quarta-feira, 20 de junho de 2012

Assaltantes. Cuidados redobrados com os assaltos.

Assaltos. Jun.2012
Às G3, como ao G20, pode ser dado bom ou mau uso, depende dos alvos. Quando o povo usa mal a arma do voto, sujeita-se.

Mas, como o muro das lamentações não mora aqui, venho dar conta de uma situação; as “tropas” estão a tomar posição. Não é propriamente “os tropas”, mas a tropa usada para ir ao bolso dos cidadãos, que como se sabe assume várias formas e veste outros tantos modelos.

Descobri no jornal “O Crime”; como o nome indica, uma “referência” no meio criminal/policial, que, – “segundo revelaram (ao jornal) vários responsáveis policiais”, estamos a falar da PSP e GNR, “para avançar com a renovação da frota (automóvel) terá primeiro de ser reunida a verba necessária em multas de trânsito e outras contra-ordenações, ou seja, cerca de Sete milhões de euros”. Sublinhado meu.

Não vou salientar a evidente caça à multa, (já o referi e deve ser lido por quem tem de renovar a carta de condução - clicar AQUI), mas antes o esforço dos governantes para criar estímulos que aumentem a produtividade de determinados funcionários do Estado.

Com a devida vénia ao “O crime” transcrevo parte do e-mail do comandante da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial (EIFP) da PSP de Sintra, em que “o comandante simplesmente arrasou os 43 elementos” da esquadra. Diz assim:

«O rendimento da EIFP pode cada vez mais integrar-se na categoria de vergonhoso. Para vossa informação em Maio a produção foi de duas detenções e três autos de identificação. O que foi feito neste mês tem de ser feito por cada equipa a triplicar, no mínimo”, escreveu o subcomissário Rui Santos, acrescentando “Parece que se está a tirar férias do trabalho! Pois eu também vou tirar! Enquanto não aparecer um mês minimamente digno de uma semana de trabalho, não vou considerar pedidos de excessos e outras concessões”

O e-mail continua no mesmo estilo descontrolado e ameaçador, poupemo-nos. “Certo é que o e-mail está a revoltar os agentes, que se dizem pressionados a passar multas”. Diz o jornal.

São sete milhões em multas, e nestas alturas lembro a “voz corrente” que perante a campanha da polícia, para não se fazer sinais de luzes denunciando as suas emboscadas – dizia a campanha que pode sinalizar a um ladrão a presença da polícia – pergunta. “Quantas vezes te roubaram o carro, quantas vezes foste assaltado pela polícia”.

Eu não digo para sinalizarem com médios intermitentes a presença de operações stop, é crime e dá multa, mas confesso que fico satisfeito quando vejo esses sinais. Há alturas, aquelas em que é flagrante a caça à multa, em que esses sinais de luzes podem ser interpretados como do mais alto civismo.

Não pior mim, claro, que me pélo para andar sempre dentro da lei.

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