terça-feira, 4 de outubro de 2011

Miguel Relvas e os cortes cegos no Poder Local

NecessidadesOut2011

O poder local não é a vaca sagrada da democracia foi o argumento de Miguel Relvas para contrariar as objecções dos autarcas à chamada reforma autárquica, principalmente na agregação de freguesias.

A parte do “Prós e Contras” que segui parecia uma reunião interna do PSD com todos contra a direcção. Miguel Relvas irritado puxou dos galões e da “autoridade” do acordo assinado com a troika. É para fazer diz a troika; como? Diz o governo! É o resumo do debate.

O critério da densidade populacional na agregação de freguesias do interior é um corte cego no poder local. Não atende às especificidades de cada freguesia, da sua dimensão territorial, da implantação populacional dispersa pela freguesia e do isolamento das populações. A norma numérica não é adequada à realidade do poder local do interior, mas são as zonas onde é mais fácil cortar sem grandes demonstrações de desagrado. São poucos ouvem-se menos.

Onde é mais difícil cortar é nas freguesias urbanas, onde faz todo o sentido eliminar freguesias que servem para muito pouco. No meu bairro na Amadora, nem sei para que serve a freguesia, em dezenas de anos fui lá uma vez ver onde eram as mesas de voto.

Se as três freguesias à volta fossem uma só, a população não dava pela mudança; representaria uma deslocação dentro da cidade num dia de hipotética necessidade. Mas aqui mexe-se com poleiros e benesses dos eleitos, o meu presidente da Junta desloca-se num todo-o-terreno moderno e caro pelo asfalto impecável do bairro, era a única baixa de peso, deixar de ver a ostentação do edil, na sua máquina, a velar por todos nós.


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