sexta-feira, 9 de março de 2012

Bloco de Esquerda descobre desagregação da Líbia.

Líbia.Març.2012 
Ao primeiro artigo que publiquei em blogues sobre a guerra da Líbia, ainda no Estrolabio, a 28 de Fevereiro de 2011, dei o título, Líbia. O risco do desmembramento. Guerra civil. Pode ser lido aqui.

Pareceu-me na altura importante dar umas notas sobre a história e origens da Líbia que existia na época de Kadhafi, particularmente porque via um deslumbramento em parte da esquerda portuguesa pela possibilidade de se intervir militarmente “no derrube de ditadores” por decisão da ONU. Que havia o risco de desmembramento era análise da história e realidades da Líbia da altura, está a confirmar-se, é natural.

Agora o Bloco de Esquerda no seu sítio “beinternacional diz que a “Independência da Cirenaica acelera desagregação da Líbia”. Durou pouco o sonho com uma Líbia “democrática” com “sindicatos” (!?) e “partidos” e “Estado de direito”, e sei lá mais o quê da cartilha da organização política ocidental avançada e democrática.

Os atrasados líbios tinham organização de base e tribos, essa coisa obsoleta fruto da falta de missionarismo militante do ocidente. Depois dos colonialistas andarem por África a dividir e juntar povos a “régua e esquadro” e perante a reorganização geoestratégica que os imperialismos estão a fazer, muitos foram usados, apelando às boas causas que genericamente defendem, a apoiar soluções bélicas para os conflitos e impor aos povos formas de organização política inapropriadas.

Passado o tempo de aprovação da No-Fly Zone, de considerar o Conselho Nacional de Transição (transição para quê?) interlocutor da União Europeia, espera-se mais contenção na interferência nos conflitos internacionais. Uma coisa é conversa da Web que por aqui fazemos, outra é ser eleito para representar os portugueses em organismos internacionais e usar os votos com a ligeireza que colocam o país no lado errado da história.

A Síria e o Irão podem ser os casos seguintes.

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