Explorar sentimentos de frustração não é próprio de quem tem tido, e bem, participação cívica exemplar, particularmente na denúncia dos atropelos e arbitrariedades da Justiça.
É a abstenção dos portugueses, não só do voto, mas de toda a forma de intervenção pública, que levou à situação actual de vivermos numa partidocracia medíocre. Infelizmente há poucas pessoas a trabalhar para a democracia, (dá muito trabalho e nenhuns louros) são mais os que lavam as mãos, alheando-se dos problemas, ou lavam as más consciências com bocas de circunstância.
Marinho e Pinto não é um cidadão qualquer, tem palco, tem microfones da comunicação social que ampliam o que diz, devia por isso ter uma postura mais responsável. Não há direito de “greve à democracia”, nem por seis meses para resolver problemas financeiros, nem por um dia para satisfação duns tipos zangados, há é o dever de lutar por outra democracia, mais representativa, que parta dos cidadãos e que os envolva na vida pública. Isso faz-se com muito trabalho e não com greves à democracia.
Se Marinho e Pinto pedir aos portugueses ajuda para a sua luta pela exclusividade no Parlamento dos deputados que são advogados, (que lá fazem leis para os clientes) terá decerto apoio, agora vir também com o discurso populista anti-partidos, é uma decepção. É verdade que Fernando Nobre já caiu desse cavalinho e que ele anda por aí, mas não é sela para si Dr. Marinho e Pinto.
2 comentários:
Parece que andam todos parvos... o pior é que cada acto traz água no bico. Às vezes bico de pato a comer milho, o que nos os leva longe...Esperemos. Ou façamos arroz de pato!
É uma tentação o vazio político causado pela mediocridade dos actuais líderes políticos. O que Fernando Nobre conseguiu foi vacinar muitos portugueses contra os "não políticos" que querem fazer política.
Os homens providenciais seguem dentro de momentos, mas só depois de este Fernando Nobre estar esquecido.
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