domingo, 30 de dezembro de 2012

Evo Morales nacionaliza empresas de electricidade.

Espanhola Iberdola expropriada na Bolivia. Dez.2012

O presidente da Bolívia, Evo Morales, aprovou ontem o decreto que nacionaliza as quatro filiais de empresas de electricidade que a espanhola Iberdrola detinha no país. A partir de agora, o sector eléctrico boliviano, produção distribuição e serviços, está nacionalizado. Morales defendeu que “os serviços eléctricos são parte dos direitos fundamentais estabelecidos na Constituição”.

As nacionalizadas são; as distribuidoras Electropaz, de La Paz, a Elfeo de Oruro, a administrativa de investimentos CADEB e a empresa de serviços Edeser, todas da Iberbolivia de Investimentos S.A./Grupo Iberdrola.

Segundo o presidente, durante quatro meses negociaram com a Iberbolivia para que baixasse as tarifas de energia e as tornassem equitativas entre as zonas urbanas e as rurais; sem resultados.

No acto da nacionalização, o presidente da Bolívia afirmou: “fomos obrigados a tomar esta medida para que as tarifas do serviço eléctrico sejam equitativas entre os departamentos de La Paz e Oruro, e a qualidade do serviço seja uniforme na área rural e na área urbana”.

Declarações do ministro da Energia, Juan José Sosa, e da responsável pelo sector eléctrico, Hortênsia Jiménez, apontam para uma redução das tarifas nas zonas rurais na ordem dos 50%, aproveitando os dividendos da agora nacionalizada Electropaz, que chegam a 11 milhões de dólares.

O governo boliviano compromete-se, num prazo de 180 dias, a pagar a totalidade das acções da Iberdrola, após avaliação independente.

Nos últimos seis anos, tem-se verificado na Bolívia, nacionalizações e renegociações dos contratos de exploração por empresas estrangeiras; em empresas mineiras, de telecomunicações, do petróleo, da geração de energia ou da rede elétrica.

Vão no sentido de repor o domínio boliviano sobre os seus recursos naturais, de fazer pagar o que é justo pela exploração desses bens, e do controlo do Estado sobre tudo aquilo que é estratégico para o país.

Nós, por cá, vamos precisamente em sentido contrário…

Pensem nisto para o ano - boas entradas em 2013!

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