A teimosia infantil de Passos Coelho em apresentar a candidatura de Fernando Nobre à presidência da Assembleia da República, evidenciou uma realidade: a dependência total de Passos Coelho do partido de Paulo Portas.
Essa certeza, terá consequências na aprovação das medidas da troika, e nas outras que Passos quer acrescentar. Todas elas terão de passar pelo Parlamento e lá só passam com os votos do CDS. O futuro governo vai governar com o programa da troika, com as “adições” ao programa que Passos quer fazer, e com os interesses particulares do CDS que tem um poder desmesurado para os votos que obteve.
Sobre Nobre, que divide a responsabilidade da barracada de hoje no Parlamento com Passos Coelho, já tudo se sabia. É um zero político.
O parlamento tem de ser gerido com bom senso, Fernando Nobre não tem pinga disso. Podia ter recuado desfazendo o compromisso com Passos Coelho, podia após a primeira votação a rejeitá-lo, negar participar numa segunda volta e assim libertar Passos Coelho, Nobre podia ser outra pessoa, mas não é. Esta personagem não serve para o trabalho exigente da política.
Um dia desastroso para Passos Coelho; começa muito mal forçando “um caso” desnecessário. Ficam as figuras tristes que envergonham toda a gente.
Mas Fernando Nobre cumpriu uma missão humanitária, vacinou boa parte da população contra o oportunismo de falsos independentes, populistas e demagogos, que aparecem de vez em quando como salvadores da pátria.
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