segunda-feira, 7 de outubro de 2013

TSU dos reformados – na viuvez, o início do pacote.

TSU dos pensionistas para viuvez. Out.2013

A arte de mal mentir a toda a força. Portas diz que cortes das pensões de sobrevivência não estavam desenhados na quinta-feira. Não precisamos de desenhos para perceber as intenções do governo; a TSU dos reformados na viuvez é o início do novo pacote de austeridade.

Os reformados da Segurança Social têm estado a ver os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações (CGA) serem atingidos por cortes múltiplos… na expectativa. A própria Manuela Ferreira Leite queixava-se na televisão, após a conferência de aldrabões, sobre as conclusões da 8ª/9ª avaliação da troika da “linha vermelha de Paulo Portas” ser apenas para o regime geral.

Ferreira Leite acusou Portas, afirmando que “a TSU (das reformas) foi substituída pelos cortes de 10% sobre as pensões da CGA”. Falou cedo de mais, dois dias depois já havia uma parcela do regime geral que vai ser afectada por cortes directos, as viúvas e os viúvos. 

A TSU da viuvez (pensão de sobrevivência ou pensão de viuvez) vai empobrecer e desamparar os mais velhos que perderam o rendimento do cônjuge, até um limite de dificuldades que ainda não sabemos.

Já aqui se anteviu que o governo tentaria “ir às reformas” do regime geral. Esta medida, por extrema e desprezível, e até pelo valor relativamente irrisório da ladroeira (100 milhões de euros), parece ter por missão experimentar a reacção da opinião pública e afinar o conflito com o Tribunal Constitucional. 

O novo pacote de austeridade, peça a peça, sabê-lo-emos aquando do Orçamento de Estado. O que não saberemos é que medidas substitutivas serão implementadas pelo governo, perante os casos esperados de inconstitucionalidade. 

Daí que ninguém possa pensar que não é atingido.

Devia fazer pensar em duas coisas. Primeiro; ninguém está livre de ser abrangido por cortes directos nos seus rendimentos. Segundo; sendo todos os cortes recessivos, todos serão afectados.

Não há motivo para os portugueses se deixarem dividir, para o governo conseguir dividi-los. 



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