domingo, 31 de março de 2013

Oferta de emprego da Alemanha desnata países do sul.

oclarinet - Os alemães incham isto está mau MALEVITCH. Mar 2013

“Alemanha quer contratar médicos e engenheiros do Sul da Europa” diz o jornal Público. A notícia não é nova, já em Maio de 2012 Ângela Merkel falava, em Bruxelas, no “relançamento da economia” (…) “através do reforço da mobilidade dos trabalhadores no interior do mercado interno”.

Merkel referia-se, como se pode hoje confirmar, ao reforço da economia alemã, e uns poucos mais. As medidas impostas aos países do sul destroem emprego de todo o tipo incluindo o mais qualificado criando disponíveis para emigrar, mas nos países do sul não se geram lugares para estrangeiros. 

A mobilidade faz-se num só sentido, desnatando de quadros os países do sul, quadros esses que custaram uma boa parte da divida desses países a formar.

Há um ano dizia aqui: «Não estando em causa a mobilidade dos trabalhadores, a verdade é que a Alemanha já tem de recorrer a trabalhadores aposentados para preencher os postos de trabalho que a sua economia gera, e, fica-lhe bastante mais barato utilizar os quadros formados no estrangeiro, com dinheiro dos contribuintes e dos pais dos jovens qualificados desses países».

Agora teremos de juntar à atractividade (rapina) alemã de trabalhadores qualificados, o aliciamento de capitais depositados nos bancos do sul, para a sua banca, a única segura na Europa para depositantes com contas acima de 100 mil euros. Jogadas de mestre.

Comentário do meu amigo Carlos Loures no post de Maio de 2012:
A Blitzkrieg foi um conceito militar criado pelo general Von Manstein e aperfeiçoado pelo general Hainz Guderian. Blitzkrieg significa “guerra relâmpago” - a um ataque brutal da aviação, deixando o inimigo a contas com numerosas baixas, cidades destruídas, mortos civis aos milhares, sucedia-se a intervenção de infantaria por blindados e artilharia e sempre com apoio aéreo. A infantaria vinha eliminar os derradeiros focos de resistência - tudo muito rápido e bem articulado. Quando o inimigo (que nem sabia que era inimigo) acordava do pesadelo, estava em território alemão. A Segunda Guerra foi um fértil campo de experiência para este tipo de operações. A senhora Merkel está a adaptar a blitzkrieg aos tempos actuais – sem o mau aspecto dos bombardeamentos e dos sinistros panzer, está a conseguir resultados muito animadores (para ela). O que deu cabo da estratégia alemã foi a resistência, sabotagem, snipers, comboios de munições a irem pró catano… Seremos nós, portugueses, gregos e tutti quanti, capazes de estragar a festa à senhora dona Angela?

Não estragamos a festa do Reich no terreno escolhido por Merkel para a lide, no Euro estamos tolhidos para a peleja, as armas têm valores muito desiguais e somos derrotados; perdemos a guerra (porque estamos numa guerra), perdemos entre outros os nossos médicos engenheiros e enfermeiros, perdemos a economia e mais da independência nacional. Portugal precisa de futuro e precisa discutir se esse futuro existirá dentro ou fora do euro. 

Entendo ser hora de sair do euro, é urgente acabar com o tabu do Euro na discussão da nossa crise social, económica e financeira. Aproveite-se a crise política para mudar de rumo, um rumo que permita aos nossos trabalhadores laborarem na sua economia, no seu país.

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quinta-feira, 28 de março de 2013

Regresso de Sócrates altera tudo.

Cavaco - a mão escondida atrás dos arbustos - Mar.2013

Com Sócrates na vida política "activa", a oposição ao governo da direita ganha um elemento capital aonde fazia mais falta, a frente mediática; inteiramente preenchida nos lugares de destaque por apoiantes do governo.

É o mais importante. Não somos da mesma área política, mas, na circunstância, é um aliado para a tarefa mais urgente.

Mais de um milhão e meio (1,6) viram Sócrates na televisão a desmontar os “embustes” do argumentário da direita (e não só da direita). Escolheu três temas da narrativa impingida aos portugueses: -“que os problemas do país eram só nacionais”; “Que foi o seu governo que nos levou à ajuda externa”; “que o governo está a aplicar o memorando assinado pelo PS”. 

Foi convincente na argumentação, contou a história (que muitos não queriam que se soubesse) sobre os dias da crise e ajustou contas com Cavaco. Poupou a esquerda (o BE e PCP sabiam que não o calavam, deviam estar quietos) e elogiou a direcção do PS.

Sobre o miolo da entrevista todos viram, apanhei-lhe uma meia mentira nas portagens das SCUTs, assumidas por ele mas impostas por Passos Coelho para aprovar o PEC 3. Que as PPPs são 22 e só 8 dele, pouca gente sabia. Despesismo, défice, endividamento público, perdas de receitas e austeridade, foram temas onde esteve seguro.

Sócrates não veio cedo de mais, muitos ressentimentos são fruto da campanha negra a que foi sujeito e a sua presença vai diluir essa rejeição. O seu regresso e o esclarecimento do passado é elementar para os portugueses perceberem as verdadeiras razões da crise e poderem debater soluções.

Critiquei muito o governante José Sócrates e também apoiei algumas políticas. Como agora veio para se opor ao governo e a Cavaco; bem-vindo e que seja eficaz.


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terça-feira, 26 de março de 2013

BRICS criam Banco de Desenvolvimento. Afastam FMI/BM.

BRICS - Brasil- Rússia - Índia - China - África do Sul. 40% da população mundial. Mar 2013
BRICS no Mundo - 1/4 do PIB 40% da População
 
Os países emergentes de maior dimensão reunidos em Durban, África do Sul, confirmaram hoje a criação de um Banco de Desenvolvimento para financiar o bloco BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Presentes na cimeira, como convidados, estão os presidentes de Angola e de Moçambique. 

