quinta-feira, 1 de março de 2012

Ir aos mercados em 2013 não é aposta de Passos Coelho.

Abebe Selassié.Març.2012
"Cortes e mais cortes não vai funcionar"


As declarações públicas do governo português e dos seus admiradores na comunicação social, acerca dos objectivos do défice, dos empréstimos, e da ida aos mercados, são para consumo interno, em Portugal e na União Europeia.

Ninguém ignora que as opiniões dos políticos, nacionais ou estrangeiros, sobre a estratégia do governo português ser correcta, os esforços merecerem ser recompensados, e prosas quejandas, têm um efeito nulo nos mercados. Eles guiam-se por indicadores económicos e os dados da conjuntura não enganam; a curto/médio prazo até eu emprestava dinheiro a Portugal, está garantido o pagamento, a dez anos no fim de 2012 ninguém vai nisso.

Mário Monti pode dizer montes de vezes que Portugal “merecia melhor reconhecimento dos mercados”, Passos Coelho que seguindo os seus passos “vamos no bom caminho”, e os seus comentadores/propagandistas de serviço, apoiar e amplificar a mensagem; nada disso importa – enquanto a economia não gerar riqueza que se note nos indicadores, não vai haver “ida a mercados”.

A uma empresa que não esteja a laborar nenhum fornecedor fia nem nenhum banco empresta dinheiro. Boa parte de Portugal está parado e com a certeza de mais partes irem parando, não estamos no bom caminho para ir aos mercados e o governo sabe-o. Então o que quer o governo?

Ao governo de Passos Coelho e Paulo Portas interessa manter a “situação de emergência nacional”. O programa ideológico dos extremistas que tomaram o PSD, só é possível de concretizar em ditadura ou em clima de medo da “emergência nacional”.

O único senão, seria a ruptura financeira que tornasse mais visível, a todos, a ineficiência das medidas, daí a satisfação do governo com a promessa Europeia de que se os mercados não acolherem Portugal, continua a “ajuda” da troika.

Nós não vamos ter mais tempo, para com menos privações pagar as dívidas que outros fizeram, o governo sabe que tem mais tempo para aplicar o seu programa ideológico.
Se a oposição continuar a deixar.

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