quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Manifestação 2 de Março. Próxima meta.

Boaventura Sousa Santos na SIC. Fev.2013
Clicar na foto - SIC

Para Boaventura Sousa Santos a actual contestação “é um sinal do crescente isolamento do governo em relação aos portugueses” (SIC).É visível. Por mais que todos os Mass Media Mafiosi ponham os seus “jornalistas” e comentadores (ou os políticos do regime) contra quem se manifesta, é patente o desagrado geral em Portugal. Com ou sem manifestações o governo perdeu a grande maioria dos portugueses, como é notório por todo o lado.

Boaventura observa que os movimentos sociais em Portugal “nunca foram muito fortes” e que tanto eles como as forças partidárias não estão a responder aos anseios dos mais jovens. Sendo verdade, esses desejos não se saciam no acto da contestação.

As organizações informais de manifestantes funcionam como expressão momentânea do descontentamento, divulgam os sentimentos populares, agregam e ajudam a mobilizar para demonstrações de massa, mas se não têm continuidade  e trazem organização, podem servir substancialmente de escape da tensão social.

Vejo por aí a meta de 2 de Março como se não houvesse 3 de Março; o crescendo de agitação até 2 de Março justifica-se, mas também se justifica que fique algo após essa meta. Ou em 2 de Março há a “explosão social” que leve à demissão do governo, do Cavaco, ou de outro objectivo similar, ou é preciso continuar na rua e continuar a “Cantar as Fevereiras” aos governantes, ao CDS, ao Presidente da República, e talvez ao António José Seguro.

Mas as movimentações produzem efeitos; como diz Boaventura, podem levar até a que haja partidos “que se mobilizem um pouco mais”, por exemplo, “a que o próprio PS, se dê conta que este movimento está a passar à margem do maior partido da oposição” e o leve a “fazer parte da solução e não do problema”.

Temos de estar preparados para um 2 de Março meta final ou meta volante, para a resposta do poder e dos enormes meios à sua disposição, desde logo a totalidade dos Mass Media Mafiosi que controla. Eles vão medir, comparar e relevar dados das manifestações, vão tentar minimizar e controlar danos.

A contrapartida só pode ser mais mobilização e mais organização, mais firmeza na resposta. 

Não se podem dar tréguas – forte contestação até o governo ir embora!

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2 comentários:

A.Rodrigues disse...

O PS parece estar a mexer-se, depois da pressão do Costa, mas há muitas contradições internas e pode estar a perder a grande oportunidade de descolar do PSD.
Não se sabe que expressão tomará mas a contestação ao governo não vai parar. Com outro que não o Cavaco já estava resolvido,assim tem de ser ao empurrão, empurrando todos.

Anónimo disse...

Não percebo a razão de não incluir as Forças Armadas nos destinatários da contestação quando o que está a dar é cantar-se a "Grândola, Vila Morena". Se há 38 anos serviu para que os militares começassem uma Revolução que, com a adesão da População, teve êxito pleno, agora, deve ser a População, em directo, a emitir o sinal.Dar qualquer crédito aos súbditos bem mandados da alcunhada "internacional socoalista" é querer juntar a fome com a vontade de comer.CLV