Segundo o almirante James G.Stavridis, da NATO, em declarações numa comissão do senado dos EUA, os serviços de inteligência ocidentais encontraram sinais da presença da Al Qaeda entre as forças anti-Kadhafi.
Já em 23 de Fevereiro (como referi num post) o vice ministro das Relações Externas líbio, Khaled Kaim, tinha afirmado aos embaixadores da União Europeia que a Al Qaeda tinha estabelecido um “emirato islâmico” em Derna, no leste da Líbia sob o domínio dos revoltosos. Seria dirigido por Al Hasadi, um ex-preso de Guantánamo. Derna é a cidade do mundo onde a Al Qaeda recrutou mais elementos.
Kadhafi tinha erradicado os simpatizantes da Al Qaeda da Líbia em colaboração com serviços secretos ocidentais, agora voltaram e quem o confirma são fontes americanas. A Líbia faz parte dos objectivos confessados da Al Qaeda, de fundar uma base para lançar ataques á Europa.
Esta informação tem relevo numa altura em que se discute o fornecimento de armas aos rebeldes. A resolução 1970 do Conselho de Segurança impõe o embargo do comércio de armas com a Líbia, mas como era esperado já há uma “interpretação” baseada na frase “usar todas as medidas necessárias”.
A repórter da SIC na Líbia, hoje à hora de almoço dizia que tinha visto nas mãos dos rebeldes “armas novinhas”. Os americanos não aprendem nada com a história, nem com a sua experiência em armar insurgentes, de que o caso dos Talibans no Afeganistão é um exemplo.
O receio de que armas Líbias venham a ser usadas no terrorismo surgiu logo no início do conflito. A pilhagem de material militar nos armazéns do exército, lançou inevitavelmente no mercado negro armas de todo o tipo, incluindo mísseis terra – ar, uma ameaça para os aviões civis; e foram filmados insurgentes na sua posse.
Hillary Clinton admitiu saber pouco sobre os rebeldes, o comandante da NATO na Europa diz que estão (agora) a avaliar “o conteúdo, a composição e as pessoas que são líderes das forças de oposição a Kadhafi”; no entanto os EUA estão dispostos a fornecer-lhes armamento; contra a decisão da ONU e contra qualquer bom senso que reconheça que esse acto é uma ameaça ao futuro da segurança internacional.
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