segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Concertação Social sem acordo. CGTP de fora.

CGTP horas de trabalho.Jan 2012


Carvalho da Silva abandonou os trabalhos e acusa o documento em discussão de poder “ser feito pelo governo chinês”; disse estar-se “a caminhar para o capitalismo ou socialismo chinês”.

Passos Coelho acusa a CGTP de se ter colocado fora de qualquer acordo “na medida em que não aceita tão-pouco a realização de compromissos externos”.

Diga-se a propósito dos compromissos externos, que também a descida da TSU o era, e considerada uma medida estrutural, para além de obrigatória e fundamental no dizer dos representantes da troika. Não se adoptou, nada aconteceu.

A ideia peregrina e bandeirola do governo da “meia hora”, pelos vistos, também caiu – como aberração que era; aliás assinalada até pelo proeminente militante do CDS, António Lobo Xavier, como “leviana agressão a um património histórico com valor”.

O constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia (do PSD) considera que o corte unilateral de direitos dos trabalhadores como o salário ou as férias é inconstitucional. “As férias são irrenunciáveis e inalienáveis”, disse.

O abandono da Concertação Social pela CGTP deixa a UGT com enormes responsabilidades, ficou com maior capital para negociar com patrões e com o governo, mas com os olhos dos portugueses sobre ela; uma traição aos trabalhadores (como Carvalho da Silva parece prever) ser-lhe-à fatal.

Sobre as implicações do documento que vier (se vier) a ser aprovado, o melhor é aguardar. Não se espera que resulte dali motivação para os trabalhadores trabalharem com vontade, o mais certo é aumentar a motivação para lutarem pelos seus direitos.

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