terça-feira, 28 de junho de 2011
Se a Grécia sair do euro...
O novo pacote grego de austeridade está difícil de aprovar. Uma parte do partido de Papandreu, com maioria no parlamento, pode não votar a favor. À esquerda e à direita a recusa é anunciada, pelo que não se sabe se a Grécia faz a vontade aos líderes europeus e à banca que lá investiu.
Oli Rehn, comissário europeu dos assuntos económicos, anunciou que não há plano B para a Grécia, se o parlamento grego não aprovar o novo pacote económico de austeridade, não recebe os fundos necessários para não entrar em incumprimento.
Apesar destas afirmações é duvidoso que não exista saída perante o chumbo do parlamento. Os bancos expostos com maior quota de dívida são franceses e alemães e levariam um enorme rombo. Como sempre ouvi, quando se deve pouco ao banco tem-se um problema – quando se deve muito, o banco tem o problema.
Hoje os juros da dívida pública grega a três anos, eram de 29,39%, e a cinco estavam a 19,99%. Com mais austeridade e consequente recessão, sem aparelho produtivo que crie crescimento, sem investimento nacional e incapaz de atrair o de fora, aos gregos é bem possível que só reste sair do euro, empurrados ou por opção.
Se a Grécia deixar o euro não vai ser o único país a fazê-lo, será o primeiro.
A solução da situação grega depende da União Europeia, da França e da Alemanha, o resultado da votação no parlamento sobre o novo pacote, vai definir para o bem e para o mal (não sei o que será pior) o futuro da União, que como está não serve a todos os povos da Europa.
Para nós, poderá levar a discutir algo impensável há pouco tempo, a nossa saída “preparada” do euro, conforme a proposta de João Ferreira do Amaral.
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