quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Partido Socialista e o governo de Passos Coelho.

Silva Pereira Nov.2011


Já se devia ter posto uma pedra sobre o assunto, o desvio orçamental de 2011 são 1.000 milhões de euros do trimestre socialista, 600 milhões alapados na Madeira e 1.800 milhões já do governo Passos/Portas; é a rol de responsabilidades do Partido Socialista e do governo de Passos Coelho. Ainda não vimos contestar cabalmente estes números pelo governo ou autoridades financeiras. Já é tempo de deixar o passa culpas para nos determos nas coisas essenciais.

Assistimos ao ressurgimento de Sócrates e do passado a cada problema do governo ou dos partidos que o compõem, seja porque sobe a contestação às medidas do governo, seja porque alguém ligado ao poder tem dificuldades ou acusações públicas. Como gastei resmas a criticar o governo anterior, quando foi caso para isso, estou à vontade para denunciar que as asneiras do presente não se justificam com campanhas ou asneiras do passado. Não pega.

António José Seguro assumiu dores que ninguém lhe pediu, ontem resvalou no Relvas com as almofadas que há e não há no Orçamento, amanhã no Parlamento sujeita-se a ser espezinhado pelo Passos. A estratégia da direita é diabolizar os militantes e deputados socialistas que estiveram no governo Sócrates, receiam-nos. Manda a justiça que lhes seja permitido defenderem-se.

Em entrevista à Rádio Renascença, Pedro Silva Pereira disse:

“O governo não explicou o desvio orçamental, e não o fundamentou – por alguma razão será.
O governo não disse que encontrou um desvio no 1º semestre, podia-o ter dito aos portugueses. Só o soubemos mais tarde pela troika e pelas autoridades estatísticas; que tinha 600 milhões de euros contabilizados das dívidas escondidas da Madeira. Mas o ponto mais importante nem é esse, é que nós, se temos a diferença de 1600 milhões no 1º semestre, sendo 600 de Madeira, temos de reparar que o governo fala de um desvio de quanto? De 3.400 milhões de euros. Ora entendamo-nos, entre 1.600 e 3.400 há uma diferença de 1.800 euros – que não estão no 1º semestre – estão onde? Estão no 2º semestre”.

“O que aconteceu neste ano é que realmente as condições de execução do Orçamento para 2011 foram prejudicadas pelo facto de ter existido, ainda no 1º trimestre do ano uma crise política em Portugal. Nós não podemos passar pela crise política, pelo chumbo do PEC 4, pelo pedido de assistência financeira internacional, como se ele não tivesse implicações”.

Silva Pereira sublinhou que “a questão do desvio é que o chumbo do PEC 4 e o pedido de assistência financeira tiveram consequências financeiras directas na execução orçamental. Porque nós temos de pagar este ano mais de 350 milhões de euros de comissão por ter pedido ajuda externa. As empresas públicas, que tinham contratos de empréstimo, com a descida do rating da República tiveram de renegociar os seus contratos e a juros mais elevados; portanto há consequências financeiras directas (…)”.

“Nós já tivemos, só para a conclusão da execução orçamental duas ou três estratégias orçamentais deste governo, podemos dar-lhes números, chamar PEC 5 e PEC 6 e PEC 7…”

A entrevista completa a Silva Pereira está (ou esteve) no endereço:
http://rr.sapo.pt/informação_detalhe.aspx?fid=191&did=38199

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