quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Vacina da meningite. Dificuldades das famílias reduz o número de crianças imunizadas.
Quando uma sociedade não consegue proteger as suas crianças, está muito doente. Aumentam as famílias que não suportam o custo da vacina contra a meningite, que não faz parte do Plano Nacional de Vacinação (PNV) nem é comparticipada pelo Estado. Segundo a Sociedade Portuguesa de Pediatria “ a taxa de cobertura nacional foi de 80% e está nos 60%”. O agravamento das condições económicas das famílias, irá reduzir ainda mais a percentagem de crianças imunizadas.
A vacina, prescrita em quatro doses tem o preço de 75 euros/dose, o que dá um encargo de 300 euros; incomportável por cada vez mais famílias. A doença, que progride rapidamente e é de alta perigosidade tem-se manifestado em comunidades fechadas como creches e escolas, a existência de mais crianças sem a protecção da vacina pode vir a criar um problema sério de saúde pública.
Há anos que se discute a inclusão da vacina (que agora já atinge mais estirpes da bactéria) no PNV, ou então a sua comparticipação pelo Estado, tal chegou a ser prometido pelo director-geral da Saúde.
O Parlamento recomendou ao anterior governo que visse da viabilidade em inclui-la no PNV; o CDS apresentou um projecto de resolução na Assembleia da República e dizia não perceber a razão pela qual a vacina contra a meningite pneumocócica não era incluída no Plano Nacional de Vacinação. A deputada do PP, Teresa Caeiro protestava contra a “decisão política de não querer investir 15 milhões de euros na protecção das crianças”.
Agora o CDS-PP está no governo, as famílias estão com mais dificuldades económicas, em que ficamos? Ouvi um profissional da saúde, na televisão, afirmar que o custo de um só caso de meningite dá para pagar muitas centenas de vacinações. Mesmo que não desse, é nas despesas do Estado com a saúde, (em alguns casos, a vida) das nossas crianças, que se vai poupar?
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