domingo, 10 de junho de 2012

Seguro exige para Portugal condições iguais a Espanha.

Seguro exige condições iguais para Portugal.Jun2012

António José Seguro não percebe porque “Espanha tem condições mais favoráveis” nos empréstimos financeiros que Portugal, porque há “países de primeira e países de segunda”. A razão é evidente: é porque Espanha, comparando com Portugal, não tem políticos de segunda, não tem oposição de segunda, não tem uma central sindical de segunda nem uma comunicação social de segunda.

O que Portugal tem é um partido socialista de última escolha, que é o inútil do Partido Socialista Europeu e que, oportunistamente, quer aproveitar-se de tudo o que os seus parceiros, governos ou povos da Europa conquistam.

Seguro quer migalhas do que a direita espanhola conseguiu em negociações, com a oposição, os sindicatos e o povo espanhol nas ruas, mas esteve calado quando Espanha tentava aliviar as metas do défice, quando Espanha anunciou contra a EU, as suas metas do défice, não elogiou como Soares a posição soberana de Mariano Rajoy. Seguro não esteve em manifestações, como o PSOE. Seguro apoiou a “regra de ouro” quando sabia que Hollande seria o mais provável presidente da França.

Seguro, finalmente, destruiu toda a sua pouca credibilidade quando, para inscrever uma adenda inútil num papel, se juntou a Passos Coelho e Merkel, contra Hollande na reivindicação das euro-obrigações (Eurobonds). Para se perceber a enormidade da posição política de António José Seguro, refira-se apenas que Mariano Rajoy, em plenas negociações para o resgate, na última terça-feira defendeu publicamente e no parlamento, as Eurobons, coisa que faz parte das exigências do PSOE.

Seguro escolheu um caminho para o Partido Socialista Português que é de pregar a paciência, incutir a paciência, praticar e aconselhar a paciência; uma característica de cobardia política já humilhantemente traduzida em análises sociais (até no New York Times) como fazendo parte do povo português. O povo português tem sido apenas enganado, está a ser enganado, pelo poder (naturalmente) e pela cobardia e oportunismo da falsa oposição.

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