A quinta cimeira “BRICS”, de Durban, que se realiza sob o lema “Associação para o Desenvolvimento, a Integração e a Industrialização”, com a criação da nova instituição financeira internacional, lança uma alternativa ao Banco Mundial, ao Fundo Monetário Internacional (FMI), e às suas políticas.

O financiamento interno de projectos nos países emergentes, espera remover a dependência das principais economias mundiais, deixando de usar o dólar ou o euro nas suas transações. Não estando ainda decidida a questão da moeda própria, (um artigo na Telesur alvitrava uma solução como o Sistema Unitário de Compensação Regional, promovido por Hugo Chaves para o comércio entre os países componentes da ALBA).

Outro tema de grande relevo, em Durban, é a constituição de um fundo comum de moeda estrangeira, para os BRICS poderem partilhar as reservas de divisas em caso de crise económica.

Não se sabe ainda, a que ponto as conclusões da cimeira influenciarão a política económica global, ou a situação do nosso país no âmbito dos PALOP, mas já se vêm consequências positivas para os países emergentes, com a criação do Banco de Desenvolvimento. 

Nós, por cá, contamos com um BCE, banco de subdesenvolvimento por “desenho” ou “calibração” germânica.

Submergimos.

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segunda-feira, 25 de março de 2013

Chipre capitulou, continuar no Euro é afundar-se.

Europa afunda Chipre. 2013
 
 Sair do Euro

Parecia que o poder político cipriota ia resistir às pressões europeias, mas de nada valeu a vontade política do Parlamento; votar contra a proposta desonesta e desastrosa do Eurogrupo não bastou. Perante o ultimato para aceitar as condições do novo modelo de resgate da troika ou sair do euro, o Chipre capitulou.

Chipre está condenado, como nós enquanto estivermos no Euro, a ver a sua economia afundar-se. Beneficiada fica a Alemanha, o país que mais tem ganho pela desconfiança induzida no sistema bancário dos países europeus. 

Mas os efeitos colaterais, de desacreditar os fundos de garantia dos depósitos bancários e confiscar contas, podem chegar à Alemanha. Ainda é cedo para abarcar os danos gerais na Europa, que abandonou definitivamente o caminho da solidariedade entre os Estados. O projecto da União Europeia acabou em Chipre.

A quebra de confiança bancária é irreversível, não provoca para já uma corrida aos depósitos, mas implica a fuga massiva de capitais numa altura em que era necessário atrair investimento estrangeiro; para nós (Sr. ministro Gaspar) e para todos os países europeus estagnados ou em recessão.

O Eurogrupo e a troika afundam Chipre com argumentos de sobredimensionamento do sector financeiro, que sendo real, é-o em outros países europeus intocáveis como a Inglaterra ou a Suíça, ao mesmo tempo que denunciam os favores da fiscalidade cipriota, condição generalizada em outros intocáveis, como a Holanda do presidente do Eurogrupo, onde estão sediadas empresas portuguesas para fugir aos impostos em Portugal (como as mercearias Pingo doce).

São lições para Portugal e todos os atingidos pelos ajustamentos impossíveis, somos reféns de uma situação que não criámos, precisamos sair do Euro para conseguir por meios próprios estabilizar as nossas vidas. 

Depois de Chipre todos ficámos a saber que não podemos contar com a solidariedade europeia, somos descartáveis para os países ricos e eles são um desastre para nós.

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domingo, 24 de março de 2013

Em memória do massacre nazi de Sant´Anna di Stazzema.

Napolitano e Joachim Gauck no monumento- ossário de Sant Anna di Stazzema.Mar.2013

Em 12 de Agosto de 1944, três centenas de soldados nazis alemães cercaram a vila italiana de Sant´Anna di Stazzema, na Toscânia, e assassinaram 560 pessoas incluindo mulheres, crianças e idosos, naturais e refugiados na aldeia.

Os alemães, em retirada pelo norte de Itália perante o avanço dos Aliados e o aproximar da derrota militar, cometeram crimes de guerra sobre as populações. Represálias pelo apoio à resistência partigiana que combatia a ocupação alemã, ou simples terror; os relatos são de atrocidades de grande crueldade.

O massacre foi comprovadamente documentado em 1994, quando foram encontrados acidentalmente centenas de relatórios num armário metálico (chamado pela imprensa “armário da vergonha”) na cave do tribunal militar de Roma. Em 2004, um tribunal militar italiano iniciou o julgamento de 10 ex-soldados nazis envolvidos e ainda vivos, condenando-os em 2005 a prisão perpétua. Vivem na Alemanha.

Hoje, os chefes de Estado de Itália e da Alemanha, Giorgio Napolitano e Joachim Gauck, prestaram homenagem à memória das vítimas do Nazi-fascismo, visitando o lugar simbólico de Sant´Anna di Stazzema. 

Uma carta do sobrevivente Enrico Pieri, dirigente da associação dos mártires de Sant´Anna di Stazzema, entregue pelo presidente italiano ao seu homólogo alemão o mês passado, despoletou o evento histórico de hoje; “como a visita de Willy Brandt ao gueto de Varsóvia”, segundo Napolitano, “onde ele se curvou pedindo perdão”.

Giorgio Napolitano disse ser “provavelmente o último acto público no fim de sete anos” de presidência, e “estar feliz” pelo seu significado. Subir o monte até ao monumento para tocar “o absurdo e a crueldade sem desculpa, que atingiu a pequena aldeia” para “não se esquecer a vergonha e a catástrofe para onde o fascismo arrastou a Itália”.

O presidente alemão destacou o público no derrube dos muros de silêncio sobre os massacres. Joachim Gauck disse “inclinar-se perante” Enrico Pieri, o sobrevivente, que “fala do futuro da Europa e não do passado”. Ambos os presidentes realçaram a conciliação entre os povos.

