domingo, 3 de junho de 2012

Alemanha. Die Linke - a esquerda - tem novos líderes.

Die Linke novos dirigentes Bernd Riexinger e Katja Kipping.Jun.2012

O Congresso do partido Die Linke (a esquerda, em português), realizado este fim-de-semana, elegeu para novos líderes Bernd Riexinger e Katja Kipping.

O Die Linke é a formação política parlamentar mais à esquerda da Alemanha, criado em 2007 com a fusão do PDS de Lothar Bisky, “herdeiro” do Partido Socialista Unificado da Alemanha, que governou a Alemanha de Leste, e a WASG de Oskar Lafontaine. Outros agrupamentos políticos compõem o Die Linke, de socialistas libertários a sociais-democratas, marxistas ortodoxos ou defensores do socialismo democrático.

O Die Linke está filiado no Grupo da Esquerda Unitária/ Esquerda Nórdica Verde (GUE/NGL) a que pertence o Bloco de Esquerda português, é actualmente o quarto maior partido no parlamento alemão, mas perdeu nos últimos tempos várias eleições e oito mil membros dos cerca de 76 mil que tinha em 2008 (fonte, doc. congresso Die Linke).

O desfecho do Congresso segue-se a meses de disputa pela liderança, a candidatos que se anunciavam e desistiram, a discussões internas que deterioravam o partido. O grande derrotado é Dietmar Bartsch, oriundo do PDS, da linha chamada reformadora; a pouca diferença de votos, 45% para ele e 53% para Riexinger pode vir a constituir uma ameaça à unidade do partido, segundo alguma imprensa alemã.

Bernd Riexinger para além de dirigente do Die Linke como os restantes, é responsável pelo sindicato (União) Ver.di em Stuttgard, o segundo maior sindicato da Federação Sindical Alemã DGB. Riexinger vem da formação WASG. Katja Kipping, a outra presidente eleita do Die Linke é proveniente da parte oriental e do PDS, de que foi vice-presidente. É deputada do Die Linke no Bundestag (parlamento alemão).

Para os novos dirigentes, o desafio é recuperar a influência política que “A Esquerda” vem perdendo nos últimos tempos e que foi patente nas últimas eleições estaduais. O Die Linke precisa preparar as eleições federais de 2013 e as europeias de 2014, a par de fortalecer o partido ganhando apoio na sociedade alemã. Se foi dado o passo decisivo neste Congresso se verá nos próximos tempos.


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