domingo, 1 de junho de 2014

Directas abertas à moda de Seguro.

Costa enfrenta blindados de Seguro. jun.2014

Eleições primárias abertas, na boca de António José Seguro são um ardil. Tal proposta mereceu uma carta de militantes socialistas ao último Congresso do PS (ler aqui) e Seguro impediu a sua discussão. Tal proposta foi aliás defendida por António Costa (ler aqui) o ano passado. E tal proposta não vem secundada, por Seguro, da forma de a viabilizar. O facto de não ser para a eleição do secretário-geral do PS mas apenas do candidato a primeiro-ministro é a outra armadilha.

Controlar o partido mais votado é controlar o apoio parlamentar ao primeiro-ministro. O caso italiano e a ascensão de Matteo Renzi, do Partido Democrático, ao governo, é exemplo disso. As eleições abertas para serem sérias e não à moda de Seguro, terão de ser para secretário-geral, como proposto na carta ao Congresso do PS. A oposição ao método com os argumentos de batota dos eleitores, (ouvi ontem Marques Mendes, ouvimos antes Louçã) não faz sentido. Nunca aconteceu nos outros países.

Seguro está convicto que se não se demitir não há candidatura de Costa, como ditam os estatutos - que Seguro assegurou, para se apropriar do PS. Depois destas cenas, se Seguro ganha (com ou sem congresso) abre-se um espaço imenso no centro-esquerda português para novos e emergentes partidos… como o Livre.

No dia um de cada mês, os títulos aqui mais lidos no mês anterior:

06/05 – Zona Euro - O pior de dois mundos.

02/05 – Avaliação. O herói surpresa.

27/05 – António Costa agita o pântano.

30/05 – Mário soares explica com desenhos.

10/04 (2013) – João Ferreira do Amaral, sair do euro, a entrevista.

18/05 – TSU dos pensionistas vai acabar. Diz o PS.

01/05 – Manifestação do 1º de Maio é na rua.

23/05 – Abstenção e apelo ao voto. Marinho e Pinto.

03/05 – Massacre em Odessa.

26/05 – Abstenção promove bloco central.

(clicar nos textos a cor para ler os artigos)

Para ver últimos posts clicar em – página inicial














2 comentários:

Carlos Leça da Veiga disse...


Com Costa ou com Seguro o partido socialista está no ocaso e de lá não sairá. Se mais não houvera para ter traçado o seu destino, haverá de acrescentar-se o facto novo na vida nacional, exactamente, o da População eleitora ter-se apercebido que pode votar noutras figuras e, assim, os partidões têm à vista o fim anunciado. Fizeram o mal e, agora, armam a caramunha.

Que méritos tem o Advogado Costa, um autarca sem valor apreciável, um sorumbático de primeira água, para conseguir mobilizar o imobilizável. Infelizmente, ao que parece, o País vai ter de aguentar com um bloco central, modelo Singapura.
CLV

Unknown disse...

Há uma esquerda que prefere um governo de direita ou do bloco central. Limita-se à denúncia ou à contestação aos governos e tem vivido (muito bem) assim - e disso.

Costa é um inconveniente, pois conseguiu quer como líder parlamentar quer na Câmara de Lisboa, aproximações à sua esquerda e trabalhar com eles; é também estranho ao aparelho do PS que já anda às turras com a proposta de eleições primárias abertas de Seguro (não são nada abertas como se confirmará brevemente) que lhes iria aos tachos.

A campanha contra Costa já anda em “blogues de esquerda” (aliada da primeira tropa do Relvas) ao estilo negro anti-sócrates. Os votos em partidos pequenos reflete a penetração da publicidade contra a política mas dispersa-se num primeiro momento para reagrupar mais tarde, como em Itália. Pode demorar muito ou pouco tempo, depende da acção dos governos sem oposição, como o actual.