quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Ângela Merkel e Netanyahu concordaram em discordar.

Netanyahu na Alemanha.Dez.2012


Fiasco de Netanyahu na Alemanha. Ângela Merkel disse à saída do encontro entre ambos, que os dois “concordaram em discordar” sobre novas construções em território palestiniano.

Entretanto ocorreu hoje a primeira iniciativa da delegação palestina na ONU. Foi apresentado um pedido, na sede em Nova Iorque, através de cartas dirigidas ao secretário-geral Ban Ki-moon e ao Conselho de Segurança, para que a ONU proceda de forma a impedir o aumento dos colonatos israelitas nos territórios ocupados da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental.

O primeiro – ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, iniciou ontem uma visita à Europa. De manhã foi a Praga agradecer aos actuais dirigentes da República Checa; o único país europeu a votar contra o estatuto de observador da Palestina. (ver AQUI como votou a Europa). Depois partiu para a Alemanha, habitual aliado de Israel, para tentar obter o apoio que Merkel não deu na ONU.

Netanyahu, desiludido com o revés da abstenção alemã e perante as poucas semanas que faltam para as eleições legislativas em Israel, queria alguma vitória no campo diplomático, não conseguiu.

A reacção de Israel, ao reconhecimento da Palestina como observador na ONU, foi anunciar a construção de 3.000 novas habitações para colonos israelitas em territórios ocupados; o desenvolvimento do “Bloco E1” (um projecto que corta Jerusalém Oriental da Cisjordânia) impedindo a continuidade territorial e pondo em causa o Estado Palestino; e ficar com cerca de 100 milhões de dólares dos impostos cobrados em nome da Autoridade Palestiniana.

Sucederam-se as críticas internacionais, com a convocação dos seus embaixadores por vários países e a reprovação dos Estados Unidos e da Alemanha, os mais próximos e tradicionais aliados.

As tensões diplomáticas existentes com Israel ligam-se com a política interna. Com eleições a 22 de Janeiro, o isolamento do estado judaico no mundo, por um lado, e as posições favoráveis à colonização acelerada dos territórios ocupados,por outro, são equações da campanha eleitoral. Sondagens em Israel dão vitória à direita em conjunto com as forças ultranacionalistas.

Parece longe o caminho da paz, razão para não esmorecer a pressão internacional.

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1 comentário:

Augusta Clara disse...

Os colonatos que estão, agora, a construir são uma autêntica provocação à decisão da ONU: dividem a Cisjordânia ao meio.