Primeira pergunta; para que vão servir as eleições? PS sobe 12% em um mês, PSD perde 11%, CDS e CDU sobem um ponto, Bloco de Esquerda desce dois.
O PS vai buscar votos directamente ao PSD e recupera do BE, PSD perde para o CDS e PS, CDU fixa o seu eleitorado e o BE desce dois pontos confirmando-se partido refúgio dos votos descontentes do centro-esquerda; o voto útil a começar a fazer a sua caminhada.
Uma sondagem ainda com 36% de indecisos, e antes da campanha eleitoral não é muito significativa, ou seja, é tanto como as anteriores que davam maiorias de direita. Serve para recentrar a campanha e a discussão política, confirmando que não basta ao PSD controlar a grande comunicação social para ganhar eleições.
A maioria dos portugueses acreditam hoje na inevitabilidade das medidas de austeridade, apenas estão com dúvidas se essas políticas devem ser aplicadas por um governo mais do centro-esquerda ou do centro-direita.
Não surpreende o empate técnico entre PS e PSD, e deixa no ar a interrogação pertinente; para que vão servir estas eleições? O mesmo é dizer, para que foi o derrube do governo? Só para os PSDs tentarem ir ao pote? Com estes custos?
Significativo é o facto de Cavaco Silva ser o primeiro presidente da República com popularidade negativa. Aqui acredito em pleno na sondagem. Cavaco é o obreiro da trapalhada política em que estamos metidos, e isso os portugueses perceberam.
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