terça-feira, 11 de setembro de 2012

Gaspar - austeridade, cortes e recessão. Portas vacila.

Vitor Gaspar anuncia mais cortes e impostos. Set.2012

O governo falhou este ano, vai falhar para o ano e a troika deu-lhe ainda mais outro ano para voltar a falhar. Mais tempo para o ajustamento sem que isso signifique qualquer alívio nos sacrifícios pedidos aos portugueses.

O que Vítor Gaspar anunciou foram cortes adicionais para os pensionistas, despedimentos directos nos contratados da função pública, cortes na Educação, na Saúde, nas Prestações Sociais.

Confirmou o agravamento fiscal com a redução significativa dos escalões de IRS (ver aqui), disse textualmente que vai haver um “aumento da taxa média do imposto”.

Confirmou as medidas anunciadas por Passos Coelho e ficou-se a saber que os trabalhadores independentes sofrem impostos em igual proporção (sobem para 31,7%).

O quinto exame não deu mais prazo que aos outros países, até 2014, nem introduziu qualquer medida que inverta a espiral recessiva. Junta ao falhanço da meta do défice para 2012, um limite maior para 2013, (4,5%) mas em vez da anunciada "recuperação para o ano", prevê um aumento da recessão.

Vítor Gaspar insistiu que a “desvalorização fiscal” ou “TSU/roubo de salários” (ver aqui) vai fazer aquilo em que ninguém acredita; criar emprego, aumentar exportações, acelerar o processo de ajustamento, tornar Portugal competitivo, atrair investimento e até baixar os preços ao consumidor.

Baixar a TSU era um experimentalismo, nas suas próprias palavras, mas agora fizeram novas experiencias (em “modelos”) e resulta tão bem que resolve tudo numa penada. O patrão Belmiro, que seria dos mais favorecidos (20 milhões de euros) suspeita que perde - por causa dos consumidores ficarem sem dinheiro para gastar no Continente - mas isso é um pormenor.

Não há nada a esperar de quem diz que as medidas de austeridade não são responsáveis pela redução da procura interna. Vítor Gaspar era o trunfo de um baralho de incompetentes, é um falhado.

Transformar a contestação geral ao governo, em movimentos de toda a espécie que levem ao seu derrube, é a principal tarefa dos portugueses.

PS. Paulo Portas, que diz ter estado calado “por patriotismo”, parece não estar pelos ajustes. Se servir para acabar com este tormento é bem-vindo, todos os santos ajudam, até os vindos das profundezas do inferno.

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