sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Passadores, escorredores e outros filtros.



A troika só sairá de Portugal quando Passos Coelho sair” poderia ter sido um útil sound bite de António Costa. Os jornalistas não adotaram esse como não quiseram passar outros.

A campanha eleitoral que agora termina é a primeira em que a generalidade da chamada comunicação social (toda?) tomou partido, ora às claras ora de forma subliminar.

A CDU e o Bloco tiveram de atacar o PS. Independentemente das divergências políticas, que as há e muitas, se não atacassem António Costa forte e feio não teriam a presença que tiveram nos jornais, rádios e televisões, dominados pela máquina do PSD; editores, jornalistas e jornaleiros, comentadores e mentideiros.

O Livre desapareceu dos favores da comunicação social, apesar de ter quadros mediáticos já feitos e tarimbados (não precisavam inventar personagens) por isso mesmo; não fez do ataque a António Costa o móbil da campanha.

No dia seguinte às eleições se verá as consequências destas estratégias de sobrevivência. Caso António Costa perca e seja substituído por qualquer Assis; – o que vão fazer as esquerdas no Parlamento, com um PS revirado a suportar o governo de Passos Coelho. Um bloco central sem discordâncias de fundo e a continuação da austeridade – desta vez a pedido.

António Costa não descolou nas sondagens porque teve contra, além dos partidos da esquerda e da direita, quase todos os passadores de mensagens e comentadores encartados. Passadores modelo coador, que filtraram e manipularam as mensagens da oposição que podia obrigar Passos Coelho a sair.

Mas votem, é o meu apelo: Pelo menos para que a percentagem que agora vota contra a coligação do governo seja uma grande maioria.


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