segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Passos Coelho não gosta dos seus conterrâneos.

Avião de Bragança  - vigarice .Jan.2014
Portugueses que gostam mais dos alemães, (ou dos americanos, ou dos russos, ou dos espanhóis) que dos seus compatriotas, há muitos. Que detestem os patrícios da sua terra, daquele lugar primeiro do nascimento é mais raro.

Ontem, José Sócrates contou um episódio da indecência da política eleitoralista, que merece ficar para memória futura.

Sócrates também tem histórias, outros políticos terão outras, mas a de Passos Coelho com a linha aérea Trás-os-Montes/Lisboa é uma nojeira exemplar.

Este governo, em Novembro de 2012, retirou o subsídio de rota à carreira aérea Lisboa-Vila Real- Bragança. O transporte por avião que funcionou ininterruptamente durante 15 anos ficou suspenso, porque, dizia o governo, Bruxelas não permitia esse financiamento.

No fim de 2012, o governo anunciou uma solução (subsídio por bilhete) para repor a ligação aérea. Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, informou estar dependente da aprovação de Bruxelas.

Sócrates disse ontem no seu programa na RTP, que recentemente o primeiro- ministro informou não ter ainda “luz verde da Comissão Europeia” para o novo modelo de financiamento. Mas, “acontece que deputados do PCP perguntaram à Comissão” pela proposta do governo português e a Comissão Europeia respondeu: “não tomamos posição pela simples razão de o governo português não ter cá proposta nenhuma, já teve mas retirou-a”, conta Sócrates.

Pior, ainda, que esta aldrabice obscena, são as datas em que a proposta entrou e foi retirada da Comissão Europeia.

Segundo o comentador averiguou, o governo fez um decreto-lei (o tal dependente de Bruxelas) e anunciou-o, com promessas, em 13 de Agosto (período da campanha autárquica). Em 29 de Setembro deram-se as eleições autárquicas, e no dia 30…no dia seguinte à votação – o governo retirou a proposta de Bruxelas.

Passos Coelho enganou os transmontanos indecentemente.

Passos Coelho não tem raízes - nem aprumadas, nem murchas. Dizem-no transmontano, fizeram-no presidente da assembleia do município de Vila-Real, mas não passa de uma infiltração de sujidade nas terras asseadas de Trás-os-Montes.

Passos Coelho obrigou as portagens na A 24, parou o Túnel do Marão, extinguiu o museu do Côa e quer fazer o mesmo ao helicóptero de Macedo, encerra serviços hospitalares, escolas e tribunais; mas ainda o recebem em Trás-os-Montes.

E recebem-no bem…e voltam a votar nele?!


Para ver últimos posts – clicar em página inicial











1 comentário:

Anónimo disse...

Aldrabão. O ppc é um aldrabão e promete o avião outra vez porque há eleições europeias.