Enrico Pieri dirigiu-se aos dois presidentes e disse: “ A Europa em 45 foi destruída, nós reconstruímo-la, agora cabe a vós torná-la maior”. (piú grande)

Memorável num dia que pode ser trágico para a Europa. Nada aponta para o discurso da montanha toscana; do anti-nazi-fascismo, da conciliação entre os povos, do respeito pelos países independentes, da paz, ou da Europa “piú grande”. 

Para já, vamos ver no que dá Chipre…

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sábado, 23 de março de 2013

Líder da Igreja quer Chipre fora do Euro.

Chrysostom II de Chipre com Dmitry Medvedev - Out 2010. Mar.2013

Arcebispo Crysostomos recomenda saída do Euro.

O chefe da Igreja Ortodoxa do Chipre, o arcebispo Chysostomos II, declarou-se a favor da saída do seu país da zona euro.

O arcebispo, que já tinha colocado à disposição do país, todos os bens da Igreja Ortodoxa, afirmou em entrevista não ser tarefa fácil sair do euro, mas que se tinha de dedicar tanto tempo à saída quanto o dedicado para entrar para o euro.

É com a recomendação do líder da Igreja para que o Chipre saia do Euro, que continuam as negociações do resgate da troika, entre o Eurogrupo e o governo cipriota, agendadas para amanhã (18.00h). 

A seguir…

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sexta-feira, 22 de março de 2013

Petição contra Manuela Ferreira Leite. Já.

Manuela Ferreira Leite também vai fazer anúncios. Mar.2013

Manuela Ferreira Leite regressa ao comentário político na TVI. Com Marques Mendes (SIC), Marcelo Rebelo de Sousa (TVI) e Santana Lopes (TVI 24/Correio da Manhã TV); são - já - quatro antigos presidentes do PSD com poiso em programas especiais nas televisões. “Ajudam” os portugueses a compreender a política, obviamente com a visão, (independente?) que o seu passado e presente na política permitem.

Neste quadro, as reacções pela futura presença de José Sócrates na RTP, são ainda mais ridículas. As justificações para contrariar o regresso de Sócrates são as mesmas da campanha contra ele, antes e depois da troika. 

Escrevi aqui sobre a culpa de Sócrates há um ano, agora o terror aumentou e com cenas de histeria sem sentido. Uma petição contra Ferreira Leite teria o mesmo nexo, nenhum.

Eu defendo a saída de Portugal do Euro, Sócrates decerto que não; mas quero ouvir o que um ex-líder do centro-esquerda tem para dizer sobre a situação do país, mais não seja, porque é de certeza mais claro que a actual liderança do PS.

Hoje, um deputado do PSD disse no Parlamento que o regresso de Sócrates é a razão da moção de censura do PS. Não sei, mas já vimos pela acção de António Costa que António José Seguro precisa de uns “encostos de bateria”.

Os meus amigos que odeiam Sócrates, e são muitos, tenham paciência; pode-se continuar a bater no ceguinho, mas não vai estar amordaçado. Uma noia diria o boneco do Marques Mendes.

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quinta-feira, 21 de março de 2013

Feira do Folar – Sabores em Chaves.

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A preparar a trouxa para viajar até Lisboa, deixo uma sugestão de turismo gastronómico - Chaves.

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Nos dois dias anteriores ao Domingo de Páscoa, há Sabores de Chaves/ Feira do Folar, no Largo General Silveira (antigo Jardim das Freiras). 

Umas inteligências autárquicas deram cabo do jardim para plantar lajes de pedra; pelo menos aproveite-se o espaço nu do largo, quando vestido das gentes das aldeias circunvizinhas. Nessa altura mostram os seus produtos e o saboroso folar é o centro das atenções.

Não estou cá (em Chaves) nessa data, levo já o folar e um cabritinho do Barroso para a Páscoa da minha família. Este ano perco a Feira, mas não perco a queda do governo.

Se o governo cai antes da Páscoa, o cabrito também marcha antes - certo!?

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quarta-feira, 20 de março de 2013

Merkel – agiota de casino. Euro – o vício do jogo.

Eurogrupo unânime em proposta desonesta ao Chipre.Mar. 2013.
Como usurário em casa de jogo, Merkel quer à viva força emprestar dinheiro ao Chipre, quer agarrar a ilha ao seu desígnio imperial, submetendo o Chipre pela divida.

“Houve uma conversa telefónica entre Ângela Merkel e o presidente cipriota na segunda-feira à noite” disse o porta-voz da chanceler. “Nessa conversa, Merkel insistiu que as negociações devem ser feitas apenas com a troika”. (in jornal i).

Merkel “furiosa”, Merkel “exaltada”, diz a imprensa. A troika ainda nada emprestou de resgate ao Chipre, Merkel idem - e já é dona do Chipre - e dá ordens aos eleitos de um país independente!?

É mais um aviso da alhada que veio com o Euro. Como nós iremos a seguir ao primeiro país que seja obrigado a abandonar o euro (os mercados serão implacáveis) e tanto faz ser a Grécia ou o Chipre, não basta, como disse Jorge Sampaio, “uma estratégia que faça frente às medidas propostas pela troika”.

Ou é com o Euro ou sem o Euro, não há medidas que permitam que a economia portuguesa cresça dentro desta moeda única, com estes líderes europeus. O desemprego não desce sem algum tempo de crescimento, e não há crescimento sem desvalorização cambial, logo, outra moeda.

Toda a gente já sabe, à exaustão, que a desvalorização de uma moeda (própria) impulsiona as exportações por melhores condições de concorrência com o exterior. Ao mesmo tempo torna as importações mais caras permitindo criar produção nacional em competição com os bens importados, substituindo assim boa parte das importações. A economia portuguesa teria crescimento. 

 A alternativa ao bê-á-bá é o quê? Este Euro? Estes custos?

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terça-feira, 19 de março de 2013

Eurogrupo no Chipre – Desconfiança no Euro.

