quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Vítor Gaspar quis banir TVI das reuniões europeias.

Imagens TVI usadas por outros jornalistas. Fev 2012
Se a Dona Merkel é a dona, Wolfgang Schauble é o dono, quando se tem uma obediência canina pelos donos, resulta na enormidade de vermos responsáveis políticos portugueses a defender que jornalistas do seu país sejam banidos de locais onde eles – entre outros – exercem a sua profissão.

Maria Rui Fonseca, porta – voz da Representação Permanente de Portugal na União Europeia, diz que a decisão de suspender os jornalistas da TVI foi tomada “em articulação e segundo instruções do ministério das Finanças”. Temos outro ministro das Finanças que lida mal com a Liberdade de Imprensa, vamos ver se não chega a “Presidente do Concelho de Ministros”, como o outro.

Conheço o Código Deontológico dos Jornalistas e como o director de informação José Alberto Carvalho, poria o trabalho recolhido pelos repórteres no ar. O interesse público da notícia sobrepõe-se a qualquer acordo conversado em Bruxelas. A prova que teve relevância é que o vídeo foi usado por outros órgãos de informação para “fazer jornalismo” e até fez baixar as taxas de juro dos empréstimos a Portugal.

Não sei o que é pior, se a censura se a autocensura, andam ambas por aí de mãos dadas com o péssimo jornalismo de frete, que já é o mais preponderante dos meios de comunicação portugueses. Maria Rui Fonseca e Vítor Gaspar envergonham a democracia portuguesa quando defendem que a TVI “devia ser banida para sempre” de Bruxelas.

Como deu nota José Alberto Carvalho não se entende porque é que as televisões da Suíça e de Espanha que fizeram o mesmo que a TVI não tenham sofrido sanções; a única diferença é não terem aborrecido os alemães, os que se julgam donos porque têm submissos que lhes prestam vassalagem.

Os repórteres da TVI Pedro Moreira (jornalista) e António Galvão (imagem) fizeram uma declaração curiosa: “Esperamos que o facto da câmara da TVI não estar na sala ajude o Conselho Europeu a combater a recessão económica e o desemprego de 24 milhões de pessoas”. Meus caros, nem o microfone direccional mais potente seria capaz de captar tal coisa.

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