sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Cresce a resistência à violência pré-ditadura.

Resistência ao ataque.Nov.2013

Os vitoriosos do golpe de 25 de Novembro estão a ser vencidos pela direita revolucionária de Passos Coelho, protegida por Cavaco Silva. A reunião da Aula Magna foi de anti-fascistas, um reencontro histórico inevitável perante a vantagem que a direita mais reaccionária conseguiu obter na sociedade portuguesa.

Mário Soares disse que Cavaco Silva «Está longe de ser o Presidente de todos os portugueses, sendo odiado e vaiado pela grande maioria dos portugueses, que estão a viver terrivelmente. Por isso, tem medo de sair à rua e medo de falar». É patente o isolamento popular do poder político mas também é manifesta a sua capacidade de governar contra os interesses da maioria.

Nesta situação, a resposta dos democratas só pode ser de radicalização de posições, oposição fraca como a de Francisco Assis apenas abrem terreno para o regresso de uma ditadura. Há no Partido Socialista quem contrarie o colaboracionismo com o governo, de jovens quadros ao histórico fundador, o que não é secundário.

É significativo que seja Mário Soares a fazer o discurso mais tumultuoso da oposição portuguesa, afirmou; “É por isso que digo, o Presidente e o Governo devem demitir-se, enquanto podem ainda ir para suas casas pelo seu pé. Caso contrário, serão responsáveis pela onda de violência que também os atingirá”.

Qualitativamente, Soares abrevia tempos da radicalização; eminente, sentida mas não expressa. É uma ameaça? Uma constatação? Pouco interessa. A resistência não segue os termos clássicos de ir subindo com a degradação das vidas do colectivo, estamos a encher rapidamente e prestes a explodir, é essa afinal a história dos “brandos costumes” à portuguesa.

O simbólico conta muito. A manifestação das forças de segurança é singular e demonstra o isolamento e falta de autoridade do governo. Os polícias disseram-nos como é fácil subir as escadarias da Assembleia da República, basta ter uma cunha no lado de lá. No fundo, os polícias em manifestação e os polícias de serviço manifestaram-se em conjunto. Todos têm os mesmos problemas. 

 O que coloca um problema ao governo e a Cavaco Silva, quem vai em seu socorro se isto vai para o torto? Francisco Assis? Ou o já habitual helicóptero?

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2 comentários:

JFS disse...

Não sei o que fez mais mossa, se a subida da escadaria de S. Bento pelas polícias se a iniciativa de Mário Soares, que ficaram como umas baratas tontas ficaram.

Unknown disse...

O jornal alemão Die Welt de hoje, num artigo onde o ministro das Finanças em exercício, Wolfgang Schauble, (pois, ainda mexe) diz que a Grécia vai por bom caminho e ninguém vai sair do euro, tem no final do texto que o ministerprasident Pedro Passos Coelho pretende aprovar o orçamento para 2014 apesar dos violentos protestos.

Isto dos violentos protestos é uma arrelia para o governo dos bem comportados, e logo num grande jornal alemão. Por isso andam zonzos.