Tomámos a Vila depois dum intenso bombardeamento
A criança loura
Jaz no meio da rua
Tem as tripas de fora
E por uma corda sua
Um comboio que ignora.
A cara está um feixe
De sangue e de nada.
Luz um pequeno peixe
-Dos que bóiam nas banheiras –
À beira da estrada.
Cai sobre a estrada o escuro.
Longe, ainda uma luz doura
A criação do futuro…
E o da criança loura?
Fernando Pessoa
3 comentários:
Sopro a sopro, a palheta de O Clarinet vai-se dando o tom.
"...vai-se..." ?!, desculpem lá a asneira. É da síndrome de lucky luke: o pensamento que escreve mais rápido que o teclado.
Sopro a sopro, a palheta de O Clarinet vai dando o tom.
E bem afinado...
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