quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Desemprego homólogo sobe 1,4 pontos. Merkel a ver.

Buraco florido.Ago 2013


O período da taxa de desemprego apanha a época sazonal de empregos de Verão, tem de ser lido homologamente a igual período de 2012. Sobe a taxa de desemprego em relação ao ano passado e há menos empregos. (resumo INE em baixo)

Portugal é uma decepção para Ângela Merkel, a campanha de optimismo que circula na comunicação social germânica é contrariada (também) pelos números oficiais do emprego em Portugal. 

Ainda ontem o Die Welt dizia que a “austeridade alemã” sobre os países do sul estava a surtir efeito; “sinais positivos em que recentemente ninguém acreditaria” viriam de Itália e de Espanha, até eram esperados na Grécia e em Portugal. 

Os sinais são realmente falseados e no caso português abissalmente falsos; para além dos números de agora, vai haver mais medidas de austeridade e o consequente impacto negativo na economia nacional. 

A campanha dos “sinais positivos” não é só portuguesa, as economias italianas e espanhola estão em recessão há 8 trimestres (2 anos), os últimos dados de Itália são metade do previsto (!) pelos economistas; 0,2 em vez de 0,4 e em Espanha é negativa à tangente. As economias continuam a encolher mas menos, é logo motivo para falar em saída da crise. 

As eleições alemãs a isso obrigam, e acredita-se que o optimismo doméstico engana os mercados.

Depois temos a realidade das famílias e das empresas, não há campanha optimista que a encubra.

Resumo INE

A taxa de desemprego estimada para o 2º trimestre de 2013 foi de 16,4%. Este valor é superior em 1,4 pontos percentuais ao do trimestre homólogo de 2012 e inferior em 1,3 pontos percentuais ao do trimestre anterior.

A população desempregada foi de 886,0 mil pessoas, o que representa um aumento homólogo de 7,1% e uma diminuição trimestral de 7,0% (mais 59,1 mil e menos 66,2 mil pessoas, respetivamente).

A população empregada foi de 4 505,6 mil pessoas, o que representa uma diminuição homóloga de 3,9% e um aumento trimestral de 1,6% (menos 182,6 mil e mais 72,4 mil pessoas, respetivamente). 

Para ver últimos posts clicar em – página inicial












1 comentário:

JFS disse...

Para a maior parte das pessoas o que fica das notícias é que o desemprego baixou. O ter de ser comparado com o periodo homólogo não diz nada a essa maioria e a campanha da viragem económica está em marcha. Para o inverno já ninguém se lembra disto.