Chipre manifesta-se contra a Europa.Mar.2013

Os ministros das Finanças da União Europeia podem ser maníacos, mas são uma trupe fértil e divertida. Encontram sem dúvida soluções criativas - Chipre foi só mais uma. Que não avaliem as consequências das suas decisões é apenas um pormenor. (Parece coisa do governo português).

O resgate cipriota, que em valor se aproxima dos juros de Portugal à troika em um ano, é um confisco como é próprio dos resgates troikanos. Cá, o confisco está a ser bem superior e a Europa ouve menos alarido.

O desassossego vem mais da planta de estufa do sistema financeiro, que dos desgraçados dos cipriotas; eles vão pagar de outra forma (igual a nós) o mesmíssimo valor que o Eurogrupo quis confiscar atabalhoadamente. 

Isto, se o Chipre quiser continuar com o presente envenenado do Euro, pois tem na Rússia uma solução acessível para os seus infortúnios. As suas grandes reservas de gás natural vão acabar exploradas por estrangeiros e amigos estrangeiros como os da Europa trazem desgraça certa. Geoestratégia não é o forte dos contabilistas do Eurogrupo.

Estas controvérsias permitem ver as voltas que o mundo dá. Não há por cá comentário sem apontar o receio da corrida aos bancos, do famigerado contágio, que fez polémica infindável por causa do BPN (no fundo para desculpabilizar a mafia montada por gente do PSD que ficou com o dinheiro).

O “método” português de salvação da banca é agora dado como exemplar e Teixeira dos Santos, que em 2011 já estava a passar de besta a bestial, (AQUI) tem a sua intervenção no sistema bancário sancionada por muitos dos seus críticos, vê-se reabilitado. 

O que vai ser difícil de reabilitar depois deste episódio eurocipriota é a confiança no Euro. Quem manda na moeda única é um único país, a Alemanha, e os líderes alemães de agora, não batem certo de juízo.

O Euro chega às eleições gerais alemãs? E Portugal? Afunda-se com o Euro, afunda-se por causa do Euro, ou inicia a saída do Euro?

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segunda-feira, 18 de março de 2013

Directivas para sardinha assada e atraso de pagamentos.

União Europeia é firme em directivas da sardinha assada.Mar.2013

Desde que estamos na União Europeia habituaram-nos à obrigatoriedade de seguirmos as directivas emanadas de Bruxelas. Das colheres de pau à tripa de plástico dos enchidos, ou aos fumos da sardinha assada. Isto para falar só de cozinha e cozinhados; aliás, opíparos manjares para a larica da ASAE. 

Quando servem para sacar umas coimas, as directivas europeias são mais que adoptadas, são tratadas como filhos legítimos do governo português.

A Comissão Europeia lançou em 2.000 uma directiva para que os Estados passassem a pagar atempadamente aos seus fornecedores, se bem me lembro a 30 dias da data das facturas, mas, passados estes anos, conclui-se que os Estados fizeram-se esquecidos.

Como vem no Público, a “Comissão Europeia apela a que países adoptem a directiva sobre os atrasos de pagamentos”. Não sei se está bem traduzido, mas as directivas não nos têm chegado em forma de apelo. É para cumprir – e mais nada! O Estado, quando é para receber…é para receber – e mais nada!

O paleio do governo sobre o problema do desemprego não leva em conta o encerramento de empresas provocado pelo próprio Estado, pelo Estado caloteiro. 

Qualquer aselha em contas, mas que conheça a realidade do tecido empresarial português, já viu há muito que o Estado pagar o que deve é a mais importante injecção de dinheiro para impedir maior desemprego. Os doutos economistas que governam isto, ainda não notaram.

Andam com mesinhas, velhos “impulsos jovem” e ocupações da treta, enquanto fecham empresas viáveis, só porque estas trabalham para o Estado, ou trabalham com clientes que têm o Estado como cliente.

Sei o que é isso, escrevi AQUI o ano passado sobre o assunto, dizia ao ministro Álvaro: “Em vez de ir para a televisão palestrar sobre o paradigma financeiro do tecido empresarial português e a necessidade de irem para a bolsa, deixe de nos ir ao bolso e paguem o que devem às empresas”.

O “APELO” da Comissão Europeia vale mais que um desabafo num blogue?

Vamos ver!

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domingo, 17 de março de 2013

Está perto o anúncio da bancarrota. E sair do Euro?

Daniel Beça avisa da bancarrota. Mar 2013


O ex-ministro da economia Daniel Bessa voltou ao discurso do perigo da bancarrota, diz ele:

“Estamos todos no país a tentar evitar o momento final do anúncio da bancarrota e do incumprimento. Não estou a dizer que estamos em cima desse momento, mas, infelizmente, estamos hoje mais perto do que estávamos há dois meses, estamos mais perto do que estávamos há dois anos. E, portanto, é isso que estamos a tentar evitar”. (Transcrito do Público).

Que este seria o governo da bancarrota, até eu o disse por aqui, ainda antes de se saber que a divida galgaria aos valores de hoje. Incumprimento nos moldes actuais de pagamentos é mais que certo, o que não significa no nosso caso falta de credibilidade do país. Se há reputação abalada é da troika, do PSD, do CDS, e de Cavaco Silva, que deixa Portugal capitular neste desgoverno.

O incumprimento já se assume para além de teórico, também em hostes apoiantes do governo; a governação tem retirado aos portugueses os meios para cumprir quaisquer obrigações.

No Euro, com a dimensão dos juros e sem um plano de pagamentos suportável; com o investimento e o consumo ao nível de um país falido não vamos lá. 

Mas os países não acabam por incumprimento, sofrem mais ou menos o que estamos a sofrer, para recuperar os tempos saudáveis. O esforço que fazemos é inglório, com a austeridade que já se suportou e moeda própria, estávamos no caminho de saída da crise e não a enterrarmo-nos mais. 

A saída de Portugal do Euro, harmonizada com os parceiros europeus e negociada com os credores, é uma solução cujo debate tem de deixar de ser tabu, devia ser já a tarefa das forças políticas nacionais.

