O Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira não funciona em termos de um ou outro país, mas da situação na zona euro. O risco de findar o projecto europeu é uma realidade. O facto de os juros da dívida espanhola também terem hoje disparado é um sinal que os problemas podem não findar em Portugal.
O que inquieta mais que o alarido trágico/mediático que deixa todos alarmados, é perceber-se como de um dia para o outro, os juros das dívidas sofrem aumentos exponenciais. Bastou o ministro das finanças alemão Wolfgang Schauble dizer numa entrevista que a Grécia terá de reestruturar a dívida, para os especuladores agravarem os juros, já antes Merkel vinha dizendo que os credores terão de assumir algumas perdas; e perda não é o negócio dos mercados.
Para além das eleições dos outros, temos as nossas. Cá, manda a campanha eleitoral que os partidos dêem a imagem de que não se entendem, mesmo que essa imagem agrave a situação do país, e que em substância não corresponda à verdade, pelo menos no que toca à necessidade de financiamento da nossa economia.
O que parece contar pouco externa e internamente é o trabalho. Enriquece-se e empobrece-se independentemente de trabalhar muito ou pouco, bem ou mal. O trabalho não está desvalorizado, deixou simplesmente de ser moeda corrente.
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