Pelo que aconteceu na Irlanda e na Grécia entre o PEC 4 e as medidas do FMI, não há comparação.
Tudo aquilo a que se queria fugir vai acabar por ser imposto, despedimentos na função pública, redução da massa salarial, que na Grécia foi 15%, congelamentos por vários anos, diminuição de isenções fiscais, taxas especiais sobre vários produtos e propriedades, aumento do IVA. Na Grécia os cortes atingiram os subsídios de férias e de Natal, na Irlanda tiraram 12% ao salário mínimo e 4% às pensões. Os gregos que se reformavam com 96% do vencimento passaram a contar apenas com 65% etc. E isto foram parte das medidas iniciais exigidas pela União europeia e o FMI para concederem ajuda financeira. Novos pacotes estão previstos e não se vislumbra nesses países confiança económica, crescimento ou diminuição do desemprego. Continuam a financiar-se a custos desmedidos. As taxas de juro na Irlanda duplicaram em menos de um ano e o desemprego ultrapassa os 13%.
Aqui fomos empurrados para esta situação, a taxa de juro que pagámos hoje a seis meses é quase o dobro do anterior leilão. O Ministério das Finanças disse que “as actuais taxas de juro permitem concluir que os danos causados pela rejeição do PEC são irreparáveis”. Que esta crise política, nesta altura, criou uma trapalhada tal, que vai levar umas semanas a perceber a sua dimensão, é verdade
1 comentário:
Nunca saberemos se esta "ajuda" era precisa ou não. Quem provocou a crise politica pelo menos acelerou a vinda do FMI. Irresponsáveis são.
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