sábado, 11 de junho de 2011

EUA prevê aumento de 50% na venda de armamento. Não há crise neste negócio.

MQ-9_Reaper(Predador-B)
MQ-9A «Reaper» (Predador-B) tipo de aeronave de ataque a operar sobre a Líbia.


Os Estados Unidos prevêem exportar 46 mil milhões de dólares em armamento durante o ano fiscal de 2011, informou ontem a Agência de Defesa, Segurança e Cooperação dos Estados Unidos (DSCA); um aumento de 50% em relação a 2010.

A France Press dá conta que as vendas de equipamentos militares americanos, que se limitavam a cerca de 10 mil milhões de dólares no início dos anos 2.000, alcançaram 30 mil milhões em 2005.

Segundo o vice-almirante William Landay, director da DSCA, informou na conferência de imprensa, “entre 2005 e 2010 mandámos via sistema FMS (Vendas Militares ao Estrangeiro) o equivalente a 96 mil milhões de dólares em equipamentos, materiais e serviços.” Disse ainda que “nos anos 2.000, os clientes buscavam principalmente preços baixos, mas com a guerra do Afeganistão eles passaram a querer equipamentos novos”, o que explicaria o aumento do valor das exportações americanas. “Nota-se uma procura crescente de aviões não tripulados norte-americanos”, acrescentou.

Em Agosto do ano passado, Barack Obama defendia novas regras na exportação de armamentos produzidos nos Estados Unidos, de forma a simplificar a venda de produtos pouco sensíveis, (incrementando as exportações e gerando empregos), enquanto por outro lado queria impor restrições sobre o armamento de tecnologia de ponta.
No fundo que não falte armamento para iniciar conflitos de baixa intensidade, essencial para a indústria, mas resguardando que os meios que definem a vitória no terreno, não vão parar a mãos indesejáveis.

O senão da estratégia tem sido o facto de em várias zonas do globo, os amigos de hoje dos americanos, virem a ser os inimigos de amanhã.

O horrível da estratégia, é que para ajudar a resolver o problema do insuficiente crescimento económico e do desemprego nos Estados Unidos, tenha de se promover a guerra.
Conflitos que não têm razão de existir, alguns que se transformam em guerras quando podiam ser resolvidos no campo diplomático por negociações, são semeados por todo o lado levando a morte e o sofrimento a gente pacífica.


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