quarta-feira, 22 de junho de 2011

Itália quer suspender hostilidades na Líbia, a Nato não. O ministro Portas atira ao lado.

Líbiajun2011

Nas vésperas de um Conselho Europeu, o responsável pela diplomacia italiana, Franco Frattini, veio dizer que “os bombardeamentos na Líbia devem parar de imediato” que há necessidade de abrir corredores humanitários e avaliar os erros dramáticos cometidos pela NATO. Para o Ministro do Exterior de Itália, a legitimidade das acções militares da Aliança Atlantica na Líbia pôs-se em perigo com as mortes de inocentes.

A NATO já reconheceu ter causado a morte de civis, e ter bombardeado inclusivamente forças rebeldes, pelo que no seio da própria Aliança o ambiente é de desconforto. Apesar disso o secretário-geral Rasmussen garantiu que vão continuar as operações. Na última reunião da Aliança lamentava-se a falta de colaboração de muitos dos países membros, com a evolução trágica dos acontecimentos provocados pelos erros militares, só se pode esperar maior inquietação.

O que pensa da situação o nosso governo é difícil de saber, nenhum jornalista cumpre a (sua) missão de perguntar.

Continua o êxodo de refugiados, um efeito colateral da guerra.
O CDS após uma reunião com Paulo Portas veio defender um maior controlo das fronteiras europeias. (Um parêntesis para deixar a pergunta: - o CDS vai passar a ser o porta-voz do Palácio das Necessidades?) Adiante. Disse Luís Queiró, ou mandou dizer Portas, que a União Europeia deve travar as vagas de imigração, sugeriu um pacto com os países de origem. O que será isso?

A Itália calculava em Maio ir receber cerca de 50.000 refugiados, (só tunisinos já ultrapassam 20 mil), têm morrido afogados às centenas de cada vez, vêm a fugir da guerra.
O ministro Portas vem agora falar em desenvolver os países do norte de África e do Magreb para fixar as pessoas, é não perceber os litígios que hoje existem entre os países europeus por causa dos refugiados. A Líbia era o tampão que impedia o trânsito migratório de África para o Mediterrâneo.

Aqueles que viviam na Líbia, que lá trabalhavam, apenas fogem da guerra. Deixem-lhes de mandar bombas para cima, que já não emigram para a Europa.


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