No caminho que estamos, a austeridade não nos serve, só nos destrói.

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sábado, 16 de março de 2013

Para memória futura. Estão a amarrotar um país.

V SM. Há economistas e economistas. Mar.2013

O professor Viriato Soromenho-Marques (V SM) escreve uma coluna de opinião no DN, onde salienta que Vítor Gaspar falando como ministro e não como professor “monetarista”, “devia ter pedido desculpa aos portugueses pela falta de rigor e ausência de credibilidade dos seus cálculos”.

Como a comunicação feita agora pelo ministro das Finanças deverá pecar pela mesma imprecisão, é natural que o desastre anunciado por Gaspar venha a ser ainda mais catastrófico. 

A história, por V SM:

“Em outubro, a previsão para a queda do PIB, contida no OE 2013, era de -1%. No início de março, no Parlamento, Gaspar esclareceu que se tinha enganado. Afinal a queda será de -2%. Um académico honesto teria dito que o seu engano era de 100% (a previsão passava de -1% para o dobro, -2%), mas Gaspar resolveu fazer-se de ingénuo, dizendo que o engano era de 1%. Afinal a recessão vai ser de -2,3%, se ficar por aqui…Gaspar está bem acompanhado, na incompetência, pelos técnicos da troika. Em Agosto de 2011, a troika efectuou uma série de previsões para 2013 que se mostraram totalmente erradas: um crescimento de 1,2% (!); a taxa de desemprego abaixo de 14% (agora a previsão é de quase 19%); a dívida pública perto dos 114% (na verdade, em final de 2012 já estava em 122,5%).
Os políticos são punidos pelas eleições e pela história (o nome do primeiro-ministro ficará na sinistra galeria dos anti-heróis da História de Portugal). Os académicos, quando erram, perdem reputação e emprego. Gaspar e os seus colegas da troika pertencem a uma casta híbrida de inimputáveis. Quando lhes são pedidas responsabilidades políticas, dizem: “somos apenas técnicos”. Quando lhes são apontados os erros científicos, respondem: “O nosso trabalho está condicionado pela política”. Até quando poderá uma democracia suportar ser aterrorizada por incompetentes e irresponsáveis”.

O que é facto; é o governo e o presidente da República andarem por aí no dia seguinte… como no dia anterior. Depois do anúncio do desastre, os aselhas dos condutores que só causam sinistros mantêm-se ao volante do país.

A troika, o governo de Passos Coelho / Paulo Portas, e Cavaco Silva, mais que a dar pancada – estão a amarrotar um país. Um país com gente dentro.

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sexta-feira, 15 de março de 2013

Governo anuncia desastre. PIB cai 2,3%. Mais desemprego.

Aumento do desemprego sem fim. Mar.2013 

Governo agrava as perspectivas inscritas no Orçamento de Estado (OE) para a economia portuguesa.

O governo espera que a taxa de desemprego cresça dos 15,7% em 2012 para 18,2% em 2013, chegando perto dos 19% nos últimos meses do ano; (16,4% no OE, 16,9% no 1º trimestre).

O PIB cairá 2,3% contra os 1% inscritos no Orçamento de Estado e a divida pública chegará a 123,7% em 2014.

A troika tem receio de perder as eleições em Portugal, o défice derrapou em 2012 mas é alargada a meta para 2013 e 2014. Atingir a meta dos 3% é para depois da troika e evidentemente para muito depois deste governo.

Mais tempo e mais dinheiro é a marca do novo ajustamento, sofrimento inglório dos portugueses é a realidade da governação TROIKA / PSD-CDS.

Mais austeridade por mais tempo é o custo que os portugueses pagarão se este governo não cair. Mais fome é a enorme responsabilidade que a oposição terá se não encontrar caminhos para se apresentar como alternativa credível.

Alternativa que passa pela nossa relação com a União Europeia, pelo vínculo a uma moeda que destruiu a economia do nosso país. A partir dos dados do governo e das suas intenções, urge discutir opções nacionais que vão além dos partidos e governos. 

O debate nacional, perante a letargia dos políticos europeus, tem de ser sobre a continuação de Portugal no Euro.

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quinta-feira, 14 de março de 2013

A Mão de Deus e os argentinos. Maradona e Bergoglio.

Os Papas movimentam muita gente. Mar.2013

D. José Policarpo disse ter havido “Mão de Deus” na designação do Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio na Argentina. Ouvi na TSF.

Não parece mão de Deus.

Andei em viagem, não me juntei por isso à denúncia do passado de Bergoglio. A polémica ressuscitou como Bergoglio temia, caso fosse eleito Papa. Pode-se especular que seria a sua boa relação com a ditadura argentina, a razão que o levou a pedir para não ser nomeado, no Conclave que designou Ratzinger.

Como já está mais divulgado, o agora Papa foi denunciado em 2005 pela Justiça do seu país, por envolvimento no sequestro, pelos militares da ditadura, de dois religiosos jesuítas (Francisco Jalics e Orlando Yorio) que estavam sobre as suas ordens e protecção. Segundo a acusação, fê-lo por eles se negarem a deixar de visitar as favelas.

Em 2011, o Ministério Público e a associação Avós da Praça de Maio, pedem a convocação de Bergoglio para depor sobre o “roubo de bebés”, dado haver provas documentais de que ele soube dos casos, quando se sequestravam bebés nascidos nas prisões da ditadura, e negou-o mais tarde.

O cardeal Jorge Bergoglio foi um opositor particularmente activo aos governos progressistas de Néstor e de Cristina Kirchner, chegando a participar numa manifestação de rua.

Depois da publicação de vários depoimentos, em 2010 e 2011, que o indicam como colaborador da ditadura, não seria recomendado para Papa.

O que se alterou? As nomeações papais têm sido tão direcionadas politicamente como os prémios Nobel da Paz. Não é coincidência os Papas estarem no âmago de alterações fundamentais do poder politico nos últimos tempos. A seguir ao polaco e ao alemão, com os resultados visíveis, nomear um da zona do mundo onde se faz tudo por escapar às centrais mundiais de dominação é um sinal.

