumar com menos impostos.

07/10 – TSU dos reformados - na viuvez, o início do pacote. 

12/10 – Barcelona – Nós Catalunha somos Espanha?

25/10 – Vaga de greves começa mal para fura-greves.

(para ler os artigos clicar nos textos a cor)

Cavaco Silva - Um drama nacional. Nov.2013

PS. - Carvalho da Silva também disse que “um dos maiores dramas que aconteceram a este país, foi, neste período, ter o presidente da República que tem”.

Nisto, também acompanho Carvalho da Silva!


Para ver últimos posts clicar em – página inicial




















sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Manifestação 1 de Novembro. Fotos.

Foto Manif. 1 de Novembro. Nov.2013

Milhares de manifestantes foram rejeitar o Orçamento de Estado aprovado hoje, na generalidade, pela maioria de direita no Parlamento. No próximo dia 26, dia da votação final,  o povo volta a S. Bento.

Foto2 Manif.1 de Novembro. Nov.2013

Para alguns “jornalistas” estiveram “centenas de manifestantes”. Como se vê, o largo frente a S.Bento foi pequeno para albergar a multidão presente que se estendeu pelas ruas de acesso. Se estiveram centenas foram “dezenas de centenas”!

Foto 3 Manif. 1 de Novembro. Nov.2013

Foi um cerco. Os mais velhos vieram da “Estrela”.

Foto 4 Manif. 1 de Novembro. Nov. 2013

Do “Rato” vieram os da margem norte.

foto 5 Manif.1 de Novembro. Nov.2013

De “Santos” vieram os da margem sul.

Foto 6 Manif. 1 de Novembro. Nov.2013

Presentes os trabalhadores da Administração Pública. Em Greve Nacional no Dia 8 de Novembro, contra o roubo nos horários de trabalho nos salários e nas pensões.
PELA DEFESA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS – CONTRA OS DESPEDIMENTOS

A LUTA CONTINUA

Para ver últimos posts clicar em - página inicial