terça-feira, 29 de novembro de 2011

Mário soares e a revolução na Europa.

Qual Europa.


Soares disse que nutria amizade por Otelo “apesar de (ele), de vez em quando dizer assim a sua asneira”. Soares entende que os militares de Abril “não tinham cultura política”. Pois apesar da imensa cultura política de Mário Soares, dir-se-ia, que ele também diz de vez em quando a sua asneira. Afirmar que “se a Europa não muda, terá de haver uma revolução” é mais ambíguo e duvidoso que um golpe militar num país. Ninguém sabe o que é uma revolução na Europa.

Com a tentativa de um país, a Alemanha, dominar o poder político no Continente, através da imposição da total perda de soberania nacional dos Estados membros, como é um exemplo, a aprovação dos Orçamentos de Estado fora dos parlamentos nacionais; o que espera a Europa não é uma revolução, mas a resistência ao domínio imperialista (termo já usado, calcule-se, por Freitas do Amaral).

A falência do projecto europeu dará aos nacionalismos maior expressão, fechará os países, estabelecerá novas alianças e exclusões. O que se vê no horizonte é a criação de novos “Eixos”, com a tentação de maquinar anexações.

Os novos blocos políticos que se tramam, dividindo a Europa, são mais perigosos que a situação existente antes da União. As condições objectivas que estão a ser criadas, vão mais no sentido do fim da paz entre os povos europeus, que de qualquer ruptura para aprofundar a democracia.

Para isso muito contribuíram as famílias políticas que Soares diz terem sido colonizadas pelo neoliberalismo, a sua, socialista, os democratas-cristãos e os sociais-democratas. E continuam a contribuir, pela passividade nas instâncias europeias eleitas, pela ausência das linhas fundadoras nos grandes partidos nacionais, tomados todos eles, CDS, PSD e PS pelos neoliberais e colaboracionistas do neoliberalismo.

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1 comentário:

Anónimo disse...

100% de acordo!
Mais, acredito que estamos perante uma revolução de cariz diferente. Uma revolução silenciosa e imparável, feita de uma necessidade premente de sustentabilidade nas sociedades mais carentes da Europa. É uma revolução da evolução para um esrade de despertar da cidadania para uma nova consciência.e afinal muito simples: temos de mudar para sobreviver.

E nesta mudança, o capitalismo selvagem do ocidente e o neo liberalismo...vão ser cilindrados.

O muro de Berlim caiu há anos. Agora vão caír os muros de Wall Steet!!!

Paulo Mesquita