segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Aumentos - combustíveis. O novo governo não faz nada?


Aumenta hoje o preço da gasolina e do gasóleo.

Já superámos o queixume dos preços dos combustíveis “subirem mais e descerem menos”- habituámo-nos passivamente. Mas agora, quando têm sucedido descidas constantes do preço do crude, (sem que tenha havido correspondência parecida nos preços ao consumidor final) vir aumentar preços em nome de uma “previsível inversão da tendência” – é de mais.

Na semana passada recebi do site «maisgasolina.com» o seguinte texto:

“Está na altura de rever o ano que passou e as alterações que o mercado dos combustíveis sofreu. Os aumentos com a fiscalidade verde, a imposição dos combustíveis simples e as quedas continuadas na cotação do Brent.

Se no final de 2014 o valor do Brent estava abaixo dos 60 dólares, agora encontra-se nos 35 dólares, mas os preços não desceram o que deviam.

Números redondos usando a média anual de 2014 e comparando com a média anual de 2015, com dados até 27 de Dezembro, temos os seguintes resultados:

Cotação do Brent baixou 46%
Preço médio da gasolina 95 baixou 7%
Preço médio do gasóleo baixou 10%

Ainda existe uma grande diferença entre as descidas do petróleo e a redução que se vê nos preços na bomba, e nem os combustíveis simples vieram ajudar. Com uma redução de apenas 2 cêntimos em relação aos combustíveis aditivados, tendo aumentado esse mesmo valor 3 dias depois, os valores continuam acima do esperado.” Fim de citação (sublinhados oclarinet)

Não sei se as contas da «maisgasolina» são exactas, sei que não precisamos de uma Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis que apenas sirva de porta-voz de quem faz os aumentos, o preço base é incerto para diferentes distribuidores, logo, é necessário uma Entidade Reguladora que verifique cada variação nos preços dos combustíveis e faça reflectir as reduções do custo da matéria-prima.

O mercado dos combustíveis tende a ser viciado e espera-se, aqui sim, uma “inversão da tendência”. Vieira da Silva teve coragem para dispensar os “marteladores dos números do desemprego”; falta, em nome do peso dos “custos de contexto” nas empresas e da justiça de preços, criar uma verdadeira Entidade Reguladora dos Combustíveis. Com outra gente e outras preocupações.

Tenham um ano de 2016 com menos aldrabadas (Sauditas, Iranianas, ou caseiras) e reclamem que o governo diligencie qualquer coisinha – tente fazer a diferença.

Ser enganado durante um governo de direita ou ser enganado durante um governo de esquerda é precisamente a mesma treta. Bom Ano!


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1 comentário:

Carlos Leça da Veiga disse...

Vários anos a aturar os herdeiros do fascismo e, ao que parece, os que chegaram esquecem que há muita gente a viver muito mal e que não tem obrigação de pagar as favas que a Europa obriga e que, infelizmente, os governantes aceitam. Alguém acabará a fazer troça - e justíssima - de quem tem o atrevimento - a lata - de fazer aumentos mensais de ordenados no valor de 2,5 euros.CLV