sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Sinais Positivos, Dívida Pública e relatório do FMI.

Obra de passos Coelho.Ago.2013

Em Outubro do ano passado publiquei aqui um texto que fale a pena recuperar - agora que a Dívida Pública subiu para 131,4% do PIB no 1º semestre deste ano e uma vez que tanto se apregoam os sinais positivos.
Nessa altura - Outubro de 2012 - o FMI previa 123,7% do PIB, para 2013.

Do post de 2012: FMI. Previsões da dívida pública 2013/2017

«Quando Passos Coelho entendia estar preparado para governar, mas não governava, pedia “objectivos ambiciosos” para a redução da dívida pública. Passos Coelho entendia que o governo devia comprometer-se “nos próximos quatro anos a reduzi-la pelo menos em 10 pontos, regressando portanto a um valor perto de 75 por cento”. (in JN)
 
Era na altura em que Passos Coelho também queria que o governo se comprometesse a não aumentar a carga fiscal. Adiante.

Hoje, (9 Out 2012) os jornais dão conta de previsões do FMI para Portugal. O Fundo acompanha Vítor Gaspar sobre o valor para 2012, uns 119,1% do PIB (muito longe dos 75%, ou do que havia quando Passos fazia exigências ao governo anterior).

A previsão do FMI para os próximos anos também não condiz com a perspectiva de Passos Coelho. Em 2013, o FMI profetiza um indicador de 123,7%, em 2014 ainda acima de 123%, e em 2015,2016,1017, respetivamente, 120,8%,117,6% e 115,1%. O ano em que será 75% do PIB, o FMI não diz.

A dívida pública não será 75% em 2014, como queria Passos do governo Sócrates, estará acima de 123% do PIB, muito acima do que havia no tempo de Sócrates.

Mas o pior do relatório do FMI sobre a divida portuguesa é dizer (o que já se sabia) que os juros exigidos ao país são muito superiores à taxa de crescimento da economia. O FMI diz que Portugal é dos países do mundo com mais dificuldades em reduzir a dívida pública devido à falta de crescimento.

As medidas do governo para 2013 são altamente recessivas, a redução do défice através dos impostos e corte de investimento “é mais penalizador para o crescimento” também o diz o FMI.» (fim da citação do post de 2012)

Comentário em 2013: Vendem-se sinais positivos mas os números reais das metas estão muito piores que o previsto.

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