sexta-feira, 8 de julho de 2011

Moody`s. A resposta dos portugueses.

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A indignação geral contra a Moody`s é demasiado geral para ser séria.
Há aqueles (gastos - agastados) que sempre acharam que a “mão invisível” dos mercados não são quem promove o bem-estar na sociedade, e os outros, que ganharam o poder político nas nossas últimas eleições, com o seu enxame de peões no poder mediático, cujas cenas de cólera só podem ser fita.

Quem ontem lesse editoriais dos jornais económicos (entre outros) ou ouvisse os costumeiros comentadores liberalóides de Tv, rádio, ou da blogosfera, ficaria espantado. Quem ligasse o canal ETV e visse gente nova e (ultra)passada a esbracejar raiva e revolta contra os malvados das agências de rating, diria que estávamos perante um cisma contra o Deus Mercado.

Depois tive a sorte de ver num dos canais televisivos o ex-jornalista de economia e actual opinion maker, José Gomes Ferreira, contorcionista do Circo dos Amadores do Mercado, que explicou aos portugueses que a tramóia da Moody`s durou 24 horas. Está portanto ganho, vencemos a batalha contra a ofensa de desconsiderarem Portugal até ao nível do lixo.

Não há nada como uma campanha publicitária para adormecer o povinho, a partir de agora é só não fazer ondas e cumprir patrioticamente o que diz a troika. Pois eu acho que se enganam em relação às ondas; vai haver grossa tempestade, e também leram mal o que anda no ar. Os ventos que vêm da Europa não foram de solidariedade com Portugal nem tratamento de favor; O BCE não leva em conta as notações da Moody`s, como já não levava em relação à Grécia e à Irlanda, é público.

A notação da Moody`s para os seus clientes (os investidores) não se alteraram, nem se alterou a politica das instituições europeias em relação à defesa do euro. Não está tudo na mesma; piorou e muito, com a agora maior exposição da Espanha. Ficámos todos a saber, e os próprios, que termos um governo liberal não trás vantagens ou qualquer protecção contra os abusos da especulação. O “mercado” é bicho habituado a comer as próprias crias.

A solução está na União Europeia, mas o nosso presidente ou o nosso governo não têm a mínima influência por aqueles lados. Fiquemos pelo manguito à Moody`s.

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