Não é um sinal de Deus. Bobby Robson, depois do jogo do mundial do México, entre a Inglaterra e a Argentina dizia sobre o golo de Maradona; “não foi mão de Deus, Deus nada tem a ver com aquilo, foi a mão de um malandro”.

Gosto de Maradona mas foi malandrice. Será o Vaticano capaz de malandrices?

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quarta-feira, 13 de março de 2013

Reynaldo Bignone condenado a prisão perpétua.

Reynaldo Bignone presidente da ditadura argentina. Mar.2013

O último presidente da ditadura argentina, Reynaldo Bignone, foi ontem condenado pelo Tribunal Federal de San Martin, a prisão perpétua. Respondia por 23 crimes, sete deles sobre mulheres grávidas, cometidos no centro prisional clandestino Campo de Mayo.

É a quarta condenação do ex-ditador, a última, 15 anos de prisão, foi em Julho de 2012, juntamente com o ex-presidente Jorge Videla (1976/1981) - este condenado a 50 anos por roubo de bebés. 
 
Desde 1983 que a Argentina investiga e julga os militares da ditadura. Agora foram julgados 24 acusados de violações dos direitos humanos. As acusações da Justiça argentina continuam, estando a ser ouvidos outros militares envolvidos na Operação Condor”.

Caíram as ditaduras e cairam os ditadores, os torturadores e assassinos, nas mãos da Justiça.

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terça-feira, 12 de março de 2013

Habemus Papam (não tarda)…e papa?

Qual a pegada ecologica das reportagens do Vaticano. Mar.2013

Porque é dia de mudança de lamparina no Vaticano, espera-se que  o próximo iluminado seja de mais baixo consumo.

Os custos dos programas especiais e reportagens, no chamado mundo católico, só podem ser medidos em percentagem do PIB. A Igreja nem renova na encenação.

A propósito uma canção datada (ma non tropo) de Gaber:


Diz a canção. (…)“Embora os negócios obscuros da Santa Sé / sejam parte integrante dos mistérios da fé”(…)

(?)

Actual (!)

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segunda-feira, 11 de março de 2013

Barroso alerta e INE anuncia que está tudo a cair.

A maior quebra do PIB em Portugal  desde 1975. Mar.2013 

Barroso alerta para as consequências sociais da crise na U.E. (Público)

Agora?

O facto do ministro Vítor Gaspar frequentar os lugares por onde deambulam os burocratas da União Europeia, facilitou decerto a propagação do vírus Providemus Incertus de que é portador. Não acertam uma previsão económica, nem conseguem antever as consequências das medidas que obrigam a aplicar.

A surpresa (endémica) pelos valores dos indicadores económicos, que as entidades nacionais ou europeias revelam periodicamente, é surpreendente. Uma redundância sem ponta por onde se pegue. 

O que o INE confirmou hoje não era previsível? Desaceleração das exportações, queda do PIB, da economia, aumento do desemprego? Não era conjecturável que a crise (que não se quis resolver) de alguns países, alastraria a todos da Zona Euro, e não só?

Se a política é prever e agir, estamos sem políticos; não passam de reactivos, e lerdos. Correm atrás do prejuízo no compasso das prédicas de Gaspar.

Temos a maior queda do PIB desde 1975, o INE anuncia que está tudo a cair e perderam-se 205.600 empregos num ano. Obra da Troika, de Passos Coelho e de quem o aguenta no poder.

Aguenta – aguenta(!?)...

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domingo, 10 de março de 2013

AFD. Novo partido alemão quer dissolução do Euro.

AFD Alternativa eleitoral 2013. Mar.2013

“Alternativa para a Alemanha” (AFD) é um novo partido alemão, criado por intelectuais, políticos, economistas, liberais e conservadores, cujo objetivo é que a “Alemanha salve o que ainda pode salvar”. 

Consideram que o Euro demonstrou ser inadequado, levando os países do sul a empobrecerem sob a sua pressão. Como dizem na apresentação, “Estados inteiros estão à beira da insolvência” com “reformas estruturais impraticáveis ou que levam as pessoas à miséria”. Por outro lado não lhes agrada que seja a Alemanha a garantir as dívidas dos países estrangeiros.

Contra a política de resgate do Euro e contra o euro como moeda única, defendem que qualquer Estado possa abandonar o euro para adoptar a moeda que entenda ser mais apropriada, ou associação de moedas paralelas a introduzir.

O AFD será lançado oficialmente em Abril, pretende concorrer às eleições como “Alternativa Eleitoral 2013”. Será uma formação a ter em conta dada a importância das eleições gerais alemãs de Setembro e o passado político e académico dos seus fundadores. 

Uma sondagem para a revista “Focus” dava um em cada quatro alemães como favoráveis à saída da Alemanha do Euro.

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sábado, 9 de março de 2013

Cavaco Silva, o garante do pior governo de sempre.

Cavaco Silva garante da austeridade. Mar. 2013

Cavaco confessa o seu apoio – efectivo - ao governo de Passos Coelho, no prefácio ao “VII volume dos Roteiros”.

Diz Cavaco (do Público) que “em conjunturas de crise, como a que vivemos, seria fácil tirar partido de uma magistratura” (a sua) …”para, através de declarações inflamadas na praça pública, satisfazer os instintos de certa comunicação social, de alguns analistas políticos e de muitos daqueles que pretendem contestar as instituições. Seria fácil, por exemplo, alimentar sentimentos adversos à classe política ou até à acção do governo”.

“Ou até à acção do governo” diz Cavaco - e eu repito - para que todos os que andam com “instintos” de “contestação das instituições” (o governo? O presidente?), fiquem cientes que não é da toca de Belém que sai quem dê caça ao Coelho. Cavaco Silva não consegue perceber a voz do povo, chama-lhe ofensivamente “instintos”.

Cavaco Silva é o PSD, como Passos Coelho é o PSD, como o BPN é o PSD.

Cavaco, eleito como se sabe não representa todos os portugueses; jurou defender a Constituição e o normal funcionamento das instituições democráticas, foi eleito directamente para ouvir e dar voz aos portugueses e não cumpre convenientemente nenhuma das funções.

Cavaco é apenas o garante de que o governo não cai através de Belém, independentemente da governação ruinosa que se continue a fazer, e apesar de todo o paleio crítico e inconsequente do próprio presidente.

Cavaco é o garante da subida dos impostos e da redução dos salários, Cavaco é o garante do roubo das pensões e reformas, Cavaco é o garante da espiral recessiva, do aumento do desemprego, da emigração involuntária dos portugueses, da sabotagem da economia portuguesa, etc., etc., etc.; o garante da sobrevivência do pior governo de sempre que Portugal teve. 

Cavaco Silva não é o homem indicado para ocupar o cargo que ocupa nesta conjuntura. 

Resigne!

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sexta-feira, 8 de março de 2013

O ideal era que o salário de António Borges descesse.

O salário de António Borges. Mar. 2013
in jornal Público


António Borges (Alumni Goldman Sachs) dizia em Junho do ano passado “ser urgente diminuir salários”. Veio-se a saber que “ganhou 225 mil euros sem impostos”!… E se o salário de António Borges descesse?
 
Os jornais continuam a dar relevância a toda e qualquer declaração deste guia aconselhador do governo, devemos acompanhar.
 
É a bateria, a pauta e a trombeta de Passos Coelho.
 
É das principais varejeiras do governo.
 
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quinta-feira, 7 de março de 2013

Rebeldes da Síria sequestram soldados da ONU.

M. Ed- Mar.2013

A oposição armada síria sequestrou 21 militares das forças de paz da ONU. Os militares, de nacionalidade filipina, integram o contingente da UNDOF, encarregue de vigiar o cumprimento do cessar-fogo entre Israel e a Síria, nos Montes Golan.

Tropas da UNDOF - site ONU. Mar 2013

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o Conselho de Segurança exigem a libertação imediata e incondicional dos militares da força de observação, detidos pelos rebeldes.

Não deixa de ser curioso, que a oposição armada ao regime sírio, apoiados pelas monarquias do Golfo e pelo "ocidente" que (quase) controla a ONU, não respeitem as forças pacificadoras das Nações Unidas.

Como seria se alcançassem o poder político na Síria?




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quarta-feira, 6 de março de 2013

Morreu Chávez. Está viva a luta contra a pobreza.

Hugo Chávez Morreu. Mar.2013

Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio escrevia em Janeiro sobre 

“A demonização de Chávez

Hugo Chávez é um demónio. Por quê? Porque alfabetizou 2 milhões de venezuelanos que não sabiam ler nem escrever, mesmo vivendo num país detentor da riqueza natural mais importante do mundo, o petróleo.

Eu morei nesse país alguns anos e conheci muito bem o que ele era. Chamavam-no a “Venezuela Saudita” por causa do petróleo. Havia 2 milhões de crianças que não podiam ir à escola porque não tinham documentos… Então, chegou um governo, esse governo diabólico, demoníaco, que faz coisas elementares, como dizer: “As crianças devem ser aceitas nas escolas com ou sem documentos”.

Aí, caiu o mundo: isso é a prova de que Chávez é um malvado malvadíssimo. Já que ele detém essa riqueza, e com a subida do preço do petróleo graças à guerra do Iraque, ele quer usá-la para a solidariedade. Quer ajudar os países sul-americanos, e especialmente Cuba.

Cuba envia médicos, ele paga com petróleo. Mas esses médicos também foram fonte de escândalo. Dizem que os médicos venezuelanos estavam furiosos com a presença desses intrusos trabalhando nos bairros mais pobres. Na época que eu morava lá como correspondente da Prensa Latina, nunca vi um médico.

Agora sim há médicos. A presença dos médicos cubanos é outra evidência de que Chávez está na Terra só de visita, porque ele pertence ao inferno. Então, quando for ler uma notícia, você deve traduzir tudo.
O demonismo tem essa origem, para justificar a diabólica máquina da morte.”
Eduardo Galeano


Morreu Hugo Chávez mas está viva a luta contra a pobreza na América Latina. Um texto equilibrado no Público, de Ana Gomes Ferreira, refere a existência de mais de 30% de pobreza na Venezuela e muito se vai ouvir falar nestes dias da pobreza na Venezuela.

Faltou referir nesse artigo que na Venezuela a pobreza ultrapassava há dez anos os 60%. O governo de Hugo Chávez, reduziu num curto prazo, a pobreza para cerca de metade. Podem fazer todas as campanhas internacionais contra o chamado “socialismo do século XXI” de Chávez, mas o povo venezuelano não esquece as grandes alterações na educação, na saúde, na habitação, na sua dignidade como povo.

Os ataques à Venezuela e aos povos da América Latina vão continuar na imprensa e vão continuar os projectos conspirativos estrangeiros e das antigas oligarquias. A Venezuela por agora está bem entregue, e a maioria da América Latina também. Tivesse a Europa líderes semelhantes e não estaria a caminhar para o buraco.

Morreu Chávez, continua viva a sua luta pela dignidade e independência dos povos. Que na América Latina continuem a encontrar mais felicidade que pela mui civilizada e rica Europa, felicidade, é coisa que se vai perdendo.

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terça-feira, 5 de março de 2013

Freitas do Amaral ataca Sócrates, Marcelo reabilita-o.

Pesquisar por Marcelo na TVI 3 de Março. Mar.2013

O ex-ministro de José Sócrates e fundador do CDS, Freitas do Amaral, defendeu que Sócrates já devia ter “assumido as suas culpas” na crise.

