quinta-feira, 29 de março de 2012

Como? PSP quer combater notícias menos positivas. Como?

Não há prisão para a palavra. Març.2012

Só agora, já noitinha; dei com uma notícia do Público que pode ser preocupante – ou não. O relatório do superintendente – chefe Guedes da Silva, que eu já aqui citei, diz que compete a essa polícia “acompanhar e analisar as notícias produzidas pelos órgãos de comunicação social e, consoante os assuntos noticiados, encaminhá-las para os competentes órgãos da PSP, sugerindo estratégias de combate às menos positivas”.

Eu daria uma interpretação não malévola, até porque, o mesmo relatório fala em “promover o direito de resposta sobre notícias que possam desencadear, de forma errónea, percepções negativas do serviço policial”. É um direito que assiste a todos e só serve a transparência e a justiça.

Mas, há sempre um mas; suscitaram-se dúvidas no jornal sobre a interpretação do texto e, endereçaram à Direcção Nacional da PSP um “pedido explícito” para esclarecerem dois parágrafos.

Não responderam! Pronto, lá se foi a interpretação não malévola, que na minha inocência e boa vontade tinha feito. Se queriam exercer o “direito de resposta” perderam uma ocasião capital.

As “estratégias de combate” levadas à letra, seriam vigiar e agir sobre quem produz “notícias menos positivas”? Soa a ameaça.

Não há fugas de documentos internos, sejam de quem for, por simples obra do acaso, mas se é para atemorizar quem escreve, lembrem-se que já passámos por isso, uns lembram-se como eu, outros mais novos só ouviram falar, mas não deu em nada.

Nos últimos dias escrevi duas vezes sobre a PSP, AQUI e AQUI, e vou continuar a escrever sempre que houver razão para isso.

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