quarta-feira, 4 de junho de 2014

E que tal – um governo constitucional?

Já não vale a pena criticar o governo. Jun2014
 
O governo de Passos e Portas lançou a sua máquina mediática infernal contra o Constitucional, até o futebol passou para segundo plano nas televisões. 

Devia alertar os democratas defensores de um Estado de Direito, devia mobilizar toda a sociedade, independentemente de serem muito à esquerda ou mais ao centro ou além de tudo isso. Temos o governo mais retrógrado da democracia.

Já não vale a pena criticar o governo, tem de se tirar Passos Coelho do poder. Não se pode permitir que só ou acompanhada, esta direita continue no próximo governo.

Hoje escrevi na caixa de comentários deste blogue (acerca de António Costa) o seguinte:

Há uma esquerda que prefere um governo de direita ou do bloco central. Limita-se à denúncia ou à contestação aos governos e tem vivido (muito bem) assim - e disso.

Costa é um inconveniente, pois conseguiu quer como líder parlamentar quer na Câmara de Lisboa, aproximações à sua esquerda e trabalhar com eles; é também estranho ao aparelho do PS que já anda às turras com a proposta de eleições primárias abertas de Seguro (não são nada abertas como se confirmará brevemente) que lhes iria aos tachos.

A campanha contra Costa já anda em “blogues de esquerda” (aliada da primeira tropa do Relvas) ao estilo negro anti-sócrates. Os votos em partidos pequenos reflete a penetração da publicidade contra a política mas dispersa-se num primeiro momento para reagrupar mais tarde, estamos a ver em Itália. Pode demorar muito ou pouco tempo, depende da acção dos governos sem oposição, como o actual.

Para mim, e para aqueles que vivem o dia-a-dia semelhante ao meu (e percebem porquê), o primeiro objectivo é tirar esta gente de qualquer governo, o resto é cavaqueira (muito politizada) com promessas de desenlaces lindos e utópicos para antes de 2015, ou qualquer dia. Nenhum governo será igual ao que temos hoje é para mim uma observação objectiva e que vai haver um governo a seguir a este também.

Como os portugueses têm quase todos a 4ª classe, sabem somar. Somando os partidos pequenos que não querem governar, às tertúlias que nem votam não dá para fazer um governo. Dá apenas para passar o tempo na conversa.


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1 comentário:

Carlos Leça da Veiga disse...

Sendo como dizes competia aos partidos que se afirmam de esquerda fazerem qualquer coisa para bloquear a actual maioria parlamentar. Que fazem em São Bento? Agora mesmo que votem contra o pedido de explicações - a tal aclaração - que querem fazer ao Tribunal Constitucional acabam por permitir vincular a chamada Assembleia da República ao desrespeito pelo Constitucional e, de passo em passo, à situação previsível de o Governo – com o apoio internacional - borrifar-se para a deliberação dos constitucionalistas e fazer o que quiser.
CLV