sábado, 2 de julho de 2011

Ministro Vítor Gaspar à frente nas sondagens.

brilhoJul2011

A comunicação social resolveu definitivamente transformar-se em intoxicação social. A forma como foi apresentada uma sondagem da “Eurosondagem” só pode ser para confundir toda a gente. O ministro mais “popular” é o das Finanças, Vítor Gaspar, seguido de Portas e Miguel Relvas, ouvi. As intenções de voto (!) dão o PSD a subir e o PS a descer (!?).

A primeira impressão com que ficamos é que Passos Coelho cometeu o erro da vida dele. Se após dizer que vai tirar 50% do subsídio de Natal a 4 milhões de portugueses eles reagem subindo a sua “votação”, teria sido melhor “roubar” os 150% que precisa. Se a sondagem é verdadeira também é possível tirar 150% aos 100% do subsídio, digo eu.

Depois lá fui confirmar na escrita, que já duvido dos ouvidos. O Expresso confirma em título “Gaspar, Portas & Relvas: a troika popular”, mas quem ler as letras mais pequenas tem a pergunta que foi feita para a sondagem – Dos onze ministros quais acha que vão desempenhar melhor o seu papel? Bom, aqui fica-se mais sossegado, não estamos todos no manicómio, só estão os tipos que fazem jornais.

Fiquei ainda mais tranquilo quando li nas letras ainda mais pequeninas da ficha técnica que o “estudo de opinião” foi feito de 26 a 28 de Junho, antes portanto do anúncio de Passos Coelho do saque de 50% do subsídio. O Expresso também diz que a decisão do governo é anterior ao relatório do INE, o que vem juntar a mentira da justificação à mentira maior de Passos e Portas de que não aumentavam impostos. Mentem como os outros e começam mais cedo a mentir.

Estudos destes ou são rappel ou dinheiro mandado à rua. Propaganda ou “estratégia de comunicação” é muito infeliz. A Vítor Gaspar, ninguém tinha ouvido uma palavra ou sequer um espirro, quando muito serve para aferir o sucesso dos meios de comunicação na promoção de figuras do governo.

Se calhar não é por acaso que o ministro Álvaro é o último da fila, não se cala desde que foi a uma feira advogar o trabalho manual. É que “trabalho de mãos”, seja de ministros, de empresas de sondagens ou da comunicação social, já estamos fartos de ver fazer.

Sem comentários: