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domingo, 20 de julho de 2014
Sair do euro para voltar? Hans-Werner Sinn.
Uma casa em que pode entrar mas não sair, é uma prisão. É uma frase da entrevista do professor universitário alemão Hans- Werner Sinn, presidente do Instituto IFO de Munique (“considerado um dos mais influentes da Europa”), ao Expresso. Refere-se ao Euro, à Zona Euro.
Em Maio de 2013 publicámos (clicar aqui) a posição do professor Hans – Werner sobre as saídas do euro, dos países do sul ou da Alemanha, e a declaração dele ao Die Welt de que “se a Grécia tivesse ido à falência na primavera de 2010, estaria hoje [em 2013] livre de perigo”.
Ao último Expresso, o economista reitera a necessidade de os países do sul se libertarem da prisão do euro, diz nomeadamente que “o BCE ajudou os credores mais do que era permitido. Agora é o momento de ajudar a população dos países atingidos pela crise com uma moratória da dívida, bem como com opções de saída e de regresso [da zona euro]. Há em Portugal posições semelhantes de economistas prestigiados.
Hans - Werner Sinn propõe uma Conferência Europeia sobre a dívida dos periféricos, à imagem da Conferência de Londres de 1953 (sobre-endividamento da Alemanha) ou da crise das dívidas de 80 ou da crise asiática de 90, que “não foram resolvidas com dinheiro dos contribuintes”.
Importante entrevista a ler no Expresso - Clicar AQUI.
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terça-feira, 7 de maio de 2013
Grécia estaria fora de perigo se tivesse falido.
"Se a Grécia tivesse ido à falência na primavera de 2010, estaria hoje livre de perigo” (DW). Quem o afirma é o professor universitário Hans-Werner Sinn, presidente do Instituto IFO de Munique.
O presidente do instituto de pesquisa alemão sustenta que os países em crise deviam ter a oportunidade de abandonar a zona Euro, temporariamente, a fim de desvalorizar os seus preços e dividas.
A discussão sobre a saída de Estados, da Zona Euro, tabu em Portugal até há umas semanas, faz-se na Alemanha com duas linhas críticas do modelo actual de solução da crise do euro.
Por um lado, os que querem a saída da Alemanha, constituídos em partido (AFD – Alternative Fur Deutschland) para ir às próximas eleições gerais, e aqueles que querendo a continuação do euro e da Alemanha no euro, vêm como solução para a crise a saída de alguns países (Portugal incluído) da moeda única.
O Jornal de Negócios (JNeg) publica hoje uma resposta de Hans-Werner Sinn ao investidor George Soros, cuja posição alinha em parte com o AFD. No artigo, titulado “Deve a Alemanha sair do euro?”, o investigador admite que “se a Alemanha deixasse a moeda única, o regresso à competitividade seria mais fácil para os países do sul, já que o euro que restava iria sentir uma desvalorização”. Diz no entanto que os países em crise continuariam com o problema de se manterem numa zona com nações mais competitivas.
No último sábado, em entrevista ao El País, Hans-Werner Sinn, colocava três alternativas: 1 - A desvalorização interna no sul; 2 – desvalorização interna do sul através de uma expansão do norte, 3 – saída do euro de alguns países.
Adiantava que “o mais provável é uma combinação dessas três” e que Espanha, Portugal e Grécia necessitam de uma desvalorização interna de 30%; França, de 20%; Itália um corte de preços de 10%, enquanto a Alemanha deve encarecer 20%.
No artigo citado do J Neg, Hans-Werner diz que “os países em crise não seriam poupados a uma dolorosa contenção sempre que permanecessem numa união monetária que inclui nações competitivas. A única forma de evitá-las seria que elas próprias saíssem do euro e desvalorizassem as suas moedas. Mas, até agora, não parecem dispostas a seguir tal caminho”.
Por cá, já há mais gente disposta a seguir tal caminho.
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