quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Provas destruídas, swaps descansem em paz.

zás - trás -  Paz.Ago.2013

(À medida da pouca-vergonha)
 
Muito a propósito; Inspecção-Geral de Finanças (IGF) destruiu papéis essenciais para avaliar swaps

Não é nenhuma ilegalidade (passamos a vida a ouvir isto!) como esclarece a subinspectora-geral da IGF citada pelo jornal Público: “Os processos de controlo no âmbito do Sector Empresarial do Estado mantêm-se na fase activa durante três anos, período durante o qual se mantêm os papéis de trabalho” e indicou “a portaria Nº 525/2002, que estabelece estas regras”. Fim de citação.

Convém reparar que a portaria Nº 525, de Maio de 2002, é obra do governo PSD de Durão Barroso, depois deve-se refletir sobre a discrepância entre a obrigatoriedade de “guardar papéis” no Sector Empresarial do Estado e no Sector Privado. 

As empresas são obrigadas a conservar os “papéis activos” por dez anos, soube agora que sendo do Estado são só três anos. Porquê? As manigâncias no Sector Empresarial do Estado não existem, nem é preciso investigar o passado da gestão do sector público para além de 3 anos? 

É óbvio, e o caso Swaps é paradigmático, que há necessidade de conservar documentos da gestão do sector público por muito mais tempo. Temos o direito de pensar que a portaria de Durão Barroso, que ninguém revogou, foi feita para apagar o rasto da má gestão - e coisas piores.

Descansem em Paz os swapistas e outros gestores de artimanhas várias, quem domina o aparelho de Estado, faz as leis à medida da sua pouca-vergonha.


Post Scriptum: O jornal Público diz hoje (23/08) que a destruição dos papéis “parece contrariar a legislação aplicável sobre eliminação de documentos” no IGF.

Os documentos depois de saírem da “conservação activa” deveriam, segundo apurou o jornal, ser “enviados para um arquivo intermédio, no qual serão preservados durante 17 anos”.


A ser assim o caso é mais grave, trata-se da destruição ilegal de papéis onde “constavam os passos dados pelos inspectores da IGF no controlo feito aos swaps”. Entre os documentos destruídos estão os da Refer, empresa onde a actual ministra das Finanças fez swaps. O caso é mesmo mais grave.

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2 comentários:

Ricardo Albuquerque disse...

Neste nosso país, de gente mansa e brandos costumes, a culpa dos responsáveis políticos morre sempre solteira.
Se fosse um Zé-Ninguém, com fome e que roubasse um pão para dar de comer aos filhos, era logo preso e condenado.
Sendo um político, que "desvia" aos milhões de cada vez do bolso de todos nós, para os repartir com os amigos. Amigos esses que, mais tarde, lhe irão arranjar o tão almejado tacho para quando sair do (des)governo. A esses nada acontece, pois arranjam-se comissões de inquérito e ainda mais comissões de branqueamento, que acabam por ilibar sempre os prevaricadores.
Enquanto os mansos o permitirem, iremos ter muito mais disto...

Anónimo disse...

do que é que estavam à espera? Esqueceram-se dos documentos da compfa dos submarinos destruido pelo Min. dos Neg. Estrangeiros...pelas mãos dos meninos do PP.
não somos a Grécia de facto. o ministro grego está preso e cá...nada. País sem vergonha!

PMesquita