sábado, 9 de novembro de 2013

Todos precisam de mais escola, até o governo.

O resultado da treta dos rankings. Nov. 2013

Escolas públicas aquém do esperado. Descobriu-se novamente a pólvora, o contexto social e o ambiente escolar têm influência no aproveitamento dos alunos; que novidade. O pior é levarem a sério os rankings, para além do que expressam sobre a política educativa do governo. Se as consequências da actual política são piores resultados médios no país, a solução é mudar os obreiros dessa política, pois de nada serve pedir-lhes para mudarem de política. A essa disciplina passámos todos.

Quanto mais depressa se mudarem os protagonistas da governação, menos estragos fazem na Escola Pública inclusiva e menos negócios privados são pagos com o dinheiro dos contribuintes. Os ricos, já que não pagam a crise, paguem ao menos a escola dos seus filhos.

No entanto, dá-se excessiva importância à disponibilidade dos pais para ajudarem os filhos, pela minha experiência é mais importante o ambiente escolar e nele a qualidade do ensino/professores. Os pais queixavam-se esta semana de não perceberem a nova “matemática avançada” para acompanharem os miúdos.

Façamos um teste: Os portugueses, com mais ou menos escola, acreditam que vamos cumprir com o Tratado Europeu de Estabilidade (por isso não há mais instabilidade); são contas simples, usando “matemática atrasada”, eis o problema: 

Para cumprir com o “Pacto”, Portugal tem de ter um défice de 0,2% do PIB em 2017. Em 2011 “tínhamos” um défice de 9,8 e em 3 anos reduziu-se (com o esforço conhecido) para 5,9 (média de redução 1,3 por ano); Pergunta intermédia, o que é preciso para deixar de ter défice até 2017? Resposta intermédia, reduzir o défice a uma média de 1,4 ao ano! Pergunta final, sabendo-se como se reduziu para 5,9 o que é necessário para cumprir o Tratado? Vai ser possível?

Se não sabe, (isto) vai ter dificuldade em ensinar. 

Já agora, antes de matricular o seu filho num colégio do alto do ranking pergunte lá a resposta para esta equação.

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