Sócrates terá a sua parte de culpas, como o próprio Freitas e muitos outros que se desculpam no antigo primeiro-ministro. Sócrates figurar como o principal causador da crise, que toda a gente minimamente atenta e informada sabe que é fundamentalmente europeia e internacional, já cansa pela tolice.

Mas é o que vem à boca de cena, em todos os períodos de dificuldades para o governo da coligação PSD/CDS (não sai do palco tão cedo). Faz parte da “AgiProp” que o professor Marcelo gostaria de ver mais activa nas hostes do seu PPD/PSD.

Curiosamente, na última reunião com Judite de Sousa, (sessões que a TVI transmite aos domingos) o professor Marcelo resolveu reabilitar Sócrates. A causa aparente é a futura eleição presidencial, em que quer Durão Barroso quer Marcelo Rebelo de Sousa são putativus candidatos.

Como se sabe, Barroso afirmou que a crise portuguesa devia-se às nossas “escolhas económicas” erradas. Houve agitação por cá, mas ninguém foi tão claro como Marcelo no domingo passado, disse na TVI: “ele (Durão Barroso) era presidente da Comissão europeia quando a Europa deu luz verde a Sócrates para gastar dinheiro”… e precisou: “As pessoas já esqueceram que a Europa mandou gastar (na crise de 2008); houve cobertura Europeia e cobertura dele” (Barroso).

Assumir que a “Europa mandou gastar”, até aflige alguns partidários de Tó Zé Seguro que antes da intervenção de António Costa abusavam do argumentário da direita sobre as culpas da crise. 

As “ingerências” do ex-ministro Freitas do Amaral apenas demonstram a sua adaptabilidade aos tempos da política e do poder. Apesar de dizer ter pouca saúde, executa cambalhotas como um ginasta olímpico.

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segunda-feira, 4 de março de 2013

Ministro Álvaro com bilhete só de ida para o Canadá.

Ministro Álvaro pode partir hoje para Toronto. Mar.2013

Inserida na semana de luta dos trabalhadores dos transportes, que se inicia hoje, os trabalhadores da TAP manifestam-se no Largo de Camões, em Lisboa, e entregam no Ministério da Economia um bilhete “só de ida”, para Toronto, ao ministro Álvaro Santos Pereira.

A TAP (SA) fechou o ano de 2012 com lucro de 16 milhões de euros. Os oito sindicatos que representam os trabalhadores da TAP entregaram hoje um pré-aviso de greve, para os dias 21,22, e 23 de Março.

Os trabalhadores protestam contra os cortes salariais e a política do governo, que está a provocar uma razia de quadros qualificados da TAP, cuja opção vem sendo a emigração.

É contra o “desfalque de quadros técnicos da manutenção e voo da TAP” que os trabalhadores fazem o gesto simbólico de entregar um bilhete de regresso (a Toronto) ao ministro da pasta dos transportes. 

O ministro Álvaro tem vários voos para Toronto. Podia aproveitar a borla.

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domingo, 3 de março de 2013

Manif. 2 de Março. A contramanifestação dos números.

Foto manifestação 2 de Março. Mar.2013

O jornal Público engendrou um novo tipo de repórter, na linha muito publicitada do “ganhe dinheiro trabalhando em casa”. 

João Pedro Pereira, o repórter sentado, especialista em escrever sobre coisas que lê na Internet, abalançou-se a fazer uma contra-manifestação ao protesto popular de ontem.

Para tal, contou (de casa) clareiras no Terreiro do Paço e muitas aldrabices no texto. Estive na manifestação de Lisboa, não sei ao certo quantos manifestantes lá estiveram, mas sei que o repórter (!?) do Público ainda o sabe menos. O método dele é uma intrujice, seja voluntária ou fruto da ignorância.

Os metros quadrados do Terreiro do Paço são estáticos, as pessoas não. Os manifestantes do 2 de Março não preencheram a praça, agrupando e ajeitando-se no espaço, esperando uns pelos outros, não arredando pé até fazer uma massa de gente. Isso faz a batida Intersindical, o que levou outro “repórter sentado”, (o Ricardo Costa da SIC/Expresso) a dizer que esteve mais gente na Manif. (da Greve Geral) da CGTP que agora. É falso, afirmo eu que estive nas duas.

Entrei na manifestação na Avenida da Liberdade, perto dos Restauradores, a seguir ao primeiro sector (o silencioso). Quase toda a manifestação estava a montante. Foi enchendo à frente com populares que foram entrando daí para baixo e passado pouco tempo da nossa chegada ao Terreiro do Paço cantou-se a “Grândola”.

É visível nas televisões a saída de gente ainda antes do hino, e muitos mais saíram daí em diante. Foi uma caminhada com passagem pela Praça e não uma concentração, como facilmente qualquer jornalista que fez reportagem (no local, que é onde se fazem) notou. Foram horas a entrar e sair gente. Saí já noite, pelas 19 horas porque não aguentava, nem quem foi comigo, as já 4 horas em pé e ao frio – estava ainda a chegar a “maré da saúde”.

Foi patente que os manifestantes, todos ao mesmo tempo no Terreiro do Paço, não caberiam; as contas do “repórter sentado” do Público não servem de nada aos leitores. Servem para a organização “que se lixe a troika” corrigir procedimentos; tempo de saída, itinerários, distâncias e estrangulamentos, cabeça de manifestação, etc, ou mesmo o modelo, aprendendo com a experiência e com quem faz bem. 

O que é mais importante é a grande manifestação nacional contra este governo.
Pois é.
Mas não podemos esquecer como este governo foi lá parar e com quem conta para lá se manter.

Post Scriptum:
O Público volta hoje (2ªF) à carga com a ocupação por metro quadrado, quando se sabe que a manifestação de 2 de Março obedeceu a uma dinâmica de passagem pelo Terreiro do Paço e não a uma concentração “tipo Fátima”. É o argumentário para as discussões das segundas-feiras, a razão por que se vendem os jornais ditos desportivos. Haja paciência…



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