sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Saúde de Chávez complica jornalismo.

Noticia o jornal espanhol ABC.Jan.2013

Chávez sofreu “complicações” após “grave infecção pulmonar”.

Em que ficamos, Chávez está em coma induzido e têm programado desligar a máquina ou acredita-se nos comunicados oficiais do governo venezuelano?

O ministro da Informação e Comunicação, Ernesto Villages, deu esta madrugada a informação número vinte e tal sobre o estado de saúde do presidente Hugo Chávez. Disse que Chávez ainda está a sofrer de insuficiência respiratória como consequência de uma severa infecção pulmonar. (integralmente, AQUI)

Não contradiz nada do dito antes oficialmente, é no entanto muito diferente do propagado pela comunicação social portuguesa nos últimos dias, baseada na nada confiável notícia do jornal espanhol ABC, do dia 2 de janeiro.

O ABC não é confiável porquê? Experimentem pesquisar por «ABC Fidel Castro» na Net. Foi o ABC, que deu Fidel como moribundo/agonizante, com uma “embolia massiva na artéria lateral direita”, em Outubro passado. O que levou o próprio Fidel a responder - ver (AQUI) no próprio ABC. É um modo de vida, não é jornalismo, não pode ser replicado por jornalistas.

O papel aguenta muito, mas a Internet tem um outro tempo de memória e arquivo, fica e consulta-se rapidamente, coisa a que os jornalistas formados para a imprensa que se lê e vai embrulhar castanhas assadas, ainda não apreenderam.

Online, o boato vende mas não compensa, o rumor passa ficando como único e fundamental efeito, a descredibilização dos órgãos de informação que o transmitiram. Há temas que não vale a pena abrir em certos jornais, há jornais que já não compensa ler… nem os títulos.

A discussão que o jornalismo encetou sobre os efeitos da Internet nos jornais e a consequente opção de notícias online merece aprofundamento pelos próprios, depressa e bem não há quem, e não se manipula com os pés. 

O maior perigo para os profissionais da informação é haver já muita informação online, mais credível e objectiva que alguma produzida pelos meios tradicionais e os seus profissionais.

 A Internet não mata os jornais, são os jornais que se vão suicidar para a Internet.

(Chávez - ver AQUI)

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