terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dilma Roussef avisa UE contra a austeridade.

Dilma Roussef na U.E.Out2011


“Não faz sentido só a adopção de ajustes recessivos”. Afirmou Dilma Roussef na conferência de imprensa, em Bruxelas, por ocasião da V Cimeira Brasil – União Europeia. A presidente do Brasil, avisa os políticos da União Europeia contra a austeridade, que “trás como resultado a regressão produtiva, o aumento do desemprego e das desigualdades sociais”.

Do discurso salientam-se as seguintes passagens: - “A acção conjunta do G20 evitou em 2008 o colapso bancário e a recessão, porém não se conseguiu retomar o crescimento sustentado e novamente enfrentamos um cenário recessivo com elevados índices de desemprego e erosão de conquistas sociais.”

“A política de socorro a instituições financeiras levou a um elevado endividamento público na grande maioria dos países desenvolvidos”

“A história nos mostra que a saída da crise somente virá pelo estímulo ao crescimento económico, por políticas de estabilidade macroeconómicas, conjugadas a políticas sociais de geração de renda e emprego”.
“Não faz sentido só a adoção de ajustes recessivos. É necessário que se tomem medidas macroeconómicas e ao mesmo tempo se busque o combate firme ao desemprego, para que as populações não percam esperança no futuro.”

“A experiência Latino-Americana, em décadas passadas, demonstra que a recessão trás como resultado a regressão produtiva, o aumento do desemprego e das desigualdades sociais. O Brasil sabe por experiência própria que só o estímulo ao crescimento económico é capaz de gerar recursos para o pagamento das dívidas e para o equilíbrio das Finanças Públicas.”

O Brasil e outros países emergentes têm demonstrado nos últimos anos que crescimento, geração de emprego, aumento da renda e da produtividade, são compatíveis com responsabilidade fiscal. Nossa região que foi durante 20 anos sinónimo de crise é uma das que mais cresce no mundo.” (SIC)

O que Dilma disse também se ouve na Europa, mas não na boca dos responsáveis pela política europeia. Por cá vingam as teses neoliberais, as medidas do FMI e as acções ideológicas contra o Estado Social e os direitos de quem trabalha. Provavelmente ainda vai piorar antes de os povos dizerem basta.

Dilma é bem vinda com os ensinamentos de quem viveu em crise e saiu por cima. Como é bem vinda no Conselho de Segurança da ONU onde teve um discurso claro de apoio à causa palestiniana, enquanto a Europa engasga a sua posição. É bom ouvir alguém, com a autoridade de estadista e em português, a defender a justiça para os povos.


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